sexta-feira, 31 de julho de 2009

Bolsa de NY tem o melhor mês de julho em 20 anos

por Agência ESTADO
31 de Julho de 2009 19:20

As Bolsas de Nova York perderam força no final da sessão, mas isso não impediu que Wall Street registrasse seu melhor mês de julho em duas décadas, com os investidores interpretando o relatório do Produto Interno Bruto (PIB) como uma indicação de que a recessão nos EUA está diminuindo. Os índices Dow Jones e S&P-500 resistiram à perda de força do mercado no final da sessão e renovaram as máximas do ano, enquanto o Nasdaq fechou em baixa.

No mês, o Dow Jones acumulou um ganho de 8,58%, seu melhor resultado para julho desde 1989, quando subiu 9%. O S&P-500 fechou o mês com um ganho de 7,42%, seu melhor desempenho para julho desde 1988, quando subiu 8,8%. O Nasdaq registrou um ganho de 7,82% no mês, o maior para julho desde 1997, quanto subiu 10,5%.

A temporada de balanços corporativos ajudou a dar impulso de alta ao mercado de ações ao longo do mês, assim como recentes indicadores econômicos. Nesta sexta-feira, o Departamento do Comércio informou que o PIB dos EUA encolheu 1% no segundo trimestre, de uma expectativa de declínio de 1,5% dos analistas. Esse dado ajudou a melhorar o humor do mercado, com os investidores agora aparentemente acreditando que existe um recuo no ritmo de desaceleração da economia.

As ações do setor industrial foram particularmente beneficiadas pelo PIB, incluindo General Electric (alta de 2,21%) e Caterpillar (1,50%). O setor de matérias-primas também registrou um bom desempenho (Alcoa ganhou 2,62%). A companhia de exploração de petróleo Chevron, que divulgou balanço nesta sexta-feira, subiu 2,61%, enquanto a ExxonMobil caiu 0,47%. Entre os bancos, que estavam no coração dos ganhos do S&P-500, o Bank of America se destacou com uma alta de 5,87%, enquanto o JPMorgan avançou 0,47%.

Contudo, com a virada do mês, alguns investidores estão pregando a cautela. Os ganhos de julho foram muito vastos para serem sustentáveis e certos setores que lideraram o movimento de alta podem ser os primeiros a cair.

O índice Dow Jones subiu 17,15 pontos (0,19%) hoje e fechou com 9.171,61 pontos, com um ganho de 0,86% na semana. O Nasdaq avançou 5,80 pontos (0,29%) e fechou com 1.978,50 pontos; na semana, o índice registrou uma alta de 0,64%. O S&P-500 avançou 0,73 ponto (0,07%) e fechou com 987,48 pontos e, na semana, teve uma valorização de 0,84%. As informações são da Dow Jones.

Bolsa acumula alta de 45,8% no ano, maior desde 1999

por Agência ESTADO
31 de Julho de 2009 17:54

A Bolsa de Valores de São Paulo terminou mais um mês em alta, o quinto em 2009, com a ajuda do investidor estrangeiro, que voltou a colocar recursos no mercado doméstico. Com o resultado de julho, o ganho acumulado do índice Bovespa (Ibovespa) em sete meses (45,85%) já é o maior para o período desde 1999.

O Ibovespa fechou o pregão desta sexta-feira em alta de 0,53%, aos 54.765,72 pontos. Na semana, subiu 0,56%, encerrando o mês de julho com elevação de 6,41%. No ano, a Bolsa acumula alta de 45,85%, a maior para o intervalo desde os 53,90% registrados em 1999, de acordo com dados da consultoria Economática. Na mínima pontuação do dia, o índice registrou 54.206 pontos (-0,50%) e, na máxima, os 54.980 pontos (+0,92%). O giro financeiro hoje somou R$ 4,251 bilhões. Os dados são preliminares.

"Acho que os investidores decidiram esperar acabar o mês para decidir o que fazer. Eles estão sem interesse em puxar a alta, mas também não querem vender", avaliou o gestor gerente da Infinity Asset, George Sanders, ao comentar o comportamento do mercado hoje. Segundo ele, embora a Bovespa precise passar por uma realização de lucros para atrair novos compradores, a tendência continua sendo a de ganhos. "Os investidores estão voltando das férias no Hemisfério Norte e isso pode significar mais recursos para a Bovespa. Assim, embora ela possa voltar aos 52 mil pontos num processo de realização, ela está mais com cara de 58 mil pontos", projetou.

