quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Bolsa de NY encerra o dia em baixa com setor de saúde

por Agência ESTADO
26 de Fevereiro de 2009 19:11


O mercado de ações norte-americano devolveu os ganhos iniciais e fechou em baixa, com os investidores digerindo a proposta de orçamento do presidente Barack Obama, que pesou sobre o sentimento com relação às companhias que fornecem crédito estudantil, como a SLM, e as companhias de saúde, como a Humana. Essas perdas anularam os ganhos das ações do setor financeiro.
O índice Dow Jones caiu 88,81 pontos, ou 1,22%, e fechou com 7.182,08 pontos. O Nasdaq recuou 33,96 pontos, ou 2,38%, e fechou com 1.391,47 pontos. O S&P-500 caiu 12,07 pontos, ou 1,58%, e fechou com 752,83 pontos, enquanto o NYSE Composite recuou 40,15 pontos, ou 0,84%, e fechou com 4.713,02 pontos.
Na proposta orçamentária de Obama, sua administração tenta lidar com a crescente recessão. Contudo, alguns setores ficaram sob pressão de baixa na reação inicial ao plano. Notadamente, os investidores estão preocupados em como as companhias de crédito estudantil vão sobreviver se a administração Obama acabar com as tarifas pagas aos bancos que proporcionam crédito aos estudantes, como foi proposto no projeto do orçamento. As ações das companhias desse setor despencaram, como as da SLM, que fecharam em baixa de 31%.
As ações das companhias do setor de saúde também caíram em reação ao projeto de orçamento, que detalhou planos de financiar uma boa parte da reforma do setor de saúde com um corte de US$ 175 bilhões em pagamentos às empresas de seguro-saúde do setor privado que atendem ao programa governamental Medicare. O projeto prevê um mix de aumento de impostos e cortes nos pagamentos a seguradoras, hospitais e farmacêuticas para ajudar a formar um fundo de reserva de US$ 634 bilhões em dez anos para ampliar a cobertura de saúde pelo governo norte-americano.
As ações da Humana lideraram as perdas, com uma queda de 19,5%. Além disso, Aetna caiu 11,3% e Cigna fechou em baixa de 8,5%. Entre as componentes do índice Dow Jones, Merck fechou em baixa de 6,70%, Johnson & Johnson recuou 2,82% e Pfizer fechou em baixa de 2,91%.
Por outro lado, o setor financeiro teve um dia positivo, com a Casa Branca buscando mais fundos para dar assistência às instituições problemáticas. As ações do JPMorgan Chase lideraram os ganhos, com uma alta de 6,07%, depois que o banco informou que vai eliminar cerca de 12 mil empregos à medida que integra as operações do Washington Mutual. As ações do Bank of America subiram 3,10%, impulsionados pelos informes de que está buscando vender o First Republic Bank, um banco privado herdado no acordo para aquisição do Merrill Lynch. As informações são da Dow Jones.

Bovespa vira no final e tem 3ª queda seguida

por Agência ESTADO
26 de Fevereiro de 2009 18:39

Pelo terceiro pregão seguido, a Bovespa fechou em baixa, numa inversão de rumo nos últimos minutos de negociação. Vale, Petrobras e bancos, no entanto, deram resistência ao principal índice à vista, que recuou bem menos do que as bolsas norte-americanas.
O Ibovespa caiu 0,13%, para fechar aos 38.180,18 pontos, mínima pontuação do dia. Na máxima, registrou 39.219 pontos (+2,58%). Nestas três sessões seguidas de perdas, recuou 3,9%. No mês, acumula queda de 2,85%, mas, no ano, sobe 1,68%. O giro totalizou R$ 3,38 bilhões.
As blue chips (ações de primeira linha) domésticas subiram em decorrência do comportamento das matérias-primas (commodities) no mercado externo, que fecharam, majoritariamente, no azul. Na Bolsa Mercantil de Nova York, o petróleo terminou o dia a US$ 45,22 o barril, o maior nível em um mês, com elevação de 6,40%. Vale e Petrobras também registraram compras de investidores estrangeiros. Vale PNA avançou 0,19%, mas Vale ON fechou estável, zerando os ganhos no final. Petrobras ON registrou aumento de 0,78% e PN, de 1,03%.
No caso dos bancos, os papéis acompanharam o comportamento do setor no mercado externo. Bradesco PN subiu 0,71%, Itaú PN ganhou 0,22% e BB ON avançou 0,79%. Unibanco Unit, exceção, recuou 0,08%. Nossa Caixa ON avançou 0,97%. A instituição anunciou hoje lucro líquido de R$ 646,537 milhões em 2008, um aumento de 113,29% em relação ao ano anterior.
Na Europa, o Reino Unido anunciou o Programa de Proteção de Ativos, que beneficiará os bancos que quiserem aderir até 31 de março. As instituições também poderão utilizar o programa para garantir ativos tóxicos de seus balanços. Esse programa ajudará o Royal Bank of Scotland (RBS), que deve levantar US$ 35,7 bilhões. A ajuda veio em boa hora, já que o banco teve o maior prejuízo da história corporativa do Reino Unido.
Também a União Europeia anunciou que os governos do bloco concordaram em elevar o nível de cobertura dos depósitos bancários para 50 mil euros a partir de junho e para 100 mil euros a partir do final de 2010. O objetivo é ajudar a restabelecer a confiança no setor bancário.
Com tais notícias, o setor liderou os ganhos nas bolsas da Europa, que subiram. A de Londres teve valorização de 1,73%, a de Paris avançou 1,78% e a de Frankfurt subiu 2,51%.
Nos Estados Unidos, o setor financeiro também registrou ganhos, mas as bolsas viraram no final puxadas pelos papéis das companhias de saúde. Os investidores se desfizeram dessas ações diante das preocupações com as implicações dos planos da administração do presidente Barack Obama para o setor. O projeto de Orçamento enviado por Obama ao Congresso detalhou planos de financiar uma boa parte da reforma do setor de saúde com um corte de US$ 175 bilhões em pagamentos às empresas de seguro-saúde do setor privado que atendem ao programa governamental Medicare. O Dow Jones recuou 1,22%, o S&P perdeu 1,58% e o Nasdaq, 2,38%.
Saíram hoje os pedidos de auxílio-desemprego, as vendas de imóveis residenciais novos e as encomendas de bens duráveis, todos bem piores do que as previsões. O balanço da General Motors também surpreendeu, pelo tamanho do prejuízo: US$ 9,6 bilhões no quarto trimestre do ano passado, ou US$ 30,9 bilhões no ano. As ações caíram 6,67%.

