quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Bolsa de NY fecha em baixa com setor de consumo

por Agência ESTADO
04 de Fevereiro de 2009 20:16

O mercado norte-americano de ações fechou em queda, revertendo o movimento de alta verificado pela manhã. Pela terceira vez neste ano, o índice Dow Jones fechou abaixo dos 8.000 pontos. O mercado abriu em alta, em reação ao indicador de atividade no setor de serviços do ISM (gerentes de compras), mas passou a cair no começo da tarde. Resultados fracos de empresas do setor de consumo e a incerteza sobre o futuro dos grandes bancos, em especial do Bank of America, pesaram no sentimento dos investidores. "Acho que a questão dos bancos ainda é a mais importante, e isso pode abafar qualquer outra coisa", disse Lorenzo di Mattia, gerente do fundo de hedge Sibilla Global Fund.
O índice Dow Jones fechou em queda de 121,70 pontos, ou 1,51%, em 7.956,66 pontos. O Nasdaq fechou em queda de 1,25 ponto, ou 0,08%, em 1.515,05 pontos. O S&P-500 caiu 6,28 pontos, ou 0,75%, para fechar em 832,23 pontos. O NYSE Composite recuou 25,27 pontos, ou 0,48%, para 5.242,75 pontos.
Para o estrategista Dan Cook, da IG Markets, o Dow Jones poderá testar sua mínima de fechamento de novembro passado, de 7.552 pontos, caso o indicador do número de postos de trabalho criados (ou perdidos) em janeiro saia mais fraco do que se prevê. "É como escalar uma montanha de bolas de gude. Você dá dois passos adiante, mas sabe que vai escorregar de novo para baixo", acrescentou.
Entre as componentes do Dow, o destaque negativo foi Bank of America, com queda de 11,32%. Como o novo pacote de auxílio do governo às instituições financeiras só deve sair na próxima semana, o mercado tem operado à mercê de especulações, entre elas a de que o Bank of America poderá ser estatizado; comentaristas têm dito que o Bank of America subestimou as perdas da Countrywide Financial e do Merrill Lynch ao comprar as dias instituições, no ano passado.
No setor de consumo, as ações da Kraft Foods caíram 9,15%, as da Disney perderam 7,86%, as da Time Warner recuaram 3,68% e as da Costco Wholesale fecharam em queda de 6,81%. As informações são da Dow Jones.

Bovespa encerra com ganho de 0,96%, ajudada por Vale

por Agência ESTADO
04 de Fevereiro de 2009 18:33

As ações da Vale voltaram a comandar a direção da Bovespa nesta quarta-feira, com os rumores de que os estoques de minérios na China estariam baixos. Os investidores estrangeiros voltaram ao Brasil e também levaram ações da Petrobras. O setor siderúrgico acompanhou os ganhos na esteira de um noticiário favorável: o governo brasileiro anunciou uma injeção extra de recursos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), e há expectativas sobre a aprovação do pacote de estímulo financeiro do governo Obama na Senado norte-americano.
Na última hora do pregão, com a mudança para baixo dos índices acionários em Nova York, a Bovespa também diminuiu consideravelmente a alta, mas ainda conseguiu fechar no azul. O Ibovespa terminou a sessão em elevação de 0,96%, aos 40.129,04 pontos. Na mínima, atingiu 39.746 pontos (estabilidade) e, na máxima, os 41.490 pontos (+4,39%). No mês, o índice acumula elevação de 2,11% e, no ano, de 6,87%. O giro financeiro totalizou R$ 5,589 bilhões, o maior desde o dia 14 de outubro de 2008, desconsiderando pregões com vencimentos ou eventos atípicos, como ofertas de aquisição de ações.
Vale foi a estrela do pregão, com os rumores de que os estoques de minério na China estão menores, o que motivaria uma volta às compras. Essa perspectiva surgiu da entrevista dada pelo o executivo-chefe da BHP Billington, Marius Kloppers, para comentar o balanço de sua empresa.
Vale ON subiu 4,42%, para R$ 35,41, mas tocou os R$ 37,13 na máxima do dia. Vale PNA fechou com ganho de 3,62%, a R$ 30,05, com máxima de R$ 31,28. O fato de a BHP não ter anunciado cortes na produção quando apresentou seu balanço também pesou a favor das mineradoras. Os especialistas do mercado ainda citaram os rumores de que o valor do frete estaria voltando a subir, sinal de reaquecimento da demanda, e lembraram que o pacote de Obama está perto de ser aprovado no Congresso norte-americano, o que vai significar mais investimentos e, por tabela, mais compras de matérias-primas.
Essa lógica também serviu para puxar para cima os preços dos metais no exterior e das siderúrgicas no Brasil, que contaram ainda com o anúncio do governo de verba extra ao PAC. O governo brasileiro vai ampliar em R$ 142,1 bilhões os investimentos para o PAC, de modo a tentar reverter ou minimizar ao máximo os efeitos da crise no Brasil.
As ações das siderúrgicas subiram em bloco. Gerdau, fornecedora de aços longos, usados em infraestrutura e construção, aumentou 4,68% nas ações PN e Metalúrgica Gerdau PN, 4,88%. CSN ON e Usiminas PNA, que têm entre seus principais clientes a indústria automotiva, avançaram 3,25% e 5,26%, respectivamente.
Petrobras também foi favorecida pelas compras de investidores estrangeiros, o que lhe permitiu 'ignorar' o desempenho do petróleo, que caiu 1,13% em Nova York. Petrobras ON subiu 0,81% e PN, 0,47%. A estatal voltou ao mercado externo e fechou uma captação de US$ 1,5 bilhão, segundo uma fonte - embora tenha tido demanda para US$ 6 bilhões, disse uma fonte. Trata-se de uma emissão de bônus globais de dez anos.

