sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Bolsa cai 0,41% e passa a acumular perda em dezembro

por Agência Estado
18/12 - 18:55

Os vários vencimentos nas bolsas de valores ao redor do mundo trouxeram volatilidade à negociação de ações nesta sexta-feira na Bolsa de Valores de São Paulo. A Bolsa brasileira sofreu com esse movimento no exterior e, mesmo tendo caído 2,27% ontem, manteve a trajetória de baixa na sessão de hoje, perdendo o nível de 67 mil pontos.
Além de esta ser a última semana "cheia" (cinco pregões) do ano, o que motiva muitos investidores que só voltarão em 2010 a embolsarem ganhos acumulados, também o vencimento de opções sobre ações na segunda-feira contribuiu para o movimento por aqui.

O índice Bovespa terminou o dia em baixa de 0,41%, aos 66.794,21 pontos. Na mínima, registrou 66.322 pontos (-1,11%) e, na máxima, os 67.281 pontos (+0,32%). Na semana, caiu 3,57%. No mês, passou a acumular perdas pela primeira vez em dezembro, de 0,37%, mas, no ano, sobe 77,88%. O giro financeiro totalizou R$ 6,463 bilhões. Os dados são preliminares.

Nos Estados Unidos, houve hoje o vencimento quádruplo - vencimento de contratos futuros de índices, futuros de ações, opções sobre índice e opções sobre ações -, enquanto, na Europa houve o vencimento triplo - vencimento simultâneo de contratos futuros de índice, contratos de opções sobre ações e opções sobre índice. Esses exercícios e o fato de a agenda desta sexta-feira ter sido esvaziada contribuíram para as sessões voláteis e essencialmente negativas desta sexta-feira. Ainda mais depois de uma semana carregada de eventos - muitos deles ruins, como o rebaixamento da Grécia - e o início da temporada das festas de final de ano na próxima semana.

Em Nova York, no entanto, não foram todas as Bolsas que penderam predominantemente para o negativo hoje. O setor de tecnologia foi destaque de alta em razão dos resultados melhores do que os esperados anunciados ontem pela Research In Motion (RIM), fabricante do Blackberry, e pela Oracle. Às 18h45, quinze minutos antes do fechamento do pregão, o índice Dow Jones subia 0,02%, o S&P subia, 0,43%, e o Nasdaq, avançava 1,27%.

No Brasil, além dos vencimentos e das festas, também pressionou as vendas de ações a alta do dólar no exterior, que motiva muitos investidores a trocar de ativos. Esse movimento também deve pressionar as commodities em 2010, quando as cotações devem passar por uma correção justamente para corrigir as distorções provocadas pela desvalorização do dólar. Enxugado o excesso de liquidez dos mercados, o poder de compra da moeda americana pode voltar a crescer, pressionando para baixo o valor de commodities como petróleo e produtos agrícolas, cotados em dólar. Por outro lado, se espera um aumento da demanda desses produtos por causa da recuperação da economia.

Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês), o contrato do petróleo com vencimento em janeiro subiu 0,98%, a US$ 73,36 o barril. Petrobras ON, -0,17%, Petrobras PN, -0,79%. A diretora de Gás e Energia da estatal, Graça Foster, disse hoje que a companhia não vai repassar para o consumidor o pagamento extra pelos componentes associados ao gás natural importado da Bolívia.

OGX ON terminou em alta de 3,61%. A empresa anunciou a identificação de hidrocarbonetos na seção albiana do poço OGX-3 (1-OGX-3-RJS), localizado no bloco BM-C-41, em águas rasas da parte sul da Bacia de Campos.

As ações das siderúrgicas caíram, com destaque para CSN ON, que despencou 5,46%. Os papéis reagiram à oferta de 3,86 bilhões de euros (cerca de US$ 5,55 bilhões) pela companhia de cimentos portuguesa Cimentos de Portugal.

Gerdau recuou 0,11%, Metalúrgica Gerdau PN, 0,44%, e Usiminas PNA, 2,15%. Vale ON, -0,23% e Vale PNA fechou estável.

As maiores altas do Ibovespa hoje foram Cesp PNB (+3,55%), JBS (+3,24%) e All unit (+3,23%). As maiores quedas foram CSN ON (-5,46%), Celesc PNB (-4,10%, Gol PN (-4,05%).

NY sobe em sessão volátil; tecnologia sustenta Nasdaq

por Chuck Mikolajczak de Reuters
18/12 - 20:21


NOVA YORK (Reuters) - As bolsas de valores dos Estados Unidos terminaram em alta nesta sexta-feira, uma vez que resultados trimestrais de Oracle e Research In Motion respaldaram o avanço do Nasdaq de mais de 1 por cento.
A apreciação do dólar, contudo, limitou os ganhos no Dow Jones e Standard & Poor's 500.

