quarta-feira, 6 de maio de 2009

Bolsa de NY fecha em alta com bancos e dados de emprego

por Agência ESTADO
06 de Maio de 2009 18:25

O mercado norte-americano de ações fechou em alta, com os principais índices se aproximando dos níveis mais altos do ano. Participantes do mercado apostaram em ações de bancos como Bank of America, Citigroup e Wells Fargo, na véspera da divulgação oficial do resultado dos "testes de estresse" a que as grandes instituições financeiras foram submetidas como condição para receberem recursos do governo; informes sobre os resultados estão "vazando" para a imprensa desde a segunda-feira.
Outro fator para a alta foi a diminuição do pessimismo quanto à economia, depois da divulgação de dois indicadores de emprego: a estimativa do número de postos de trabalho criados no setor privado em abril, da Automatic Data Processing/Macroeconomic Advisors (eliminação de 491 mil empregos, quando os economistas previam uma queda de 650 mil) e o número de demissões anunciadas por grandes empresas, da Challenger, Gray & Christmas (132.590, número mais baixo desde outubro).
"Também tivemos alinhados vários indicadores antecedentes baseados no mercado. Há uma curva de juros muito inclinada, uma redução dos spreads no mercado de crédito, inclusive uma queda na taxa Libor, e altas nos preços das commodities. Basicamente, temos todas essas coisas se juntando e também uma expansão monetária de três dígitos, realmente sem precedentes. Com tudo isso, seria incomum não ver algum tipo de crescimento econômico até o fim do ano", comentou o economista Michael Darda, da MKM Partners.
Sobre a alta forte das ações dos bancos, o operador Joseph Saluzzi, da Themis Trading, observou que ela foi determinada por participantes de curto prazo. Segundo ele, transações com ações de Bank of America, Citigroup, Wells Fargo, JP Morgan Chase e outras três companhias do setor financeiro representaram 39% de todos os negócios com ações listadas no NYSE Composite.
Em reação a informações "vazadas" sobre os "testes de estresse", as ações do Bank of America subiram 17,07% e as do Citigroup avançaram 16,62%. Outros destaques no setor foram Wells Fargo (+15,59%), Bank of New York Mellon (+11,13%), JPMorgan Chase (+6,89%), Morgan Stanley (+4,78%), Goldman Sachs (+2,97%) e American Express (+2,15%).
As ações da Disney, que havia divulgado resultados ontem depois do fechamento, subiram 11,75%; as da General Motors, que divulga resultados nesta quinta-feira, caíram 10,27%. As ações do setor de energia subiram, em reação à alta dos preços do petróleo (ExxonMobil +1,37%, Chevron +3,59%). Entre as ações de empresas que divulgariam resultados depois do fechamento, os destaques foram Cisco Systems (-0,10%) e News Corp. (+4,65%).
As ações da Dow Chemical caíram 6,98%, depois de a empresa revelar que terá de vender ações para levantar o US$ 1,625 bilhão necessário para pagar empréstimos usados na aquisição da Rohm & Haas. No setor de tecnologia, as ações da Adobe Systems recuaram 2,01%, depois de rebaixamento de recomendação pelos analistas da Atlantic Equities.
O índice Dow Jones fechou em alta de 101,63 pontos (1,21%), em 8.512,28 pontos. O Nasdaq fechou em alta de 4,98 pontos (0,28%), em 1.759,10 pontos. O S&P-500 subiu 15,73 pontos (1,74%), para fechar em 919,53 pontos. As informações são da Dow Jones.

