terça-feira, 15 de julho de 2008

Ibovespa fecha em alta pela segunda sessão seguida

por Claudia Violante da Agência Estado
15.07.2008 17h33
Embalada pela inversão de rumo das bolsas norte-americanas no meio da tarde, a Bovespa passou a subir e conseguiu manter o rumo até o fechamento - o que não ocorreu com Nova York. Embora as principais ações brasileiras, da Vale e da Petrobras, tenham recuado, os ganhos da Bolsa foram sustentados por uma alta generalizada na grande maioria dos papéis do Ibovespa, principal índice.
Depois de tombar 3,18% pela manhã, aos 58.790 pontos, o Ibovespa avançou até atingir a máxima de 1,58% no meio da tarde, aos 61.679 pontos. Conseguiu carregar até o fechamento uma elevação de 0,48%, aos 61.015,1 pontos. Foi a segunda sessão consecutiva a registrar alta. No mês, acumula perda de 6,16% e, no ano, de 4,49%. O volume financeiro totalizou R$ 6,167 bilhões. Petrobras PN perdeu 0,81%, Petrobras ON recuou 1,63%, Vale PNA cedeu 0,98% e Vale ON caiu 2,14%.
Em Nova York, o Dow Jones fechou abaixo de 11 mil pontos pela primeira vez desde 21 de julho de 2006, ao cair 0,84%, para 10.962,5 pontos. O S&P terminou em baixa de 1,09%, mas o Nasdaq subiu 0,13%.
Um pouco mais cedo, Dow Jones e S&P até subiram, embalados pelo tombo no preço do petróleo. O contrato futuro para agosto recuou 4,44%, ou US$ 6,44, na Bolsa Mercantil de Nova York, para US$ 138,74 por barril - maior queda em dólares desde janeiro de 2001 -, depois que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) reduziu a estimativa de demanda nos próximos meses em função do declínio do crescimento econômico e da crescente conservação de combustíveis. A queda do dólar deu sua contribuição à redução dos preços.
Mas o depoimento do presidente do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), Ben Bernanke, no Congresso norte-americano e também os indicadores econômicos conhecidos não deram trégua ao mau humor, justificando a queda dos índices acionários nova-iorquinos. A inflação no atacado medida pelo índice de preços ao produtor subiu 1,8% em junho ante maio (ante previsão de +1,5%) no dado cheio e 0,2% no núcleo (ante previsão de 0,3%), que exclui os preços de energia e alimentos. As vendas no varejo avançaram 0,1% em junho (ante 0,5% previsto) e os estoques de empresas em maio subiram 0,3% (ante 0,6% estimado).
Já a culpa que cabe a Bernanke refere-se às afirmações de que a economia dos EUA enfrenta "numerosas dificuldades" e que há um cenário "incomumente incerto” da inflação. Além disso, ele alertou que o Fed está monitorando qualquer sinal de que os preços mais altos da energia e das matérias-primas (commodities) estão se tornando embutidos nos salários e nas expectativas.
O mercado, depois, interpretou que os comentários de Bernanke sugerem que aumentos das taxas de juro são improváveis antes do fim do ano, exceto no caso de um forte aumento nas expectativas de inflação ou de um fim rápido da turbulência financeira.
Bernanke, por outro lado, disse que o sistema bancário dos EUA está bem capitalizado e que questões bancárias estão centradas "menos em solvência" e mais na "capacidade para oferecer o crédito de que nossa economia precisa". O presidente do Fed disse ainda que a falência do banco IndyMac foi "inevitável".
"Se os indicadores ajudarem, é possível recuperar os 63 mil, 64 mil pontos ainda nesta semana", avalia o gestor da corretora Umuarama Rafael Moysés, a respeito do Ibovespa. Ele ainda não acredita que o pior já passou, mas faz a ressalva que, se a safra de balanços no Brasil for boa e coincidir com uma trégua nos EUA, certamente a recuperação mostrará mais vigor ainda no curto prazo, no final do mês e em agosto.