Segundo Sanders, a trajetória da Bovespa continuará atrelada à da Bolsa norte-americana, que também é favorável, apesar de os indicadores ainda mostrarem fragilidade da economia dos EUA. A primeira prévia do Produto Interno Bruto (PIB) norte-americano do segundo trimestre divulgada hoje, no dado cheio, foi melhor do que as projeções, mas ainda negativa, o que mostra que a maior economia do planeta está na mais longa recessão desde 1947. A parcial do PIB dos EUA mostrou retração de 1% de abril a junho, menos do que a queda de 1,5% estimada pelos investidores. Mas os gastos dos consumidores americanos caíram 1,2% de abril a junho, após aumentarem 0,6% no primeiro trimestre e recuarem 3,1% no quarto trimestre de 2008. Já os gastos das empresas diminuíram 8,9% no segundo trimestre, após despencarem 39,2% no primeiro trimestre; enquanto as exportações caíram 7%, depois de declínio de 29,9% nos primeiros três meses do ano.

Os investidores em Wall Street ficaram indecisos com os dados e deixaram o pregão volátil. No final, o Dow Jones terminou em alta de 0,19%, aos 9.171,61 pontos, e, acumulando elevação de 8,58% no mês, no melhor julho desde 1989. O S&P avançou 0,07%, aos 987,47 pontos, e subiu 7,41% em julho, enquanto o Nasdaq teve variação negativa de 0,29%, aos 1.978,50 pontos, com ganho de 7,82% no mês.

A Bolsa brasileira, além de seguir o comportamento de Wall Street, ainda subiu com as ações ligadas a matérias-primas (commodities), já que metais e petróleo subiram. Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês), o contrato do petróleo com vencimento em setembro avançou 3,75%, para US$ 69,45 o barril.

Petrobras terminou o pregão na Bovespa com elevação de 0,86% na ação ordinária (ON) e de 0,80% na ações preferencial (PN), acumulando queda de 3,11% e 2,11%, respectivamente, em julho. O presidente da empresa, José Sérgio Gabrielli, disse hoje à Agência Estado que, se a estatal vier a ser a operadora única do pré-sal, tem condições técnicas e financeiras para assumir essa função. O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão publicou hoje no Diário Oficial da União que a Petrobras investiu R$ 18,56 bilhões no primeiro semestre, um volume equivalente a 42,2% do que estava previsto para ocorrer em todo o ano de 2009.

Vale ON subiu 1,23% hoje e 7,39% em julho e Vale PNA, 1,22% hoje e 8,54% no mês. Hoje, o vice-presidente da Associação do Ferro e do Aço da China, Luo Bingsheng, descartou os rumores de que as negociações de preço do minério de ferro entre a China e as mineradoras globais estejam próximas de uma solução, ou que sigilosamente tenha sido fechado um acordo. As conversas ainda estão em andamento, afirmou.

No setor siderúrgico, Gerdau PN subiu 1,72%, Metalúrgica Gerdau, 1,72%, Usiminas PNA, 0,80%, e CSN ON, 0,73%. O setor bancário, por sua vez, recuou: Bradesco PN, 0,74%, Itaú Unibanco PN, 0,47%, e BB ON, 0,55%.

Santander ON, por outro lado, terminou em alta de 4,55%. A instituição deu entrada com o pedido de registro de oferta primária de units nesta manhã, na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). O banco espanhol afirma que pretende listar as units no Nível 2 de governança corporativa da Bovespa. Segundo o Santander, estudos preliminares indicam que a oferta poderá ser de 15% do capital social.

IBOV...após 30/07...suportes e resistências


O Ibovespa abriu na mínima nos 53.735 pontos, e movido por DJI em forte alta, reverteu a tendência baixista anterior, rompendo o topo de junho dos 54.955 pontos até buscar nova máxima nos 55.083 pontos. Na última meia-hora de pregão, sintonizado com DJI, refluiu com força até finalizar nos 54.478 pontos (+1,38%). O "candle" do gráfico diário se assemelha a um "martelo invertido" mostrando fraqueza dos compradores, no final do pregão. Associado ao "candle" do pregão anterior, essa "reversão simétrica" deixou indefinida a tendência para o pregão desta sexta. A divulgação de nova estimativa do PIB americano, antes da abertura dos mercados poderá definir melhor a tendência do último pregão do mês.

Suportes imediatos em 53.930, 53.700, 53.500 e 53.050 pontos.
Resistências imediatas em 54.650, 54.890, 55.140 e 55.550 pontos.

DJI...após 30/07...suportes e resistências.


DJI abriu na mínima nos 9.073 pontos, e movido por forte pressão compradora rompeu o topo anterior nos 9.123 pontos até buscar nova máxima nos 9.246 pontos. Na última meia-hora de pregão refluiu com força até finalizar nos 9.154 pontos (+0,92%). O "candle" do gráfico diário se assemelha a um "martelo invertido" mostrando fraqueza dos compradores, no final do pregão. O mercado aguarda hoje, antes da abertura dos pregões, a divulgação de nova estimativa do PIB americano, para uma definição da tendência, no último pregão do mês.

Suportes imediatos em 9.123, 9.070, 9.007, 8.950 e 8.870 pontos.
Resistências imediatas em 9.246 e 9.278 pontos.