quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Varejo faz Dow Jones fechar em queda; Nasdaq sobe

por Agência ESTADO
08 de Janeiro de 2009 20:14

O mercado norte-americano de ações fechou com os principais índices em direções divergentes, o Dow Jones em queda e o Nasdaq e o S&P-500 em alta. Os investidores mostraram cautela antes da divulgação dos indicadores do nível de emprego em dezembro, na manhã desta sexta-feira. Algumas ações dos setores de energia e de tecnologia recuperaram terreno, depois das quedas recentes; o recuo forte das ações da Wal-Mart, em dia marcado pelos informes de vendas das redes varejistas em dezembro, contribuiu para que o Dow Jones encerrasse em baixa.
O índice Dow Jones fechou em queda de 27,24 pontos, ou 0,31%, em 8.742,46 pontos. O Nasdaq fechou em alta de 17,95 pontos, ou 1,12%, em 1.617,01 pontos. O S&P-500 subiu 3,08 pontos, ou 0,34%, para fechar em 909,73 pontos. O NYSE Composite subiu 38,09 pontos, ou 0,66%, para 5.837,14 pontos.
"Os varejistas tiveram uma temporada de vendas para as festas de fim de ano horrível, evidenciada na tendência fraca de vendas nas primeiras três semanas de dezembro, com apenas uma recuperação modesta nos dias próximos dos feriados", comentou o analista Brian Sozzi, da Wall Street Strategies.
No setor varejista, as ações da Wal-Mart caíram 7,49% e as da GAP recuaram 4,72%. As da Sears subiram 23,26%; embora a empresa tenha relatado vendas fracas em dezembro, ela elevou sua previsão de lucros para o quarto trimestre. No setor financeiro, as ações do Citigroup, que haviam chegado a cair 2,4% durante o pregão, se recuperaram no fim da tarde e fecharam em alta de 0,14%, depois de o banco anunciar um acordo com lideranças do Congresso em torno de um projeto de lei que encoraja a renegociação de hipotecas. No setor de petróleo, as ações da ExxonMobil subiram 1,07% e as da Chevron avançaram 0,38%; a nova queda dos preços do produto fez subirem as ações de refinadoras, como a Tesoro Corp. (+6,65%). No setor de tecnologia, as ações da Microsoft subiram 3,13%, recuperando terreno depois das quedas recentes. As informações são da Dow Jones.

Na contramão do mundo, índice sobe montado em blue chips

por Aluísio Alves de Reuters
08 de Janeiro de 2009 19:28

SÃO PAULO - Ordens de compra pesadas de investidores estrangeiros contra as blue chips Petrobras e Vale sustentaram a Bolsa de Valores de São Paulo, que subiu sozinha na contramão dos mercados internacionais.
Depois de ter chegado a ruir 1,4 por cento nos primeiros minutos de negócios, o Ibovespa passou boa parte do dia oscilando sem tendência. Mas à tarde, o índice se firmou até dar um rali no final para fechar com valorização de 2,87 por cento, aos 41.990 pontos.
Já no call de fechamento, o giro financeiro deu uma guinada, atingindo 5 bilhões de reais, o maior para sessões regulares em quatro semanas.
Segundo profissionais do mercado, uma combinação de fatores contribuiu para esse movimento isolado da bolsa paulista. O principal deles foi uma revoada de recursos externos.
"Os estrangeiros fecharam 2008 completamente vendidos em mercados emergentes. Agora, alguns deles estão começando a voltar e estão entrando pelas ações mais líquidas", explicou Gabriel Goulart, analista econômico da Mercatto Gestão de Recursos.
Assim, Petrobras subiu 4,3 por cento, para 25,50 reais, mesmo num dia de queda do preço do petróleo. Na mesma batida, Vale ganhou 3,7 por cento, a 28,51 reais.
A cadeia de notícias aterradoras em economias desenvolvidas, como Estados Unidos e Europa, estaria estimulando vários investidores a novamente considerar aplicações em mercados que proporcionem maior rentabilidade.
Olhando para um horizonte mais longo, esses players fecharam os olhos ao noticiário econômico, que foi mais uma vez assustador.
O desfile de evidências dos estragos da crise seguiu a todo o vapor, com a confiança empresarial na zona do euro caindo em dezembro para o menor nível em pelo menos 23 anos, enquanto o Banco da Inglaterra cortava a taxa de juro para 1,5 por cento ao ano, para o menor nível de sua história de mais de 300 anos.
Nos Estados Unidos, a gigante Wal-Mart reportou um desempenho decepcionante nas vendas em dezembro e reduziu sua perspectiva de lucro trimestral. O pessimismo em Wall Street diminuiu depois de congressistas anunciarem um plano para ajudar donos de hipotecas financiadas pelo Citigroup, e os índices fecharam sem tendência única.
Segundo profissionais do mercado, outros ingredientes podem ajudar a explicar a estranha alta desta quinta-feira. No plano doméstico, o mais importante foi o crescimento da aposta num corte de juro mais acentuado da Selic na reunião deste mês do Copom, que também derrubou as projeções mais curtas de juros futuros nos contratos de DI.
Em outra frente, a incomum alta do dólar frente ao real no mesmo dia em que a Bovespa subiu provocou um descasamento entre os preços das ADR de companhias brasileiras (negociados em Nova York) e os de suas ações.
Um dos destaques da sessão foi Companhia Siderúrgica Nacional, que disparou 6,95 por cento, a 37,55 reais, depois de ter anunciado na quarta-feira à noite a abertura de um programa de recompra de até 9,72 milhões de suas próprias ações, o equivalente a pouco mais de 1 por cento dos papéis em circulação no mercado.

