quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Bolsas de NY recuam com dados fracos nos EUA

por Agência ESTADO
05 de Agosto de 2009 19:24

Os principais índices do mercado de ações dos EUA fecharam em baixa, diante da divulgação de indicadores econômicos fracos que levaram os investidores a assumir uma postura de cautela à espera do relatório do governo norte-americano sobre os postos de trabalho do país - o "payroll" -, que deve ser divulgado na sexta-feira.

A Pesquisa Nacional de Emprego da ADP/Macroeconomic Advisers, vista pelo mercado como uma prévia do payroll, mostrou corte de 371 mil postos de trabalho no setor privado norte-americano durante o mês de julho, ante previsão média de analistas de corte de 350 mil empregos.

Além disso, o índice de gerentes de compra sobre a atividade no setor de serviços dos EUA caiu em julho para 46,4, de 47,0 em junho, segundo o Instituto de Gestão de Oferta (ISM, na sigla em inglês). Economistas esperavam que o índice subisse para 48,2. Um dado abaixo de 50 mostra contração da atividade.

Os dados pesaram sobre o sentimento dos investidores e, consequentemente, sobre os índices do mercado de ações. O Dow Jones caiu 39,22 pontos, ou 0,42%, para 9.280,97 pontos, interrompendo uma sequência de quatro fechamentos consecutivos em alta.

O S&P 500 também quebrou uma série de quatro fechamentos seguidos em território positivo, recuando 2,93 pontos, ou 0,29%, para 1.002,72 pontos. O Nasdaq perdeu 18,26 pontos, ou 0,91%, para 1.993,05 pontos.

As ações do setor financeiro contrariaram a tendência do mercado nesta quarta-feira e registraram forte desempenho em meio à previsão da seguradora Radian Group (+83,11%) de que o número de acionamentos de seguros de hipotecas neste ano pode ser menor que o projetado anteriormente.

O Bank of America subiu 6,5%, o Wells Fargo ganhou 5,7% e a American Express fechou em alta de 5,8%. As ações da AIG, seguradora que divulga balanço na sexta-feira, avançaram 62,72%.

Entre as empresas que divulgaram balanço hoje, a Procter & Gamble anunciou um lucro para o quarto trimestre fiscal que superou as expectativas do mercado, mas seus papéis recuaram 2,8% por conta do declínio nas vendas da companhia. A rede de supermercados Whole Foods subiu 16% depois de divulgar que obteve um lucro 3,1% maior no terceiro trimestre fiscal em comparação a igual período do ano passado e revisar em alta a projeção para seus resultados no ano. A Polo Ralph Lauren ganhou 7,1%. A companhia registrou um lucro 19% menor no primeiro trimestre fiscal, mas a receita foi superior às previsões de analistas e as margens melhoraram no período. A Electronic Arts recuou 6,8% após divulgar que seu prejuízo aumentou e que a receita caiu no primeiro trimestre fiscal. As informações são da Dow Jones.

Ibovespa dribla realização de lucros e sobe 0,62%

por Agência ESTADO
05 de Agosto de 2009 17:49


Agosto está, até agora, contrariando toda a lenda de mês do desgosto, pelo menos para a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). Nas três sessões realizadas, o resultado é uniforme: alta. Hoje, de novo, a realização de lucros foi absorvida durante a sessão, puxada principalmente pelas ações do segmento financeiro. As blue chips tiveram ganhos mais modestos, mas contribuíram para o desempenho do índice Bovespa (Ibovespa), também favorecido pela redução das perdas em Wall Street à tarde.

O Ibovespa fechou em alta pela quinta sessão seguida, hoje de 0,62%, para 56.384,08 pontos, maior patamar desde os 56.584,40 pontos registrado em 8 de agosto de 2008. Nestas cinco sessões de elevação, o Ibovespa subiu 4,93%. Nos três pregões de agosto, acumula elevação de 2,96%, e, no ano, de 50,16%. Na pontuação mínima do dia, registrou 55.407 pontos (-1,13%), e, na máxima, os 56.586 pontos (+0,98%). O giro financeiro totalizou R$ 4,889 bilhões. Os dados são preliminares.

O mercado doméstico de ações acompanhou em boa parte do dia o comportamento de baixa das Bolsas norte-americanas. Em Nova York, os investidores aproveitaram os indicadores mais fracos conhecidos hoje para embolsar um pouco dos ganhos acumulados nas últimas sessões. Com a diminuição das perdas na hora final do pregão, o Ibovespa deu uma arrancada e atingiu a máxima pontuação do dia, mas Wall Street voltou a cair mais e reduziu os ganhos domésticos.

Saiu hoje nos EUA a pesquisa da ADP, considerada uma prévia do relatório de vagas de trabalho, que será conhecida na sexta-feira, e mostrou que foram eliminados em julho 371 mil postos de trabalho no setor privado, ante previsão média de corte de 350 mil. Também foi conhecido o ISM de serviços, que recuou para 46,4 no mês passado, ante 47,0 em junho, quando o esperado era 48,2.

"Todo o mundo está apostando na realização da Bovespa, mas os investidores não estão querendo abrir mão. Hoje, vimos arbitragem com os ADRs (recibos de ações negociados em Nova York), um pouco de compra de estrangeiros e falta motivação para vendas", comentou um operador do mercado de renda variável. Na avaliação do gestor da Legan Asset Airton Kelner, como a realização de lucros não está engatando, os investidores que venderam papéis correm para refazer as posições, trazendo a alta de volta ao pregão. "No geral, as ondas de baixa sempre são mais fortes que as de alta, mas, dessa vez, a Bolsa parece que está fazendo muito mais força para cair", avaliou.

