quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Bolsas de Nova York fecharam em baixa hoje

por Agência ESTADO
25 de Fevereiro de 2009 20:08

As Bolsas norte-americanas fecharam em baixa na quarta-feira, após uma sessão em que os índices oscilaram em meio a várias declarações das autoridades em Washington. As ações dos bancos receberam impulso da divulgação dos detalhes do plano do Tesouro para ajudar os grandes bancos, que receberão converter ações preferenciais que detém em ações ordinárias. Os papéis de algumas instituições, como JPMorgan (+3,38%) e Bank of America (+9%) conseguiram reter a alta até o final do dia, mas nem todas. Os papéis do Citigroup, por exemplo, fecharam em baixa de 3,1%.
Mas de modo geral o sentimento permaneceu negativo no mercado de ações, com papéis do setor industrial sob pressão de venda, diante das contínuas indicações de fraqueza da economia dos EUA. As vendas de imóveis usados caíram 5,3% em janeiro para a média anual de 4,49 milhões, segundo a Associação Nacional dos Corretores de Imóveis. A média de imóveis vendidos em janeiro foi a menor desde julho de 1997. Economistas ouvidos pela Dow Jones previam alta nas vendas de 0,2% em janeiro, para a média anual de 4,72 milhões de unidades.
Os números provocaram vendas de papéis de companhias do setor imobiliário e levaram ações de outros segmentos economicamente sensíveis, como o industrial, para baixo. As ações da Boeing, entre elas, fecharam em queda de 4,3%, um dos piores desempenhos entre os componentes do Dow Jones.
As ações da General Motors fecharam com valorização de 15%, em antecipação a um encontro que seus executivos terão nesta quinta-feira com a equipe da administração Obama encarregada de lidar com os problemas do setor automotivo.
O índice Dow Jones fechou em queda de 80,05 pontos (-1,09%), em 7.270,89 pontos. A mínima foi em 7.156,68 pontos e a máxima em 7.404,94 pontos. O Nasdaq fechou em baixa de 16,40 pontos (-1,14%), em 1.425,43 pontos. O S&P-500 caiu 8,24 pontos (-1,07%), para fechar em 764,90 pontos. As informações são da Dow Jones.