IBOV...após 04/02...suportes e resistências


O Ibovespa reagiu com boa alta de 2,79% tentando reverter a tendência baixista, ao buscar sua máxima em 39.765 pontos, em cima da LTB semanal. A ruptura desse patamar poderá levar o Ibovespa novamente aos 40 mil/41 mil pontos. Abaixo dos 38 mil pontos, tenderá buscar suporte nos 36.800 pontos. O "candle" do gráfico diário se assemelha a um "marubozu vazio", mostrando a força da pressão compradora. Os principais osciladores do gráfico de "30 minutos" se encontram bastante esticados, sinalizando possibilidade de realização na abertura.

Os suportes imediatos estão em 39.500, 39.300, 38.700, 38.400, 38.200, 37.700, 37.500 e 37.100 pontos.

As resistências imediatas estão em 40.000, 40.050 e 40.200 pontos.

DJI...após 03/02...suportes e resistências


DJI recuperou o patamar dos 8 mil pontos, até a máxima nos 8.111 pontos, mas não com a força suficiente para arremessá-lo acima dos 8.200 pontos, de onde poderia mirar novamente os 8.300/8.400 pontos. Ao final do pregão refluiu aos 8.078 pontos, sinalizando riscos da perda desse patamar novamente. Apesar da forte reação obsevada no gráfico diário, os principais osciladores desse gráfico ainda apontam a tendência baixista.

Suportes imediatos em 7.920, 7.860, 7.800 e 7.770 pontos.
Resistências imediatas em 8.000, 8.080, 8.170 e 8.260 pontos.

Bolsa de NY fecha em alta com setor farmacêutico

por Agência ESTADO

03/02/09 20:08

O mercado norte-americano de ações fechou em alta, em reação a um indicador positivo do mercado de imóveis residenciais, aos informes de resultados de grandes empresas do setor farmacêutico e à expectativa de que o governo dos EUA adote uma política de estímulo fiscal mais agressiva. As ações do setor financeiro, porém, voltaram a cair.

O índice Dow Jones fechou em alta de 141,53 pontos, ou 1,78%, em 8.078,36 pontos. O Nasdaq fechou em alta de 21,87 pontos, ou 1,46%, em 1.516,30 pontos. O S&P-500 subiu 13,07 pontos, ou 1,58%, para 838,51 pontos. O NYSE Composite subiu 101,55 pontos, ou 1,97%, para 5.268,02 pontos.

"O que desencoraja no mercado de hoje é o fato de as ações financeiras estarem sendo surradas. Não há maneira de termos qualquer tipo de recuperação para o longo prazo sem que as financeiras sejam pelo menos um fator estabilizador, se não líderes", comentou o estrategista Joe Kinahan, da Thinkorswim. Ele resumiu as incertezas que cercam o setor: "Vamos estatizar ou não vamos estatizar? Será o 'banco bom/banco ruim', e quem vai cair em qual categoria?" As ações do Bank of America caíram 11,67%, as do Citigroup recuaram 5,21% e as do JPMorgan Chase perderam 4,56%. As do PNC Financial, que divulgou resultados do quarto trimestre e anunciou 5,8 mil demissões, caíram 7,24%.

A alta dos principais índices do mercado acelerou-se no meio da tarde, depois de o secretário do Tesouro, Timothy Geithner, dizer que aprendeu com os erros de política cometidos no Japão nos anos 1990, que teriam prolongado a recessão naquele país. Ele afirmou que a política fiscal do governo do presidente Barack Obama "está para se tornar muito agressiva".

No setor farmacêutico, as ações da Merck subiram 6,37% e as da Schering-Plough avançaram 8,24%, depois de as empresas divulgarem resultados. Entre as construtoras de casas, as ações da DR Horton subiram 21,44%, em reação a seu informe de resultados e ao indicador de vendas pendentes de imóveis. Também divulgaram resultados a UPS (+6,08%) e a Motorola (-11,01%).

Entre as montadoras, as ações da General Motors caíram 1,38%, as da Ford subiram 4,26% e os ADRs (recibos de ações negociados nos EUA) da Toyota avançaram 2,68%, em dia marcado pelos informes de vendas do setor automotivo em janeiro. As informações são da Dow Jones.