Os ganhos de hoje foram puxados pelo setor financeiro, que seguiu comportamento do setor nos EUA e também sofreu influência positiva do leilão da folha de pagamento do INSS. Bradesco PN subiu 1,78%, Itaú Unibanco PN, 2,01%, Banco do Brasil ON, 3,34%.

No setor siderúrgico, Gerdau PN recuou 0,18%, Metalúrgica Gerdau PN teve alta de 0,71%, e CSN ON avançou 1,75%. Estas três empresas divulgam balanços amanhã. Usiminas PNA terminou com variação positiva de 0,22%.

Nas blue chips, Vale ON fechou em alta de 0,16% e Vale PNA avançou 0,21%. Petrobras acompanhou os ganhos do petróleo e subiu. Petrobras ON terminou em alta de 0,67% e Petrobras PN, de 0,62%. Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), o contrato do petróleo com vencimento em setembro subiu 0,77%, para US$ 71,97 o barril, puxado pela queda do dólar, que neutralizou o efeito do aumento dos estoques nos EUA na última semana.

As Bolsas norte-americanas fecharam em baixa, mas as perdas foram amenizadas pelos ganhos do setor financeiro. O Dow Jones caiu 0,42%, para 9.280,97 pontos. O S&P 500 recuou 0,29%, para 1.002,72 pontos. O Nasdaq perdeu 0,91%, para 1.993,05 pontos.

Restante da agenda do investidor para a primeira semana de agosto

por Rafael de Souza Ribeiro de InfoMoney
31/07/09 19h31


SÃO PAULO - Dentro da agenda para a primeira semana de agosto, os investidores estarão atentos, sobretudo, aos dados do mercado de trabalho norte-americano.

No cenário nacional, o destaque fica para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) de julho. O indicador orientará novas percepções sobre o controle da inflação doméstica.


Quarta-feira (5/8)

Brasil

9h00 - O IBGE reporta a Pesquisa Industrial Regional de junho, que acompanha a evolução do nível de produto na indústria.

O Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) publica a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de julho, feita mensalmente em 16 capitais brasileiras, na qual se avalia o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família, através do valor dos produtos elementares.

EUA

9h15 - Sai o ADP Employment, documento que descreve os dados referentes a novos postos de empregos criados no setor privado do país em julho.

11h00 - Será publicado o Factory Orders referente ao mês de junho. Esse índice mede o volume de pedidos, feitos à indústria como um todo, de bens duráveis e bens não-duráveis.

11h00 - Confira o ISM Services de julho, responsável pela mensuração do nível de atividade não-industrial.

11h30 - Será apresentado o relatório de Estoques de Petróleo norte-americano, semanalmente organizado pela EIA (Energy Information Administration). O documento é considerado uma importante medida, já que os EUA são o maior consumidor do combustível.


Quinta-feira (6/8)


Brasil

8h00 - A FGV (Fundação Getulio Vargas) publica o IGP-DI (Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna) de julho, importante medida de inflação nacional.

10h00 - O IBGE apresenta o Levantamento da Produção Agrícola referente ao mês de julho.

11h00 - O Dieese revela o Índice de Custo de Vida referente ao mês de julho. O relatório contém informações a respeito do custo de vida dos moradores do município de São Paulo.

EUA

9h30 - Confira o número de pedidos de auxílio-desemprego (Initial Claims), em base semanal.

- Europa

O dia será marcado pela reunião de política monetária do Banco da Inglaterra e do Banco Central Europeu. Os membros dos comitês vão decidir sobre eventuais mudanças nos parâmetros do juro básico.


Sexta-feira (7/8)


Brasil

9h00 - O IBGE publica o IPCA e o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), ambos referentes ao mês de julho. O IPCA é um dos principais índices utilizados pelo Banco Central para o acompanhamento dos objetivos estabelecidos no sistema de metas de inflação.

9h00 - O IBGE reporta também a Pesquisa Mensal do Emprego de junho, relatório que trata de mão-de-obra e rendimento do trabalho no Brasil.

9h30 - O órgão ainda apresenta a Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil de julho, levantamento dos preços e dos custos dos materiais utilizados no setor.

EUA

9h30 - Principal destaque para o Relatório de Emprego do mês de julho, composto por: taxa de desemprego, número de postos de trabalho, ganho por hora trabalhada e média de horas trabalhadas.

15h00 - O Federal Reserve divulga o Consumer Credit referente ao mês de junho, com objetivo de medir o total de crédito ao consumidor.

Segunda-feira (10/8)


Brasil

8h00 - A FGV anuncia o IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor - Semanal) referente à primeira quadrissemana de agosto. O índice calcula a taxa mensal da variação dos preços até meados da semana anterior àquela em que é divulgado.

8h30 - O Banco Central revela o relatório semanal Focus, que compila a opinião de consultorias e instituições financeiras sobre os principais índices macroeconômicos.

11h00 - O Ministério de Comércio Exterior reporta a Balança Comercial referente à última semana, que mede a diferença entre exportações e importações contabilizadas durante o período.

EUA

Não serão apresentados índices relevantes neste dia no país.

Japão

Este será o primeiro dia da Reunião do BoJ (Banco do Japão), que define a taxa básica de juro japonesa. Neste encontro inicial, os diretores se reúnem para analisar os dados econômicos correntes.