Ibovespa encerra em alta de 2,87% com Vale e Petrobras

por Agência ESTADO
08 de Janeiro de 2009 18:33

Na contramão de Nova York, e após muita volatilidade, a Bovespa sustentou-se em alta no meio da tarde e caminhou assim até o fechamento. Petrobras, Vale e siderúrgicas garantiram o desempenho do Ibovespa, principal índice, mesmo com a desvalorização das matérias-primas no exterior. Segundo profissionais do mercado, apesar do giro mais fraco, houve ingresso de recursos estrangeiros, daí o ganho das ações com mais força para mexer no índice brasileiro.
A Bovespa terminou com elevação de 2,87%, aos 41.990,55 pontos, na máxima pontuação do dia. Na mínima, atingiu 40.251 pontos (-1,40%). No mês, acumula alta de 11,83%. O volume financeiro totalizou R$ 4,993 bilhões.
Apesar da queda dos metais e do petróleo no mercado externo, Vale, Petrobras e siderúrgicas saíram-se bem no Brasil, com altas firmes que sustentaram o desempenho da Bovespa. Petrobras ON subiu 5,27%; PN, 4,29%; Vale ON, 4,45%; PNA, 3,71%; Gerdau PN, 6,82%; Metalúrgica Gerdau PN, 6,84%; Usiminas PNA, 4,13%; e CSN ON, 6,95%.
Patrícia Blanco, sócia-gestora da Global Equity, avaliou que o noticiário, hoje, justificaria a queda da Bovespa, mas chama a atenção para o clima um pouco melhor neste início de ano e também a volta dos estrangeiros, aos poucos, para dar sustentação aos papéis, como o que houve hoje.
Os sinais vindos do exterior foram negativos, tanto que as bolsas europeias caíram e as norte-americanas se encaminham para o mesmo. Vários indicadores foram ruins e o setor corporativo não aliviou. A esperança era de que o presidente eleito dos EUA, Barack Obama, pudesse desanuviar o clima ruim com o discurso feito no início da tarde. Mas, embora positivas, as declarações pouco acrescentaram, e os investidores seguiram repercutindo os dados que já tinham em mãos. No final da tarde, entretanto, o clima em Nova York melhorou e as bolsas reduziram as perdas.
Entre outras coisas, Obama disse que uma das medidas de seu pacote econômico será um corte de impostos para famílias norte-americanas equivalente a US$ 1.000. Devem ser contempladas 95% das famílias, numa forma de incentivar o consumo e tirar a economia do atoleiro. Ele também pretende gastar maciçamente para evitar uma recessão que dure anos e uma taxa de desemprego de dois dígitos.
Os investidores embutiram no preço dos ativos as notícias ruins conhecidas mais cedo, entre elas o anúncio feito pelo Wal-Mart de queda nas vendas totais em dezembro (-0,1%). A maior varejista do mundo também reduziu sua previsão para o lucro de operações continuadas no quarto trimestre. Outras varejistas também anunciaram suas vendas de dezembro hoje e cortaram as previsões de resultados, como Gap, Pacific Sunwear e Macy's.
Um dado do mercado de trabalho, no entanto, foi bom, mas não serviu para diminuir as preocupações com o relatório de emprego (payroll), que sai amanhã. Os pedidos de auxílio-desemprego nos EUA inesperadamente caíram na semana passada. Por outro lado, o Departamento de Trabalho informou que os benefícios de desemprego recebidos há mais de uma semana atingiram o maior nível desde novembro de 1982, o que neutralizou o número de pedidos de auxílio-desemprego.
Em Nova York, às 18h19 (de Brasília), o índice acionário Dow Jones caía 0,79% e o S&P, 0,18%. Nasdaq virou e subia 0,55%. Na Europa, as bolsas recuaram com a informação de que a confiança do consumidor na zona do euro está no nível mais fraco desde o início da pesquisa. A Bolsa de Londres fechou em baixa de 0,05%, a de Paris perdeu 0,65% e a de Frankfurt, 1,17%.

