sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Dow Jones fecha em queda com GE, mas Nasdaq sobe

por Agência ESTADO
23 de Janeiro de 2009 20:05

O mercado norte-americano de ações fechou com os principais índices em direções divergentes, o Dow Jones em queda e o Nasdaq e o S&P-500 em alta. Operadores disseram que informes de resultados de empresas de tecnologia bem recebidos pelo mercado deram impulso ao Nasdaq, enquanto a preocupação com a situação financeira da General Electric pressionou o Dow Jones.
O índice Dow Jones fechou em queda de 45,24 pontos, ou 0,56%, em 8.077,56 pontos. O Nasdaq fechou em alta de 11,80 pontos, ou 0,81%, em 1.477,29 pontos. O S&P-500 subiu 4,45 pontos, ou 0,54%, para fechar em 831,95 pontos. O NYSE Composite subiu 23,87 pontos, ou 0,46%, para 5.195,55 pontos. Na semana, o Dow Jones acumulou uma queda de 4,06%; o Nasdaq, uma perda de 3,40%; e o S&P-500, uma baixa de 2,14%.
As ações da GE caíram hoje 10,76%, depois de a empresa divulgar resultados do quarto trimestre. O executivo-chefe da empresa, Jeffrey Immelt, disse que a GE está comprometida com medidas que garantam o pagamento de dividendos e a manutenção da classificação de crédito (rating) AAA, mas isso não convenceu os investidores. No setor de tecnologia, as ações do Google subiram 5,94% e as da AMD avançaram 2,48%, depois de as duas empresas divulgarem resultados. As da Xerox, porém, caíram 7,38%, também em reação a seu balanço do quarto trimestre.
No setor financeiro, as ações do Citigroup subiram 11,58%, recuperando terreno depois das fortes quedas recentes; as do Bank of America avançaram 9,28%. No setor farmacêutico, as ações da Wyeth subiram 12,64%, depois de o Wall Street Journal dizer que a rival Pfizer cogita fazer uma oferta de US$ 60 bilhões pela empresa; as ações da Pfizer subiram 1,39%. As informações são da Dow Jones.

Vale garante Bovespa no azul após sessão volátil

por Aluísio Alves de Reuters
23 de Janeiro de 2009 18:43

SÃO PAULO - Um lampejo de otimismo dos investidores com a Vale fez a Bovespa fechar a sexta-feira no azul, em mais uma sessão que refletiu a volatilidade de Wall Street.
Depois de oscilar entre 2 por cento de alta e 3 por cento de queda, o Ibovespa terminou o dia nos 38.132 pontos, valorizado em 0,63 por cento. O giro financeiro da sessão totalizou 3,2 bilhões de reais.
"Os investidores estão tentando se apoiar no noticiário econômico e nos dados das empresas, mas está tudo ainda muito indefinido", afirmou Romeu Vidale, gerente de renda variável da Concórdia Corretora.
No plano econômico, todas as novidades foram negativas. A Grã-Bretanha entrou em recessão pela primeira vez desde 1991, depois que sua economia teve contração de 1,5 por cento no último trimestre de 2008, e a Espanha viu sua taxa de desemprego saltar para cerca de 14 por cento, a maior em nove anos.
No setor corporativo, as notícias foram desencontradas. O Google reportou lucro acima das expectativas após o fechamento da véspera, enquanto a General Eletric teve queda de 44 por cento no resultado líquido do quarto trimestre e apontou para um 2009 "extremamente difícil".
Com isso, nem os principais índices de Wall Street trabalhavam em direção única no final da tarde, com Nasdaq subindo por conta do setor de tecnologia e o Dow Jones no vermelho, puxado por GE.

TIM DISPARA

Na bolsa paulista, Vale foi o fiel da balança, subindo 1,74 por cento, para 26,30 reais, no dia em que a mineradora anunciou proposta de pagar remuneração de pelo menos 2,5 bilhões de dólares a seus acionistas em 2009.
Além disso, o papel refletiu a repercussão do mercado a um relatório da corretora japonesa Nomura, que elevou o preço-alvo das ações de diversas mineradoras, incluindo a Vale, apontando que a demanda da China por metais pode dar alguma sustentação ao preço dessas commodities.
Mas o grande destaque da sessão foram as ações ordinárias da TIM Participações, com uma disparada de 29,9 por cento, a 6,90 reais, depois que a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) mandou a Telco, holding controladora da companhia, realizar uma oferta pública pelas ações ques estão em circulação no mercado.
Na ponta de baixo do índice, Usiminas desabou 4,1 por cento, a 28,30 reais, tendo pouco atrás Companhia Siderúrgica Nacional, com baixa de 2,8 por cento, cotada a 34,50 reais.

