segunda-feira, 4 de agosto de 2008

DJI...após 02/08... tendência de queda pode ser revertida com decisão sobre juros.....


DJI abriu em 11.326 pontos, refluiu até a mínima em 11.222 e a partir desse suporte iniciou uma sequência de alta, até atingir nova resistência em 11.382 pontos (máxima do dia). Daí, realizou até fechar nos 11.284 pontos (-0,37%).

Análise: DJI até tentou esboçar nova alta, a partir da mínima nos 11.222 pontos, porém não conseguiu se manter acima do suporte nos 11.360 pontos. Gradualmente, vem cedendo terreno, tendo por objetivo agora, testar o suporte nos 11.125 pontos. A retomada dos 11.360 pontos e o rompimento do patamar dos 11.580 pontos poderia levar DJI novamente a tentar superar a resistência em 11.700 pontos e depois o patamar dos 12 mil pontos. Mas, parece ser mais provável que reflua aos 11.125 pontos, com riscos de retornar rapidamente aos 11 mil pontos, caso perca esse suporte. As 15:15 horas, o FOMC definirá as novas taxas, acompanhada do tradicional comunicado. O tom do comunicado poderá interferir no "humor do mercado", revertendo ou não a tendência de baixa. Os índices futuros dos mercados americanos, antes da abertura, poderão sinalizar a tendência para hoje.

Suportes: 11.222, 11.125, 11.030 e 10.870 pontos.
Resistências: 11.382, 11.580 e 11.700 pontos.

IBOV...após 02/08... tendência de queda, mas pode tentar reverter...


O Ibovespa abriu nos 57.619 pontos foi até a máxima do dia em 57.641 pontos e a partir daí, deu continuidade ao processo de realização. De forma sistemática e continuada, retrocedeu até encontrar suporte na mínima em 55.366 pontos (-3,93%). A partir daí esboçou reação até 56.245 pontos. Refluiu a partir desse topo até fechar em 55.609 pontos(-3,51%).

Análise: Como já antecipavam os indicadores gráficos, o Ibovespa deu continuidade à realização iniciada no pregão anterior. A perda do importante suporte em 56.418 pontos, trouxe como previsto, o Ibovespa aos 55 mil pontos. Acima de 56.700 pontos, poderá buscar 56.930, 58 mil e 58.450 pontos. Abaixo desse novo fundo em 55.366 pontos, o Ibovespa poderá buscar suportes em 55 mil, 54.200, 53.500 e 52.800 pontos. Os principais indicadores do gráfico diário ainda sinalizam a continuidade da tendência de queda, porém a mínima em 55.366 pode ter sido (no curto prazo) o fundo desse canal de baixa. As 15:15 horas, o FOMC definirá as novas taxas, acompanhada do tradicional comunicado. O tom do comunicado poderá interferir no "humor do mercado". Os índices futuros do Ibovespa e dos mercados americanos, antes da abertura, poderão sinalizar a tendência para hoje.

Suportes imediatos: 55.300, 55.000, 54.200, 53.500 e 52.800 pontos.
Resistências imediatas: 55.850, 56.700, 57.000 e 57.930 pontos.