Bolsa brasileira já se aproxima de nível pré-crise

por Agência ESTADO
06 de Maio de 2009 17:51

Os investidores tomaram gosto pela alta no mercado acionário doméstico. Pela quinta sessão seguida - e contrariando as previsões de que os ganhos acumulados já estavam em tempo de serem embolsados -, a Bolsa de Valores de São Paulo permaneceu o dia todo no azul, recuperando durante o pregão a marca dos 52 mil pontos. No fechamento da sessão regular, o desempenho ficou abaixo disso, mas foi o maior nível desde 25 de setembro do ano passado. Aos poucos, o Ibovespa vai recuperando a pontuação pré-crise, de meados de setembro de 2008, quando do pedido de concordata do banco americano Lehman Brothers, em 15 de setembro, que marcou o agravamento da crise internacional.
Os dados sobre mercado de trabalho da ADP nos Estados Unidos, uma prévia agradável dos testes de estresse dos bancos que serão divulgados amanhã, e, no Brasil, a continuidade do ingresso de recursos estrangeiros garantiram a manutenção da trajetória ascendente hoje.
O índice Bovespa (Ibovespa) fechou esta quarta-feira com valorização de 1,64%, aos 51.499,48 pontos. Na mínima do dia, ficou em 50.672 pontos (estabilidade) e, na máxima, os 52.096 pontos (+2,81%). Nos três pregões de maio, o Ibovespa acumula ganho de 8,90% e, em 2009, de 37,15%. Nas últimas cinco sessões seguidas de alta, o índice subiu 12,39%. O giro financeiro totalizou R$ 7,468 bilhões hoje (dado preliminar). Em 12 de setembro de 2008, uma sexta-feira, último pregão antes do anúncio da quebra do Lehman Brothers, o Ibovespa havia fechado em 52.392 pontos.
As previsões no início do dia eram de que, enfim, hoje, os investidores embolsariam parte do dinheiro que fizeram nos últimos pregões no mercado acionário. Mas a divulgação dos dados do mercado privado de trabalho norte-americano pela ADP fez os investidores mudarem de ideia. Ao invés do fechamento de 650 mil vagas em abril nos EUA, como era esperado pelos analistas, foram eliminados 491 mil postos de trabalho, o que foi lido como um sinal de que o "payroll" - relatório oficial que o Departamento de Trabalho dos EUA divulgará na sexta-feira - também deve vir melhor. O vazamento de parte dos resultados dos testes de estresse dos bancos americanos, que serão conhecidos amanhã, também patrocinou uma corrida às ações à tarde.
O Dow Jones terminou a sessão em alta de 1,21%, aos 8.512,28 pontos, o S&P, de 1,74%, aos 919,53 pontos, e o Nasdaq, de 0,28%, a 1.759,10 pontos. Os papéis do BofA subiram 17,07%, do Citigroup, 16,62%, e o JPMorgan, 6,89%.
O humor melhor no exterior puxou para cima as cotações de matérias-primas (commodities), que também favoreceram os papéis domésticos, assim como o fluxo estrangeiro. Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), o contrato do petróleo para junho terminou com avanço de 4,64%, a US$ 56,34, o maior preço do ano, influenciado pelo crescimento inferior ao esperado nos estoques de petróleo bruto nos Estados Unidos. Na Bovespa, Petrobras ON subiu 1,36% e Petrobras PN avançou 1,47%.
Vale, que divulga balanço trimestral logo mais, terminou com alta de 0,76% na ação ON e de 0,79% na PNA. As previsões dos analistas ouvidos pela Agência Estado para o resultado de janeiro a abril é de um lucro líquido 25,5% menor, segundo o padrão contábil norte-americano (US GAAP), para US$ 1,5 bilhão.
As siderúrgicas tiveram desempenho mais robusto e, com exceção de Usiminas PNA (+1,47%), subiram mais de 4%: Gerdau PN avançou 4,72%, Metalúrgica Gerdau PN, 5,43%, e CSN ON, 4,58%.
No setor bancário doméstico, não houve fechamento uniforme. Bradesco PN terminou com aceleração de 1,41%, Itaú Unibanco PN caiu 1,13%, e BB ON terminou com ganhos de 7,72%.

IBOV... após 05/05...suportes e resistências


Impulsionado pelos mercados futuros em alta, o Ibovespa abriu nos 50.404 pontos, e subiu até encontrar resistência na máxima nos 50.909 pontos (+1,0%). A partir daí, sintonizado com DJI, refluiu até encontrar suporte na mínima nos 50.013 pontos. Na última hora de pregão, esboçou nova reação para finalizar praticamente estável em 50.670 pontos (+0,53%).O "candle" formado no gráfico diário do Ibovespa é também um "doji" indicativo de indefinição de tendência. Como a formação desse "candle" ocorreu no topo do "canal principal de alta" do Ibovespa, iniciado em novembro/2008, é muito provável ser este um "doji evening star", sinalizador de reversão de tendência. A confirmação da reversão se dará com um fechamento negativo, nesta quarta. Os principais osciladores do gráfico diário estão fortemente "sobrecomprados" sugerindo uma correção mais forte, antes que o Ibovespa dê continuidade ao movimento de alta, com objetivos nos 51.600/52 mil pontos.

Suportes imediatos em 50.300, 50.000, 49.500, 48.900 e 48.120 pontos.
Resistências imediatas em 50.910, 50.960 e 51.600 pontos.