Vale e bancos garantem alta de 0,63% à Bovespa

por Agência ESTADO
23 de Janeiro de 2009 18:30

Depois de uma abertura fraca, acompanhando o mau humor externo, a Bovespa conseguiu recuperar-se à tarde, graças aos ganhos de Vale e bancos. A inversão para cima do rumo dos preços dos metais básicos e do petróleo e a melhora em Wall Street levaram os investidores de volta às compras.
O Ibovespa terminou a sessão em elevação de 0,63%, aos 38.132,35 pontos. Na mínima, atingiu 36.744 pontos (-3,04%) e, na máxima, 38.660 pontos (+2,02%). Na semana, teve perdas de 3,07% e, no mês, acumula alta de 1,55%. O giro financeiro totalizou R$ 3,234 bilhões.
As ações da Vale foram preponderantes ao desempenho do Ibovespa hoje. Os papéis subiram principalmente em reação à notícia de que a diretoria da empresa enviará para deliberação do Conselho de Administração proposta para pagamento de remuneração mínima aos acionistas para 2009 no valor de US$ 2,5 bilhões, correspondente a US$ 0,479523218 por ação em circulação, ordinária ou preferencial.
Operadores consideraram a notícia positiva, principalmente por causa do momento delicado por que passa a economia global. "Nesses dias de turbulência, esse tipo de informação é muito bem-vinda. Ainda mais que a empresa anunciou uma remuneração mínima, o que significa que há espaço para o acionista ganhar algo mais", comentou um experiente profissional do mercado acionário.
Outra notícia positiva relacionada à Vale veio de um relatório da corretora japonesa Nomura, que elevou sua recomendação para os ADRs (recibos de ações negociados nos EUA) da Vale de neutra para compra e citou a projeção de recuperação da demanda chinesa por minério de ferro. Vale ON fechou em alta de 3,49% e Vale PNA, 1,74%. O avanço dos metais no exterior também favoreceu.
No caso da Petrobras, a alta do petróleo no exterior à tarde fez os papéis acompanharem, mas, no finalzinho, os papéis acabaram fechando em baixa. Após o fim do pregão, o presidente da empresa, José Sérgio Gabrielli, apresenta o Plano de Negócios de 2009 a 2013 da empresa. Petrobras ON fechou em queda de 0,25% e Petrobras PN, de 0,21%. Na Bolsa Mercantil de Nova York, o contrato do petróleo para março fechou em elevação de 6,41%, a US$ 46,47 por barril, por causa da valorização dos preços do óleo de calefação em meio ao inverno no Hemisfério Norte.
A virada da Bovespa ainda contou com a ajuda das ações de bancos, que subiram com a melhora nas bolsas em Wall Street. Bradesco PN avançou 1,05%; Itaú PN, 2,29%; e Unibanco Unit, 2,73%. Banco do Brasil ON caiu 1,85%.
Antes dessa tomada de fôlego do período da tarde, as bolsas repercutiram com força os dados do Reino Unido e de balanços nos EUA. O Reino Unido anunciou contração econômica no quarto trimestre de 2008, pelo segundo trimestre seguido, o que configura recessão. É a primeira vez desde 1991 que a economia britânica contraiu-se por dois trimestres consecutivos. Ainda na Europa, a Espanha comunicou que a taxa de desemprego subiu a 13,91% no quarto trimestre de 2008, de 11,33% no terceiro, atingindo seu maior nível em 8 anos.
Da safra de balanços, a coreana Samsung anunciou seu primeiro prejuízo desde 2000; a Advanced Micro Devices (AMD) reportou perdas de US$ 1,424 bilhão; e a General Electric informou queda de 44% no lucro líquido do quarto trimestre, para US$ 3,72 bilhões.
Nas Bolsas de Nova York, às 18h20 (de Brasília), o índice Dow Jones registrava baixa de 1,08%, o S&P subia 0,06% e o Nasdaq avançava 0,50%.