IBOV...após 25/02...suportes e resistências


O Ibovespa em sintonia com DJI, não conseguiu recuperar os 40 mil pontos e fechou em queda, nos 38.232 pontos (-1,25%), após a máxima nos 38.930 e mínima nos 37.694 pontos. A figura do "candle" diário se assemelha a um "piercing cheio" demonstrando que o Ibovespa não teve forças para garantir a reversão da tendência de queda. A máxima abaixo dos 39 mil pontos e a mínima praticamente em cima da LTA de médio prazo, sinalizam que a perda dessa mínima poderá manter o Ibovespa em tendência de queda, com objetivos em 36.700 e 35 mil pontos.

Suportes imediatos em 38.100, 37.830, 37.700, 37.300 e 37.100 pontos.
Resistências imediatas em 38.400, 39.000, 39.600 e 40.000 pontos.

DJI...após 25/02...suportes e resistências


Apesar de encontra suporte na mínima em 7.156 pontos, acima do fundo de segunda, nos 7.100 pontos, DJI não conseguiu reverter a tendência baixista, ao encontrar resistência na máxima em 7.404 pontos, inferior ao topo de segunda, em 7.440 pontos. Indicadores se encontram ainda sobrevendidos sinalizando possibilidade de recuperação. Candle diário semelhante a um "piercing cheio" sinaliza fraqueza para possível retomada de alta. Reversão de tendência, se DJI finalizar acima dos 7.500 pontos. A perda de 7.100 pontos sinaliza objetivos de queda para DJI nos 6.600/6.700 pontos.

Suportes imediatos em 7.240, 7.120, 7.070 e 6.950 pontos.
Resistências imediatas em 7.300, 7.360, 7.440 e 7.530 pontos.

Juro real cai a 6% e marca novo recorde

por Luiz Sérgio Guimarães de Valor Econômico

26/2/2009

O juro real para 12 meses bateu ontem recorde histórico de baixa. As duas pontas que formam a taxa real caíram. Resultado da diferença entre o juro nominal para os próximos 360 dias, que cedeu ontem de 10,94% para 10,88%, e da projeção de IPCA para o mesmo período feita pelo Boletim Focus do BC - que recuou de 4,63% para 4,60% -, o juro real reduziu-se a 6%, menor patamar da série histórica. É este o piso do custo do dinheiro básico usado para o cálculo dos empréstimos bancários. Num dia de incertezas no mercado americano, os juros cederam em bloco no mercado futuro da BM&F e o dólar fechou em baixa de 0,71% no mercado cambial à vista, cotado a R$ 2,3750. A percepção dos analistas é de que o governo brasileiro não pode depender dos desdobramentos da crise nos EUA. Precisa estimular a economia doméstica sem esperar por um desfecho iminente das turbulências. Os fatos desta semana mostraram que tão cedo os grandes bancos americanos não irão recuperar a sua credibilidade internacional e a sua capacidade de emprestar. A via mais rápida para a restauração da confiabilidade seria a nacionalização do sistema. Não virá. A administração Obama seguirá o plano lento e minudente de retomada da confiança. O primeiro passo, chamado de "teste de estresse", foi dado ontem. O segundo, a busca de dinheiro privado, durará seis meses. Só depois poderá haver, se necessária, uma "estatização branca e branda". Enquanto isso, a economia global patinará. Wall Street nem teve fôlego e ânimo para comemorar as novas declarações do presidente do Fed, Ben Bernanke. Em depoimento prestado ontem ao Comitê de Serviços Bancários da Câmara dos EUA, Bernanke deixou bem clara a posição do governo sobre o debate em torno da necessidade ou não de estatizar grandes bancos, já que, segundo ele, os pequenos e médios que emergiram dos escombros da crise estão sólidos e confiáveis. Os grandes ainda não. Nem por isso se fará a estatização. Bernanke não quer e não irá fazer a nacionalização, pelo menos nos moldes definidos por ele. Em sua opinião, um banco só se transforma em estatal se o governo detiver controle absoluto, equivalente a 100% do capital.