No encerramento, o Dow Jones, referência da bolsa de Nova York, avançou 0,20 por cento, para 10.328 pontos. O Nasdaq Composite subiu 1,45 por cento, para 2.211 pontos. O S&P 500 ganhou 0,58 por cento, para 1.102 pontos.

O impulso do Nasdaq deveu-se à divulgação por parte da Oracle de um aumento maior que o esperado nas vendas de licenças de softwares, enquanto a Research In Motion, fabricante do BlackBerry, informou uma forte estimativa de desempenho.

As ações da Oracle subiram 6,4 por cento, ao passo que as da RIM cresceram 10,3 por cento.

No mercado global de moedas, o dólar chegou a subir 0,6 por cento na máxima do dia, mas interrompeu os ganhos no fim da sessão, dissipando parte da pressão das vendas sobre as ações. No fechamento, a divisa apreciou-se apenas 0,03 por cento.

A valorização do dólar ao longo do dia pressionou os papéis de companhias multinacionais. Caterpillar perdeu 0,6 por cento, enquanto a fabricante de aviões Boeing caiu 1,9 por cento, maior peso negativo sobre o Dow Jones.

Tensões geopolíticas sustentaram a alta do dólar. Uma autoridade iraquiana informou que onze soldados iranianos cruzaram a fronteira com o Iraque nesta sexta-feira e estabeleceram posições num campo de petróleo no sul iraquiano, área disputada pelos dois países.

"Se há um foco de tensão em desenvolvimento no Oriente Médio, isso será positivo para o dólar, pois haverá uma corrida por proteção... Por outro lado, pode ser negativo para os mercados de ações", disse Paul Mendelsohn, estrategista-chefe de investimento da Windham Financial Services, em Charlotte, Vermont.

Um dólar apreciado força investidores que possuem apostas na desvalorização da moeda norte-americana a cobrir posições vendidas em dólar por meio da venda de ações e outros ativos financeiros.

No acumulado da semana, o Dow Jones caiu 1,3 por cento, o Nasdaq subiu 0,98 por cento, ao passo que o S&P 500 perdeu 0,34 por cento.

Bovespa cai 3,57% na semana e retoma nível de novembro

por IG Economia/Agência ESTADO
18/12 18:56


A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou em queda de 0,41% nessa sexta-feira, após um pregão de instabilidade. O índice Ibovespa - a principal referência da bolsa paulista - fechou aos 66.794 pontos, o menor nível desde 26 de novembro, quando encerrou em 66.391 pontos. A queda na semana foi de 3,57%. O volume financeiro do dia foi de R$ 6,461 bilhões.

CSN foi o principal destaque entre as quedas do Ibovespa. A ação recuou 5,45%, liderando as baixas do índice, e fechou cotada a R$ 55,41.

As bolsas de valores da Europa fecharam em baixa nesta sexta-feira, com os bancos registrando perdas devido a preocupações sobre as rígidas regulações do Comitê da Basileia e com as ações das petrolíferas em meio à volatilidade do petróleo.

O FTSEurofirst 300, índice das principais ações europeias, caiu 0,4%, para 1.014,03 pontos em uma sessão volátil, após ter subido para 1.028,34.

Bolsas asiáticas

As bolsas da Ásia encerraram a sexta-feira com perdas, devido a preocupações dos investidores sobre as perspectivas para os lucros corporativos e após o Comitê da Basileia anunciar regras mais estritas para o capital na véspera.

Outra pressão veio da queda dos papéis de empresas relacionadas a matérias-primas, seguindo um recuo nos preços do ouro durante a noite.

"Já dissemos que os investidores podem estar fazendo ajustes no portfólio antes do novo ano", disse o Investec Bank em nota.

O índice MSCI da região da Ásia Pacífico com exceção do Japão recuava 0,47%, a 397 pontos, às 7h50 (horário de Brasília).

Dólar

No mercado cambial, o dólar comercial operou em alta durante a manhã sexta-feira, mas "virou" e passou a cair, encerrando o pregão desta sexta-feira em terreno negativo.

Apesar disso, o dólar terminou a semana em valorização frente ao real. Hoje, a moeda recuou 0,44% e fechou cotada a R$ 1,783. Apesar do resultado desta sexta, a moeda encerrou a semana em alta de 1,4%. Na quinta, fechou em forte alta de 2,34%, atingindo R$ 1,791 para venda, a maior cotação frente ao real desde 29 de setembro.