Dow Jones fecha no nível mais baixo desde julho de 2006

por Renato Martins da Agência Estado
15.07.2008 18h41

O mercado norte-americano de ações voltou a fechar em queda, com o índice Dow Jones abaixo dos 11 mil pontos pela primeira vez desde 21 de julho de 2006. A volatilidade voltou a ser elevada. O S&P-500 fechou no nível mais baixo desde 2 de novembro de 2005. As ações do setor de energia caíram, em reação à baixa dos preços do petróleo. Várias ações do setor financeiro também fecharam em queda, em meio às preocupações contínuas do mercado quanto à situação das agências de crédito hipotecário Fannie Mae e Freddie Mac.
O dia foi marcado por novos sinais de desaceleração da economia, refletidos no depoimento do presidente do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), Ben Bernanke, a um comitê do Senado. O presidente do país, George W. Bush, por sua vez, exortou o Congresso a aprovar rapidamente o plano do Departamento do Tesouro para socorrer a Fannie Mae e a Freddie Mac e o órgão regulador do mercado de capitais americano (Securities and Exchange Comission, ou SEC) adotou medidas para reduzir a volatilidade das ações das agências, ao limitar vendas a descoberto.
As medidas, porém, foram recebidas com ceticismo. "Parece haver alguma coisa na água de Washington, onde as pessoas pensam que manipulações do mercado são o motivo para os preços do petróleo subirem e para as ações caírem. As ações estão caindo porque os mercados globais estão rebaixando a economia dos EUA, porque os bancos estão quebrados", comentou o professor Peter Morici, da Escola de Administração da Universidade de Maryland.
As ações da Fannie Mae caíram 27,34% e as da Freddie Mac recuaram 26,02%. Outras ações do setor financeiro também sofreram quedas fortes, entre eles AIG (-8,47%, após rebaixamento de recomendação pelo Wachovia), Citigroup (-4,34%), Bank of America (-8,09%) e Wachovia (-7,72%, após rebaixamento de recomendação pela Oppenheimer). As do Lehman Brothers subiram 6,61%, em meio a especulações sobre a possibilidade de ele fechar o capital e ser adquirido por um fundo de private equity (que compra participações em empresas).
Entre os bancos regionais, o impacto da falência do californiano IndyMac continuou a se fazer sentir: as ações da National City Corp., de Ohio, caíram 4,51% e as do Zions Bancorp, de Utah, recuaram 2,33%. As do Washington Mutual, que haviam caído 34,75% ontem, subiram 11,76%. As ações da general Motors subiram 4,90%, em reação ao plano de reestruturação anunciado pela empresa. No setor de petróleo, as ações da ExxonMobil caíram 3,78% e as da Chevron recuaram 3,64%. No setor de tecnologia, as ações da Microsoft subiram 3,98%, dando sustentação ao índice Nasdaq, depois de a empresa desistir de comprar a Yahoo!.
O índice Dow Jones fechou em queda de 0,84%, em 10.962,54 pontos. O Nasdaq encerrou o dia em alta de 0,13%, em 2.215,71 pontos. O S&P-500 caiu 1,09%, para 1.214,91 pontos. O NYSE Composite recuou 1,57%, para 8.157,71 pontos. As informações são da Dow Jones.

IBOV...após 14/07...indefinição por influência dos mercados externos...


O Ibovespa abriu em 60.155 pontos (mínima do dia), foi até a máxima em 61.305, depois com a inversão de tendência de DJI, refluiu até a mínima em 60.155 pontos. Finalizou em alta, em 60.720 pontos (0,95%).

Análise: Apesar de ter mostrado exuberância na abertura, não conseguiu manter o bom desempenho, influenciado pelos mercados americanos. Os principais indicadores do gráfico gráfico diário ainda sinalizam tendência de alta, mas a influência do "humor" dos mercados americanos deverá ser considerada. Os mercados futuros antes da abertura poderão identificar melhor a tendência do Ibovespa.

Suportes imediatos em 60.400, 60.150, 59.600, 58.550 e 57.950 pontos.
Resistências em 60.900, 61.600, 62.000 e 62.300 pontos.

DJI...após 14/07...indefinição com muita volatilidade...


DJI abriu em 11.103, foi até a máxima em 11.238, refluiu até a mínima em 11.003 e depois retomou o patamar dos 11 mil pontos finalizando em 11.055 pontos.

Análise:Excessiva volatilidade, demonstrando que irá confirmar patamar de negociações para DJI abaixo dos 11 mil pontos. Acima de 11.240 os objetivos de DJI serão 11.300 e 11.400 pontos. Abaixo de 11.040 o próximo objetivo será 11.860 pontos. Os indicadores do gráfico diário apresentam divergência de tendências, onde o estocástico e o CCI/Ma cruzamento apontam para alta, enquanto o IFR sinaliza tendência de queda. Os mercados futuros antes da abertura apontarão a direção do pregão.

Suportes imediatos em 11.000, 10.980 e 10.850 pontos.
Resistências imediatas em 11.140, 11.240, 11.300 e 11.400 pontos.

Saúde dos bancos abala mercado acionário nos EUA

por Valor Online
15/07/2008

As bolsas de valores americanas fecharam em baixa ontem, depois que o temor de investidores sobre a saúde dos bancos neutralizou o otimismo com o plano do governo para socorrer as agências hipotecárias Fannie Mae e Freddie Mac.
No domingo, o Tesouro americano e o Federal Reserve disseram que podem emprestar recursos e comprar ações das empresas se for necessário.
As ações subiram no início do dia, mas logo perderam força à medida que os analistas notaram que qualquer investimento direto do governo iria diluir ainda mais o valor das ações.
Bancos regionais também estiveram na mira de investidores, pelo receio de mais falências após reguladores norte-americanos terem assumido o IndyMac Bancorp na noite de sexta-feira.
O índice Dow Jones caiu 0,41%, para 11.055 pontos, e o Standard & Poor's 500 perdeu 0,90%, a 1.228 pontos. O Nasdaq recuou 1,17%, a 2.212 pontos.
O indicador financeiro dentro do S&P caiu 5%, para 239 pontos - o nível mais baixo desde outubro de 1998.
As bolsas européias fecharam em alta, em uma sessão dominada pela atividade de fusões em alguns setores, como o de bancos e o de bebidas. O plano de socorro dos Estados Unidos às principais empresas de hipotecas do país também animou os negócios. O índice FTSEurofirst 300 avançou 0,76%, para 1.134 pontos.
As ações em todo o mundo encontraram sustentação no plano do Tesouro americano e do Federal Reserve para emprestar dinheiro e comprar ativos das concessoras de crédito imobiliário. Mas a preocupação com o impacto da crise de crédito sobre o setor financeiro tirou um pouco de força das ações em Nova York e no final dos pregões na Europa.
Em Londres, o o índice Financial Times fechou em alta de 0,74%, a 5.300 pontos. O DAX, de Frankfurt, subiu 0,76%, para 6.200 pontos. Também subiram as bolsas de Paris (1,02%), Milão (0,15%) e Madri (0,52%). Em Lisboa houve queda de 1,55%.