sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Dow Jones recua, apesar do pacote às montadoras

por Agência ESTADO
19 de Dezembro de 2008 20:10

O mercado norte-americano de ações fechou com os principais índices em direções divergentes, o Dow Jones em baixa modesta e o Nasdaq e o S&P-500 em alta. O mercado reagiu positivamente ao anúncio do pacote de socorro às montadoras General Motors e Chrysler, mas o temor de uma recessão prolongada pesou no sentimento do mercado. Parte da atividade no dia esteve relacionada ao "quadriple witching", o vencimento simultâneo de opções e futuros de ações e de índices.
O índice Dow Jones fechou em queda de 25,88 pontos, ou 0,30%, em 8.579 pontos. O Nasdaq fechou em alta de 11,95 pontos, ou 0,77%, em 1.564,32 pontos. O S&P-500 subiu 2,60 pontos, ou 0,29%, para 887,88 pontos. O NYSE Composite recuou 1,64 ponto, ou 0,03%, para 5.616,12 pontos. Na semana, o Dow Jones acumulou uma baixa de 0,57%, o Nasdaq, uma alta de 1,53% e o S&P-500, um ganho de 0,93%.
Em reação ao pacote de ajuda, as ações da GM subiram hoje 22,68% e as da Ford avançaram 3,87%. As ações das indústrias de autopeças também tiveram altas fortes, entre elas Tenneco (+7,87%) e Modine Manufacturing (+7,80%). Para o estrategista Phil Dow, da RBC Wealth Management, "no momento, trata-se de um band-aid financeiro para ajudar as montadoras a continuar funcionando até que alguma coisa mais definitiva seja decidida. Parece que o governo Bush quer passar o problema para o governo Obama".
As ações do setor de petróleo caíram, em dia marcado pela queda do preço do produto para menos de US$ 34 por barril (ExxonMobil recuou 2,57% e Chevron cedeu 2,99%). No setor financeiro, as ações do Citigroup caíram 5,52%, depois de a agência de classificação de risco de crédito Standard & Poor's rebaixar as notas de 12 instituições financeiras. No setor de tecnologia, as ações da Research in Motion, fabricante do BlackBerry, subiram 11,42% e as da Oracle avançaram 7,04%, depois de as duas empresas divulgarem resultados. As informações são da Dow Jones.

Bovespa recua 1,02% hoje, mas ainda sobe 7% no mês

por Agência ESTADO
19 de Dezembro de 2008 18:31

Finalmente saiu hoje a ajuda do governo norte-americano às três problemáticas montadoras do país. A notícia influenciou as ações nas bolsas em Wall Street, mas a Bovespa não se deixou levar: os índices divulgados hoje, a queda do preço do petróleo e uma realização de lucros fizeram o Ibovespa, principal índice doméstico, terminar a semana em baixa.
O Ibovespa recuou 1,02%, aos 39.131,23 pontos, acumulando perda de 0,61% na semana. Em dezembro, a Bolsa ainda contabiliza ganhos, de 6,93%, mas, em 2008, tem queda de 38,75%. Na mínima do dia, atingiu 38.728 pontos (-2,04%) e, na máxima, 39.785 pontos (+0,63%). O giro financeiro totalizou R$ 3,061 bilhões.
O pacote divulgado hoje pela Casa Branca prevê US$ 17,4 bilhões para GM e Chrysler, em recursos liberados em empréstimos de emergência do Programa de Alívio de Ativos Problemáticos (Tarp, na sigla em inglês), do Tesouro, a serem disponibilizados em duas etapas, a primeira delas praticamente imediata (entre dezembro e janeiro). O presidente dos EUA, George W. Bush, justificou que seria irresponsabilidade deixar as empresas pedirem concordata com a economia norte-americana em recessão.
Com a ajuda, as ações das montadoras dispararam, influenciando as bolsas. No final da tarde, no entanto, o índice Dow Jones virou e recuava 0,54%, às 18h17 (de Brasília), enquanto o S&P caía 0,16%. O Nasdaq ainda subia, 0,56%. O tombo do petróleo, em mais uma sessão, repercutiu sobre as ações do setor, segurando o desempenho dos índices.
Em São Paulo, Petrobras continuou repercutindo os preços do óleo no mercado externo e teve mais uma sessão de baixa, embora, à tarde, tenha devolvido grande parte das perdas registradas mais cedo. Fechou em baixa de 0,75% a ação ON e com perda de 0,64% o papel PN. Na Bolsa Mercantil de Nova York, o petróleo recuou 6,49%, a US$ 33,87 por barril, com os temores de enfraquecimento acentuado na demanda.
Hoje, líderes da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) alertaram que a forte queda dos preços está prejudicando projetos de refino e de perfuração de longo prazo, já que os produtores temem pelo desempenho da demanda no futuro.
Vale, a outra empresa de grande peso no Ibovespa, também passou por correção de baixa hoje. Caiu 0,42% a ON e 0,43% a PNA. Siderúrgica e bancos acompanharam, além do setor de consumo, desempenho que pode ser explicado pelos indicadores divulgados hoje pelo IBGE: a taxa de desemprego teve ligeira elevação de outubro para novembro, de 7,5% para 7,6%, e o Índice de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) de dezembro ficou em 0,29%, ante 0,49% no mês anterior (o índice fechou o ano com alta de 6,10%). O dado de inflação seria bom se não reforçasse as análises de desaquecimento econômico.
Para as próximas duas semanas, a Bovespa deve seguir em ritmo lento, com muitos investidores já desfrutando das folgas de final de ano. Assim, o volume deve seguir decrescente.

IBOV...após 18/12...suportes e resistências


O IBOVESPA está tentando construir um sub-canal de alta, consolidando o rompimento dos 40 mil pontos. Acima desse topo o IBOV deverá continuar buscar seus objetivos de alta em 40.770, 41.600 e 42.760 pontos. Abaixo dos 39 mil pontos o IBOV poderá buscar sustentação inicialmente nos 38.000/37 mil pontos.

Os suportes imediatos estão em 38.750, 38.100 e 37.000 pontos.

As resistências e os próximos objetivos de alta estão em 39.540, 40.500, 40.700, 41.000, 42.760, 43.750 e 45.960 pontos.

DJI...após 18/12...suportes e resistências


DJI continua em um canal de congestão entre os 8.500 e os 9 mil pontos. A ruptura da resistência do topo desse canal poderá levar DJI aos 9.200/9.400 pontos.
A perda do suporte inferior, nos 8.500 pontos poderá levar DJI a testar novamente os 8.300/8.100 pontos.

As resistências imediatas se encontram em 8.700, 8.800, 8.850 e 8.910 pontos.
Os suportes imediatos estão em 8.570, 8.540, 8.500 e 8.420 pontos.