Na volta do carnaval, Bovespa segue NY e cai 1,25%

por Agência ESTADO
25 de Fevereiro de 2009 18:39

Na primeira sessão depois da folga prolongada de carnaval, a Bolsa de Valores de São Paulo acompanhou as Bolsas norte-americanas e fechou em baixa, embora longe das mínimas do dia, registradas logo após a abertura. As ações da Vale puxaram as ordens de vendas, seguidas de perto pelas siderúrgicas, mas a queda foi amortecida pela disparada dos papéis da Petrobras.
O índice Bovespa terminou o dia em baixa de 1,25%, aos 38.231,58 pontos, o menor patamar desde 23 de janeiro (38.132,35 pontos). No mês, acumula perdas de 2,72%, mas, no ano, sobe 1,82%. Na mínima do dia, tocou os 37.694 pontos (-2,64%) e, na máxima, os 38.933 pontos (+0,57%). O giro financeiro foi bem fraco, já que o pregão também foi atípico (funcionou das 13 horas às 18 horas), com a volta do carnaval, e somou R$ 2,783 bilhões. Os dados são preliminares.
Pouco antes do fechamento, a Bolsa brasileira chegou a operar em alta, na esteira da inversão para cima das bolsas norte-americanas, mas não sustentou os ganhos. A elevação, que Wall Street conseguiu reter, decorreu do detalhamento dos testes de estresse que o Tesouro americano fará com os bancos do país. As autoridades esperam concluir os testes até o final de abril. O governo está pedindo aos bancos com ativos acima de US$ 100 bilhões que participem dos testes e avisou que eles terão acesso imediato aos recursos do governo se necessário. As instituições terão seis meses para levantar capital no setor privado após o teste e antes de receberem ajuda do governo.
As ações dos bancos subiram em Nova York: Bank of America (BofA), por exemplo, avançou 9,09%, enquanto JPMorgan fechou com elevação de 3,38%. O índice Dow Jones, no final, recuou 1,09%, S&P subiu 1,07%, e Nasdaq, 1,14%.
Antes da melhora, as bolsas caíam influenciadas pelo dado de venda de imóveis usados em janeiro nos EUA. Segundo a Associação Nacional dos Corretores de Imóveis, houve queda de 5,3% em janeiro, ante previsão de alta de 0,2%, o que fez com que a média anual fosse a 4,49 milhões, a menor desde julho de 1997.
Os rumores sobre estatização dos bancos, que levaram as bolsas ao menor nível em 12 anos na segunda-feira, foram rechaçados pelo presidente do Federal Reserve (Fed, banco central americano), Ben Bernanke. Na Câmara, ele voltou a dizer hoje que não considera uma possibilidade a estatização do Citigroup, apenas que o governo possa assumir "participação minoritária substancial" no banco.
No Brasil, Petrobras conteve as perdas do Ibovespa, ao avançar 2,38% na ação ordinária (ON) e 1,82% a preferencial (PN). Os papéis seguiram o comportamento do petróleo, que fechou em alta de 6,36%, cotado a US$ 42,50 no contrato para abril negociado na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex). A alta foi puxada pelos estoques, que subiram 700 mil na semana passada nos EUA. Analistas esperavam aumento de 1,2 milhão de barris de petróleo.
Mas Vale, a outra blue chip, despencou 5,37% na ação ON e 4,64% na PNA. A mineradora, por meio de sua assessoria, disse essa tarde que não comentará a declaração de um executivo da Associação de Aço e Ferro da China (Cisa) sobre o rumo das negociações em torno do preço do minério de ferro que irá vigorar este ano. Segundo a Cisa, a mineradora brasileira estaria disposta a aceitar um corte de 10%, mas, as siderúrgicas chinesas querem uma redução maior, de 30% a 50%.
Mas foram as ações da Embraer o destaque de baixa do Ibovespa hoje. Em reunião esta tarde com o presidente Lula, o presidente da empresa, Frederico Curado, disse que não serão revistas as demissões anunciadas na semana passada, de 20% do quadro de funcionários da companhia. Mais cedo, os investidores venderam papéis diante dos receios em relação às ações que eventualmente poderiam ser adotadas pelo governo ou pelo BNDES em relação às demissões. Embraer ON recuou 11,08%, na maior queda do Ibovespa.
Itaú PN caiu 1,10% e Unibanco Unit, 1,08%. Hoje, o Itaú anunciou lucro líquido recorrente de R$ 1,687 bilhão no quarto trimestre, valor 14,5% inferior ao registrado no terceiro trimestre de 2008. No ano, o lucro recorrente ficou em R$ 7,718 bilhões, o que indica um crescimento de 7,5% ante o registrado em 2007. O Unibanco, por sua vez, apresentou no quarto trimestre do ano passado um lucro líquido recorrente de R$ 652 milhões, valor 7,4% inferior ao registrado no terceiro trimestre de 2008. No ano, o lucro recorrente ficou em R$ 2,853 bilhões, o que indica um crescimento de 9,7% sobre o realizado em 2007.
Já o Itaú Unibanco registrou no quarto trimestre do ano passado um lucro líquido contábil pro forma de R$ 1,871 bilhão, uma queda de 26,7% em relação ao terceiro trimestre. Já o lucro líquido recorrente para o mesmo período foi de R$ 2,339 bilhões, valor 12,6% inferior ao registrado entre julho e setembro do ano passado. No ano de 2008, o Itaú Unibanco tiveram juntos um lucro líquido contábil de R$ 10,004 bilhões, uma queda de 16,1% ante o resultado de 2007. Sem considerar os efeitos extraordinários, a nova holding financeira apresentou em 2008 um lucro recorrente de R$ 10,571 bilhões, o que indica crescimento de 9,10% ante o ano anterior.