Bolsa despenca 3,51% e volta ao nível de 23 de janeiro

por Claudia Violante da Agência Estado
04.08.2008 17h32

Agosto mal começou, mas a Bovespa já conseguiu praticamente dobrar as perdas acumuladas em 2008. Até o fechamento de julho, a queda do Ibovespa, principal índice, havia atingido 6,86%, mas depois de cair mais de 3% nos dois primeiros pregões de agosto as perdas foram ampliadas para 12,96% em 2008 - 6,55% apenas este mês.
Hoje, o índice recuou 3,51%, a maior queda porcentual desde os 3,61% de 2 de julho. Esta segunda-feira terminou com o Ibovespa aos 55.609,1 pontos, menor nível desde 23 de janeiro (quando encerrou com 54.234,8 pontos). Na mínima do dia, o índice registrou 55.367 pontos (-3,93%) e, na máxima, 57.647 pontos (+0,02%). O volume financeiro totalizou R$ 4,691 bilhões.
A queda dos metais e do petróleo e a fuga de estrangeiros derrubaram as principais ações domésticas, com os papéis mais líquidos e os de primeira linha conduzindo o tombo. Nova York também contribuiu para isso, mas a queda lá foi bem mais tímida, justamente porque o componente petróleo serviu de freio às ordens de vendas. O índice nova-iorquino Dow Jones recuou 0,37%, o S&P caiu 0,90% e o Nasdaq fechou com perdas de 1,10%.
O principal indicador esperado para hoje nos Estados Unidos era o índice de preços dos gastos com consumo pessoal (PCE, na sigla em inglês). E ele não foi muito agradável. O núcleo do PCE (porção do índice que exclui alimentos e energia, que têm preços voláteis), em base anual, subiu 2,3% em junho, acima da meta do banco central dos EUA, de variação de alta entre 1% a 2%. O índice cheio (ou seja, com alimentos e energia) avançou 4,1%, na comparação anual. Além disso, os gastos com consumo - responsáveis por dois terços da atividade econômica dos EUA - caíram 0,2% em junho em comparação a maio, em termos ajustados à inflação, a primeira retração desde fevereiro. A renda pessoal, por sua vez, subiu 0,1% em junho, menor aumento desde abril de 2007.
Além desses números ruins, o setor financeiro voltou a pesar hoje sobre os índices, depois da falência do First Priority Bank, da Flórida, fechado na sexta-feira, e da queda do lucro do HSBC.
O petróleo ajudou Wall Street ao cair 2,95%, para US$ 121,41 por barril, mas prejudicou as ações da Petrobras, ainda afetadas com as vendas dos investidores estrangeiros. As ações ON da empresa terminaram em baixa de 5,13% e as PN, em queda de 4,69%.
Mas foi a Vale quem roubou a cena do pregão ao derreter mais de 7% (-7,21% as ON e -7,15% as PNA). Além do fechamento em baixa dos metais e da fuga de estrangeiros, os investidores têm penalizado os papéis após a subscrição, no mês passado, e também em meio às notícias de taxação do setor pelo governo. A análise corrente dos especialistas, entretanto, é de que há exagero na queda. Os setores siderúrgico e bancário também despencaram hoje, respectivamente por causa dos metais e dos correspondentes norte-americanos.
Amanhã, o principal destaque da agenda é a reunião do Banco Central dos Estados Unidos, que deve manter a taxa de juro em 2% ao ano. A avaliação é de que os investidores já se protegeram do evento no pregão de hoje e, a menos que uma notícia muito ruim esteja no comunicado que traz a taxa de juros, pode haver espaço para compras.

Bolsas de NY recuam com queda das matérias-primas

por Renato Martins da Agência Estado
04.08.2008 18h11

O mercado norte-americano de ações fechou em queda, em reação às baixas dos preços do petróleo e de outras matérias-primas (commodities), em meio a temores quanto à perspectiva da economia dos EUA. "Os preços das commodities caem durante recessões. O refrão mais comum, diante do recente vigor dos preços das commodities industriais, era que 'a China e a Índia vão continuar a crescer, independentemente de outros acontecimentos econômicos globais', mesmo diante da desaceleração da produção industrial da Índia e de uma China que está debatendo como conter a inflação", escreveu o estrategista Tobias Levkovich, do Citigroup.
Para ele, o otimismo irrefreável que se via recentemente em relação às commodities lembra os momentos anteriores de euforia com as ações do setor de tecnologia e com os preços dos imóveis residenciais. Levkovich lembra que recentemente foi "fortemente criticado por um consultor por ter manifestado dúvidas quanto ao superciclo das commodities, como se ter uma opinião diferente fosse um ato de traição".
Entre as 30 componentes do índice Dow Jones, o destaque negativo foi ExxonMobil, do setor de petróleo, com queda de 3,91%; as ações da Chevron recuaram 1,79%. As da Range Resources, da área de exploração de petróleo e gás, perderam 13,08%; as da mineradora de carvão Consol Energy recuaram 6,50% e as da mineradora de ouro e cobre Freeport McMoRan perderam 12,00%. As ações da Alcoa, do setor de alumínio, caíram 3,42%. No setor financeiro, as ações do banco britânico HSBC caíram 1,86%, em reação a seu informe de resultados. No setor de tecnologia de comunicações, as ações da Motorola subiram 11,46%, depois de a empresa anunciar a contratação de um executivo da Qualcomm.
O índice Dow Jones fechou em queda de 0,37%, em 11.284,15 pontos. O Nasdaq encerrou em baixa de 1,10%, em 2.285,56 pontos. O S&P-500 caiu 0,90%, para 1.249,01 pontos. O NYSE Composite recuou 1,32%, para 8.268,65 pontos. As informações são da Dow Jones.

