terça-feira, 22 de julho de 2008

Bolsa fecha em baixa de 1,85% com metais e petróleo

por Claudia Violante da Agência Estado
22.07.2008 17h30

A Bolsa de Valores de São Paulo continua a se comportar como uma gangorra: ora em alta, ora em baixa, sem sair do lugar. Hoje foi o dia da queda, novamente na contramão de Wall Street. E a mesma razão que ajudou os índices norte-americanos a subir incentivou a Bovespa a cair: o petróleo voltou a fechar em baixa. Os metais acompanharam e, com isso, as ações brasileiras, muito ligadas a matérias-primas (commodities), foram atrás, ajudadas também pela venda por parte de investidores estrangeiros.
O Ibovespa, principal índice, terminou o dia em baixa de 1,85%, aos 59.647,3 pontos. Oscilou entre a mínima de 59.231 pontos (-2,54%) e a máxima de 60.780 pontos (+0,01%). No mês, tem perdas de 8,26% e, no ano, de 6,63%. O volume financeiro negociado hoje totalizou R$ 6,12 bilhões.
Em Nova York, o índice Dow Jones terminou o pregão em alta de 1,18%, o S&P avançou 1,35% e o Nasdaq, 1,07%. Além da queda do petróleo - o contrato para agosto terminou o dia em baixa de 2,36%, a US$ 127,95 por barril, na Bolsa Mercantil de Nova York -, os números da Caterpillar também ajudaram a neutralizar os balanços ruins conhecidos entre ontem e hoje, com destaque para o Wachovia.
Mas o mesmo banco que anunciou perdas muito superiores às previsões (prejuízo por ação de US$ 4,20, ante estimativa de US$ 0,78) também fará corte de US$ 2 bilhões em despesas e não tem nos planos uma elevação de capital por meio de vendas de ações. Os investidores gostaram destas últimas informações e levaram os papéis de volta ao terreno positivo. Assim como as bolsas.
Aqui, a queda do petróleo, no entanto, foi um incentivo para os estrangeiros se desfazerem de ações da Petrobras. Como a grande maioria das commodities metálicas também seguiu o petróleo e recuou, Vale também entrou nas ordens de vendas, assim como as ações das siderúrgicas. Estes papéis têm maior peso no Ibovespa, mas houve venda generalizada também na segunda linha. Petrobras ON caiu 3,21% e Petrobras PN, 3,43%. Vale ON recuou 3,75% e Vale PNA, 3,62%.
As ações do setor aéreo estiveram entre os poucos destaques de elevação do Ibovespa, justamente por causa da queda do petróleo. Gol PN liderou as altas com 6,48%, seguida por Embraer ON (+5,86%) e TAM PN (+2,55%).

Bolsas de NY fecham em alta com queda do petróleo

por Renato Martins da Agência Estado
22.07.2008 18h47

O mercado norte-americano de ações fechou em alta, em reação à nova queda dos preços do petróleo e a comentários positivos de analistas sobre a perspectiva das empresas do setor financeiro.
As ações do banco Wachovia subiram 27,39%, embora seu prejuízo no segundo trimestre tenha sido maior do que se previa; a alta foi atribuída a declarações do novo executivo-chefe (CEO) da instituição, o ex-subsecretário do Tesouro Robert Steel, de que o Wachovia não pretende vender ações para levantar capital, ao anúncio de um plano de corte de despesas de US$ 2 bilhões e a comentários do analista Mike Mayo, do Deutsche Bank, de que as perdas das instituições financeiras não foram tão generalizadas como se temia. Outras ações do setor financeiro também tiveram altas fortes, entre elas Bank of America (+13,27%), Citigroup (+6,09%) e JPMorgan Chase (+5,72%), As da American Express, porém, caíram 7,11%.
As ações das companhias aéreas tiveram altas fortes, em reação à nova queda dos preços do petróleo e a informes de resultados (US Airways avançou 58,74%, UAL disparou 68,54% e UPS ganhou 4,46%). Entre as empresas de petróleo, as ações da ExxonMobil caíram 0,14% e as da Chevron recuaram 1,47%. No setor de tecnologia, as ações das empresas que haviam divulgado resultados ontem depois do fechamento caíram (Apple cedeu 2,57%, Texas Instruments desabou 14,62% e Yahoo! recuou 1,25%). As ações da Merck, do setor farmacêutico, caíram 11,32%, em reação a seu informe de resultados.
O índice Dow Jones fechou em alta de 1,18%, em 11.602,50 pontos. O Nasdaq encerrou com ganho de 1,07%, em 2.303,96 pontos. O S&P-500 subiu 1,35%, para 1.277,00 pontos. O NYSE Composite avançou 0,79%, para 8.566,65 pontos. As informações são da Dow Jones.

IBOV...após 21/07...ainda em tendência de queda...


O Ibovespa abriu na mínima do dia em 60.002 pontos, foi até a máxima em 61.275 pontos e a partir desse momento retornou ao patamar dos 60.800 pontos, onde "ficou andando de lado" até o fechamento em 60.772 pontos (+1,31%).

Análise: O Ibovespa não está conseguindo se manter acima do fibo de 62% em 61.150 pontos e poderá perder novamente o fibo de 38% em 60.250 pontos. Vindo abaixo dos 60 mil retomará a conformação do "triângulo de baixa" com objetivos em 58.790 pontos e 57.670 pontos. Os principais indicadores no gráfico de "30 minutos" sinalizam tendência de queda, enquanto que no gráfico diário essa tendência está sendo sinalizada apenas no estocástico. O mercado futuro do índice do Ibovespa pouco antes da abertura dos pregões, poderá confirmar a principal tendência.

Suportes imediatos em 60.250, 60.000, 58.790 e 57.670 pontos.
Resistências em 61.300, 62.600 e 63.900 pontos.