Obama promete alívio fiscal de US$ 1 mil por família de trabalhadores

por Valor Online
08/01/2009 15:20

O presidente eleito dos EUA, Barack Obama, apresentou hoje em discurso as linhas mestras do plano de estímulo econômico que pretende lançar logo após sua posse, em 20 de janeiro. "Não é muito tarde para mudar de rumo, mas será se não tomarmos ações dramáticas assim que possível", afirmou ele em uma universidade. "Se nada for feito, esta recessão pode durar por anos."
O plano vai " salvar ou criar pelo menos 3 milhões de empregos nos próximos anos " ao garantir investimentos prioritários em energia, educação, saúde e infra-estrutura. Em alívio imediato e incentivo ao consumo, o governo vai cortar em US$ 1 mil os impostos pagos por 95% das famílias trabalhadoras.
" Neste momento particular, somente o governo pode proporcionar o impulso de curto prazo necessário para nos levantar de uma recessão tão profunda e severa " , afirmou o novo presidente. Ele prometeu que em três anos os Estados Unidos vão dobrar a produção de energia alternativa, além de modernizar o uso da energia em mais de 75% prédios federais e em 2 milhões de residências. Em cinco anos, Obama espera ver digitalizados todos os registros médicos dos americanos. Escolas e universidades públicas serão reequipadas e o governo aguarda um aumento na geração de empregos em todos esses setores e ainda nos serviços ligados à infra-estrutura.
Em seu discurso, o presidente apelou pela presteza do Congresso em aprovar as ações. Argumentou que o plano é muito extenso, pois a crise atual não tem precedentes, e que é muito provável que a situação piore antes de melhorar. " Essa é a maior razão para o Congresso agir sem demora " , disse Obama. " Nós já tentamos a abordagem de esperar para ver e foi essa mesma abordagem que nos ajudou a chegar a este dia decisivo. "
Obama afirmou que o momento é muito sério e, se nenhuma atitude for tomada, " uma situação ruim pode ficar dramaticamente pior " . Comentou que tal nível de crise foi atingido não por acidente, mas após " uma era de profunda irresponsabilidade que se estendeu das diretorias corporativas até os salões de poder em Washington " e defendeu o fim de todas as práticas e culturas que geraram a crise, a começar pela classe política. Ao admitir que o pacote terá " custo considerável " e vai aumentar o déficit público, o novo presidente ressalvou que tomar pouca ou nenhuma atitude vai levar a uma piora nos quadros de emprego, renda e confiança na economia.

IBOV...após 07/01...suportes e resistências


Como esperado após a sequência de 6 altas seguidas o Ibovespa teve forte realização. Finalizou em 40.820 (-3,53%), após buscar suporte na mínima em 40.563 pontos. Apesar disso, desde que não perca o patamar dos 40 mil pontos, para que possa retomar novamente os 41 mil pontos e manter seus objetivos de alta em 43.750 e 45 mil pontos. A perda do suporte nos 40 mil pontos sinalizará reversão definitiva desta atual tendência de alta, com objetivos de queda nos 37/38 mil pontos. A forte realização de ontem, poderá ensejar alguma recuperação no pregão desta quinta.

Os suportes imediatos estão em 40.600, 40.000, 39.700 e 39.200 pontos.

As resistências imediatas estão em 40.900, 41.500, 42.300, 42.500 e 42.800 pontos.

DJI...após 07/01...suportes e resistências


Os indicadores do nível de emprego e estoques de petróleo contribuiram para uma forte realização de lucros. Com discurso esperado para as 14 horas, Obama deverá detalhar seu plano de geração de empregos e de como fará para gerenciar o déficit público de mais de i trilhão de dólares. A forte realização aliviou os principais indicadores gráficos e alguma recuperação poderá ser verificada, para a retomada dos 8.900 pontos.
A perda dos 8.700 pontos poderá levar DJI aos 8.500 pontos novamente.

As resistências imediatas se encontram em 8.780, 8.900, 8.920 e 9.020 pontos.

Os suportes imediatos estão em 8.750, 8.700, 8.600 e 8.500 pontos.