Bancos dos países ricos ainda têm muito prejuízo pela frente

por Cristiane Perini Lucchesi de Valor Online
04/08/2008

As perdas de US$ 480 bilhões contabilizadas nos bancos em todo o mundo como conseqüência do estouro da bolha imobiliária nos Estados Unidos não são nem a metade do total a ser realizado com essa crise. Essa é a expectativa unânime dos analistas consultados pelo Valor. As formas usadas para contabilizar as perdas, no entanto, não são unânimes. Há quem acredite que os bancos estão maquiando balanços, escondendo prejuízos atrás de fórmulas matemáticas de avaliação de ativos mais complexos e sem liquidez a preços de mercado. Alguns negam a prática, enquanto outros defendem que os bancos não deveriam mesmo marcar a mercado todas as perdas, pois não teriam como absorvê-las com o capital disponível.
A firma de investimentos Bridgewater Associates tem números explosivos. Em relatório aos clientes que "vazou" na internet, a empresa calcula que os bancos terão de assumir perdas totais de US$ 1,6 trilhão por causa da crise das hipotecas americanas. Os bancos ainda teriam de contabilizar US$ 1,1 trilhão como prejuízo, considerando-se os números da agência Bloomberg, do total já declarado de US$ 480 bilhões. O Fundo Monetário Internacional (FMI) fala em perdas totais de US$ 945 bilhões no sistema financeiro, dos quais US$ 700 bilhões com a marcação a mercado, mas estima os prejuízos já declarados em US$ 400 bilhões.
Após ter contabilizado tantos prejuízos, "o sistema financeiro americano já está realmente muito fraco hoje", disse a a analista da Standard & Poor's Victoria Wagner. "E terá de continuar a registrar perdas, inclusive durante 2009", avalia. Combalido por uma crise aguda de liquidez que dura mais de um ano, aliviada por injeções diárias de recursos extraordinários dos bancos centrais dos Estados Unidos e Europa, o sistema financeiro dos países ricos está em risco de insolvência crescente. Neste ano, sete bancos já faliram nos EUA, um recorde desde 2002.
A lista de instituições "problemáticas" passou de 76 para 90 no primeiro trimestre, segundo o Federal Deposit Insurance Corporation (FDIC), instituição do governo americano que garante os depósitos e monitora riscos. A falência do banco IndyMac, de Pasadena, Califórnia, no dia 11 de julho, com ativos de US$ 32 bilhões, foi a segunda maior de toda a história dos Estados Unidos.
Outras falências de dimensões bem maiores só não aconteceram por causa do socorro governamental. Em 25 de julho, por exemplo, o Washington Mutual, um dos bancos mais expostos a hipotecas para pessoas físicas nos Estados Unidos, obteve US$ 10 bilhões na linha de redesconto do Fed, mais empréstimos do Federal Home Loan Bank e operações no "open market" que totalizaram US$ 50 bilhões em meio a rumores de fuga de recursos. Também em julho, as financeiras Freddie Mac e Fannie Mae, que usam garantias do governo, receberam socorro de US$ 25 bilhões.
Isso sem falar nos casos mais antigos: a Countrywide recebeu empréstimo de US$ 51,1 bilhões do governo americano em novembro, enquanto o JPMorgan recebeu crédito de US$ 30 bilhões do Fed, banco central americano, para comprar o Bear Stearns em março. Na Alemanha, desde o início da crise, foram socorridos o IKB (US$ 13 bilhões) e o Sachsen (17,3 bilhões de euros). Na Inglaterra, a Northern Rock foi nacionalizada após receber 55 bilhões de libras esterlinas.
Outros bancos - como UBS, Morgan Stanley, Merrill Lynch e Citigroup - até conseguiram levantar capital privado para fazer frente às perdas. Os fundos soberanos de países asiáticos e do Oriente Médio, além de sheiks do petróleo e bancos chineses, compraram ações e títulos de dívida subordinada dos bancos. O total de capital levantado é de US$ 300 bilhões, segundo o FMI, e de US$ 350 bilhões em 12 meses, de acordo com Mohamed El-Erian, diretor do fundo de investimento Pimco. Mas, mesmo depois de obter tudo isso, "o sistema financeiro continua precisando de capital", diz El-Erian, em artigo no site do fundo.
"As instituições financeiras esperam que, em algum futuro próximo, serão capazes de obter uma nova infusão de capital e poderão contabilizar mais perdas", diz o professor Paul Davidson, o principal economista americano pós-keynesiano vivo. Ele afirma que os bancos podem até saber hoje que no futuro seus ativos vão certamente valer muito menos do que o preço atual registrado no balanço. "No entanto, enquanto esses ativos tiverem algum valor, mesmo que arbitrário, os bancos não estarão insolventes", afirma. Ele lembra que o mercado para títulos lastreados em hipotecas, as carteiras desses títulos, carteiras com derivativos desses títulos ao quadrado e ao cubo e outros derivativos exóticos "falhou", ou seja, não existe. Por isso, os critérios para definir o preço de mercado desses ativos são discutíveis.
A venda de uma carteira de títulos lastreados em hipotecas da Merrill Lynch na semana passada foi ilustrativa. No dia 29, o banco vendeu US$ 30,6 bilhões de valor de face por US$ 6,7 bilhões. Mas a própria Merrill havia contabilizado esses títulos no balanço do segundo semestre a US$ 11,1 bilhões. "Eles tiveram de pagar um prêmio para vender toda a carteira", argumenta Victoria Wagner, da Standard & Poor's.
Outros analistas consideram que a carteira valia ainda menos do que isso e só saiu ao preço de US$ 0,22 por dólar porque a compra foi feita em sua maior parte com crédito da própria Merrill Lynch, que financiou 75% da aquisição feita pelo fundo Lone Star. O Goldman Sachs lembrou que, se o Citigroup fosse marcar como a Merrill Lynch seus ativos semelhantes, hoje contabilizados a US$ 0,53 por dólar, teria de registrar baixas contábeis de mais de US$ 16,2 bilhões.
A Merrill Lynch pôde fazer a venda e absorver a perda, pois conseguiu na semana passada levantar capital do fundo soberano de Cingapura Temasek, no total de US$ 8,5 bilhões, mas teve de compensar o fundo com US$ 2,5 bilhões por perdas passadas. Depois dos prejuízos dos investidores que compraram as ações dos bancos desde o início da crise, que chegaram a 50% em alguns casos, a disposição para aumentar suas posições nesses ativos é cada vez menor. Segundo El-Erian, um número crescente de bancos está essencialmente sem condições de levantar dinheiro neste momento sem ajuda do governo.
"Se o Fed tivesse obrigado os bancos a marcar a mercado seus portfólios nos anos 80, quando os países da América Latina começaram a entrar em moratória, teria sido um desastre de proporções bíblicas", argumenta John Mauldin, presidente da firma de consultoria Millennium Wave. "Não sobraria nenhum banco americano em pé e a economia entraria em uma profunda recessão", diz ele.
Na época, segundo ele, os maiores bancos americanos estavam tecnicamente quebrados e as autoridades econômicas permitiram que eles mantivessem os ativos em sua carteira a preços de 100% do valor de face. Só depois de seis anos ou mais, quando os bancos conseguiram capital, é que as marcações foram feitas. Hoje, na sua visão, a situação só é diferente nos detalhes. "É tudo uma questão de ganhar tempo", comenta, em relatório. "Os bancos centrais em todo o mundo estão dando aos bancos tempo para eles lidarem com seus problemas", ou seja, vender ativos e levantar mais capital. "Não há outra opção", considera ele.

