sábado, 7 de março de 2009

Commodities...perspectivas para a 2a semana de março



Fonte: Bloomberg

Situação em 06/03

INDEX NAME VALUE CHANGE OPEN HIGH LOW
UBS BLOOMBERG CMCI 866.66 8.88 867.50 871.64 858.32
S&P GSCI 335.86 8.60 330.65 336.54 328.50
RJ/CRB Commodity 209.59 3.06 206.50 211.57 206.37
Rogers Intl 2363.72 41.84 2337.82 2366.37 2324.97

Situação em 27/02

INDEX NAME VALUE CHANGE OPEN HIGH LOW
UBS BLOOMBERG CMCI 867.35 -7.30 862.20 868.67 852.42
S&P GSCI 336.24 -2.80 332.71 336.64 326.33
RJ/CRB Commodity 211.57 -1.77 213.21 213.34 209.22
Rogers Intl 2365.84 -17.94 2368.91 2369.07 2313.38

Variação semanal 06/03 a 27/02

INDICE Fechamento (06/03) Fechamento(27/02) VARIAÇÃO SEMANAL (%)
UBS BLOOMBERG CMCI 866.66 867.35 -0,08%
S&P GSCI 335.86 336.24 -0,11%
RJ/CRB Commodity 209.59 211.57 -0,94%
Rogers Intl 2363.72 2365.84 -0,09%

Análise:
Nesta primeira semana de março, as commodities recuperaram toda perda ocorrida no início da semana, com a turbulência dos mercados acionários americanos, ao fecharem nesta sexta praticamente estáveis. Os principais índices alteraram em média -0,30% . Os preços das commodities continuam ainda defasados em cerca de 50%, em média, se comparados aos preçoa praticados a um ano atrás. O gráfico diário do índice "UBS Bloomberg", traçado em vermelho e semelhante aos demais índices, registra a manutenção de um "canal de baixa" nos preços das principais commodities. O "candle" do gráfico diário formou um "doji" de indefinição pela igualdade de preços na abertura e fechamento da semana. Porém, considerando que esse fechamento ocorreu após uma forte recuperação, é muito provável que ocorra a continuidade da tendência de alta nas principais commodities, para esta segunda semana de março.

Na contramão da crise

Sim, a crise existe e afeta vários setores da economia brasileira. No entanto, há outros com perspectivas muito boas para o País em 2009

por Diogo Mesquita da Revista Brasileiros

Apesar do pessimismo e da incerteza que tomam conta da economia mundial em tempos de crise, ao contrário do que muitos pensam, nem tudo é desespero no Brasil. Existem muitos setores que ignoram os prognósticos e, mesmo nesse período conturbado, continuam investindo e contratando no início de 2009. Marcelo Côrtes Néri, Ph.D. pela Princeton University, chefe do Centro de Políticas Sociais do Instituto Brasileiro de Economia (IBRE), da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e professor da Escola de Pós-Graduação em Economia (EPGE), afirma que realmente existem setores onde a crise é sentida de maneira mais amena no Brasil.
Em seu estudo, "Crônica de uma Crise Anunciada - Choques Externos e a Nova Classe Média", Néri afirma que a crise não foi sentida pela classe C da mesma maneira que foi pelas classes A e B. Pelo contrário, o movimento de ascensão para a classe C ainda vem acontecendo, mesmo que de maneira mais tímida. De certa forma, o trabalhador brasileiro comum está mais protegido do que o trabalhador brasileiro dos setores mais modernos, como o mercado financeiro, epicentro da crise.
Ainda segundo o estudo de Néri, em relação ao resto do mundo o Brasil se destaca, pois conseguiu manter uma taxa de crescimento constante, ou seja, não desacelerou como aconteceu com as grandes potências. "Hoje, o Brasil é o 8° no ranking em termos de taxa de crescimento esperado para 2009, não porque estamos crescendo mais, mas porque estamos conseguindo manter o nosso crescimento enquanto os outros não", completa o professor.
Segundo o que foi divulgado nesse início de ano, o desempenho da bolsa brasileira foi o segundo melhor no período entre 30/12/2008 e 13/02/2009, ficando atrás somente da China. A variação da moeda nacional em relação ao dólar durante o mesmo período foi uma das menores do mundo. Segundo Néri, por ter uma economia relativamente fechada e regulada financeiramente, o Brasil consegue ficar mais protegido contra choques financeiros e choques externos de exportação.
O setor varejista é um dos que não ouviu falar em crise. Segundo dados fornecidos pelo Wal-Mart, a multinacional promete investir ainda mais no Brasil em 2009. A expectativa é de que sejam inauguradas de 80 a 90 novas lojas no País e 10 mil novos empregos sejam gerados. A promessa é de que 2009 seja o ano com maior investimento da empresa desde que desembarcou no Brasil, em 1995, algo em torno de R$ 1,6 a 1,8 bilhão. "Aumentar a concentração de atuação no Brasil e outros países emergentes é uma boa alternativa para as multinacionais balancearem um pouco o impacto da crise", afirma Néri.