IBOV...após 01/08...tendência de queda continua...


O Ibovespa abriu nos 59.505 pontos (máxima do dia) e impulsionado pelos índices futuros em queda, deu continuidade ao processo de realização. De forma sistemática e constante retrocedeu até encontrar suporte na mínima em 57.492 pontos. Recuperou um pouco, ao fechar em 57.630 pontos(-3,15%).

Análise: Como já antecipavam os indicadores dos gráficos diário e de "30 minutos" o Ibovespa deu continuidade à realização iniciada no pregão anterior. A perda do suporte em 57 mil pontos, poderá levar o IBOV a testar o forte suporte de 56.418 pontos (fundo recente do último rali de queda). A perda deste suporte trará o Ibovespa aos 55 mil pontos e, possivelmente aos 53 mil pontos. Acima de 57.700 pontos, poderá buscar 58.800 e 59 mil pontos. Os principais indicadores do gráfico diário estão sinalizando a continuidade da tendência de queda. Os índices futuros do Ibovespa e dos mercados americanos, antes da abertura, poderão confirmar (ou não) essa tendência.

Suportes imediatos: 57.000, 56.870, 56.420, 56.100 e 55.600 pontos.
Resistências imediatas: 57.700, 58.800, 59.000 e 59.505 pontos.

DJI...após 01/08...tendência de queda continua...


DJI abriu em 11.380 pontos e esboçou um processo inicial de alta, meio que empurrado pelos mercados futuros, vindo atingir resistência em 11.419 pontos. Daí, iniciou nova realização até a mínima nos 11.267 pontos. Reagiu retomando o patamar dos 11.300 pontos, para finalizar em 11.326 pontos (- 0,46%).

Análise: A abertura e a leve alta nas primeiras horas de pregão não foram suficientes para reverter o processo de realização de DJI, iniciado no pregão anterior. Taxas crescentes de desemprego e prejuízos acima das expectativas do mercado da poderosa GM (15,5 bi no balanço trimestral) reacenderam a luz amarela da recessão. A confirmação da perda do suporte dos 11.360 pontos, terá por objetivo o suporte nos 11.125 pontos e na perda deste suporte, o próximo objetivo será novamente o fundo do canal de baixa, nos 11 mil pontos. Os principais indicadores do gráfico diário, sinalizam tendência de queda. Os mercados futuros antes da abertura, poderão confirmar (ou não), a continuidade dessa tendência.

Suportes: 11.267, 11.125, 11.030 e 10.980 pontos.
Resistências: 11.418, 11.490, 11.525, 11.580 e 11.700 pontos.