quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Bolsa de NY fecha em queda com bancos e indicadores

por Agência ESTADO
29 de Janeiro de 2009 20:03

O mercado norte-americano de ações fechou em queda, devolvendo a maior parte dos ganhos de ontem. Uma nova fornada de indicadores negativos lembrou aos investidores que a crise no mercado de moradias e o desemprego não devem contribuir para que os grandes bancos se recuperem. O número de pedidos de auxílio-desemprego cresceu na semana passada, quando se previa uma redução, enquanto as encomendas de bens duráveis caíram 2,6% em dezembro e as vendas de imóveis residenciais novos caíram 14,6%, para o nível mais baixo desde que esse indicador começou a ser levantado, em 1963.
O índice Dow Jones fechou em queda de 226,44 pontos, ou 2,70%) em 8.149,01 pontos. O Nasdaq fechou em queda de 50,50 pontos, ou 3,24%, em 1.507,84 pontos. O S&P-500 caiu 28,95 pontos, ou 3,31%, para fechar em 845,14 pontos. O NYSE Composite caiu 200,56 pontos, ou 3,65%, para 5.300,90 pontos.
Entre as ações dos bancos, os destaques negativos foram Wells Fargo (-11,37%), Bank of America (-8,25%), Citigroup (-7,36%) e Goldman Sachs (-5,68%). O mercado também reagiu aos informes de resultados de várias empresas, entre elas 3M (+2,04%), Eastman Kodak (-29,42%), Charles Schwab (-14,60%), Starbucks (+0,10%), AstraZeneca (-6,98%) e Textron (-31,65%). As ações da Ford, que também divulgou resultados, caíram 3,94%; as da rival General Motors recuaram 7,02%. As informações são da Dow Jones.

Bovespa fecha em baixa de 1,46% após quatro altas

por Agência ESTADO
29 de Janeiro de 2009 18:36

Após quatro altas seguidas, a Bovespa encerrou no vermelho o pregão desta quinta-feira, perdendo o patamar dos 40 mil pontos recuperado ontem, após 12 dias abaixo desse nível. A piora das bolsas nos EUA serviu como argumento para um movimento de realização de lucros sobre as ações brasileiras. Até ontem, o Ibovespa acumulava um ganho de 7,13% no mês de janeiro, sendo que somente nas últimas quatro sessões a valorização era de 6,15%.
Hoje, o principal índice do mercado acionário doméstico encerrou o dia em baixa de 1,46%, aos 39.638,42 pontos - de 40.229 pontos na máxima (estável) e 39.369 pontos na mínima (-2,14%). O volume financeiro somou R$ 2,832 bilhões - e foi considerado baixo por operadores. Apesar da queda de hoje, o Ibovespa ainda contabiliza alta de 5,56% no mês.
"Acho que ressaca é um ótimo termo para definir o estado do mercado nesta sessão. O movimento de ontem foi exagerado e os investidores 'caíram na real' hoje logo cedo com os resultados corporativos ruins nos EUA, Europa e Japão, e os indicadores econômicos divulgados na sequência afundaram ainda mais os índices acionários ao redor do mundo, contaminando a Bovespa", comentou Paulo Rebuzzi, operador na corretora Ativa.


No noticiário corporativo, repercutiu mal o anúncio de ontem da Starbucks de que seu lucro líquido caiu 69% no primeiro trimestre fiscal de 2009 e que vai fechar mais 300 lojas e demitir quase 7 mil funcionários. Hoje, a Ford Motor reportou prejuízo líquido de US$ 5,9 bilhões no quarto trimestre de 2008 e confirmou a demissão de 1,2 mil funcionários na unidade Ford Motor Credit.
A farmacêutica AstraZeneca anunciou queda no lucro do quarto trimestre, para US$ 1,25 bilhão, e corte de 15 mil empregos nos próximos cinco anos. Na Europa, a Royal Dutch Shell divulgou prejuízo líquido de US$ 2,81 bilhões no quarto trimestre. No Japão, a Sony anunciou que seu lucro no quarto trimestre de 2008 (terceiro trimestre fiscal da empresa) caiu 95% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Para piorar, a pauta de indicadores trouxe dados "péssimos", na palavra de um operador. Nos EUA, as vendas de imóveis novos caíram 14,7% em dezembro, as encomendas de bens duráveis recuaram 2,6% no mês passado e os pedidos de auxílio-desemprego subiram em 3 mil na semana encerrada em 24 de janeiro - contra expectativa de queda. Na Europa, o índice de confiança dos empresários e consumidores na zona do euro caiu ainda mais e atingiu mínima recorde em janeiro. No Reino Unido, o preço médio das moradias caiu 16,6% em janeiro na comparação com igual mês do ano passado.
Além disso, também houve um pouco de "compra no boato e realiza (o lucro) no fato", acrescentou Renato Bandeira de Mello, gerente operacional na corretora Futura. "As bolsas estavam subindo ontem, reflexo da expectativa de aprovação do pacote de estímulo à economia norte-americana e do anúncio do plano para montar um 'banco ruim', com o objetivo de comprar os chamados ativos tóxicos. Com a aprovação ontem do plano de estímulo na Câmara, muitos investidores aproveitaram para realizar lucros e esperar a aprovação do Senado." Em Wall Street, às 18 horas (de Brasília), o índice Dow Jones cedia 2,28%, o S&P-500 recuava 2,73% e o Nasdaq perdia 2,77%.
No ambiente doméstico, a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) era a divulgação mais aguardada, mas as informações no documento referente à reunião da semana passada, quando o Banco Central reduziu a Selic de 13,75% para 12,75% ao ano, pouco influenciou as ações.


Ações

No noticiário corporativo, a siderúrgica japonesa Nippon Steel anunciou que comprará da Vale uma participação de 5,9% na Usiminas. Tal anúncio beneficiou as ações da Usiminas. As ON ganharam 5,40% e as PNA valorizaram-se 0,41%. No caso da Vale, as PNA caíram 2,96% e as ON perderam 2,68%, com os investidores vendendo os papéis para embolsar os lucros recentes.
Petrobras, também sentiu o impacto da realização de lucros, ampliada ainda pela queda nos preços do petróleo. A ação PN caiu 0,67% e a ON recuou 1,41%. As quedas no Ibovespa foram lideradas por Klabin PN (-6,45%), Aracruz PNB (-4,72%) e TIM Participações S.A. ON (-4,23%). No outro extremo, atrás da líder Usiminas ON, vieram Redecard ON (+2,35%) e Transmissão Paulista PN (+1,82%).

IBOV...após 28/01...suportes e resistências


O Ibovespa está ainda com tendência de alta, no curto prazo. O gráfico diário mostra os principais indicadores sinalizando essa tendência. Alguma realização intraday pode ocorrer pela sequência de 4 pregões positivos, mas predomina a tendência de alta. A manutenção do patamar dos 40 mil pontos é fundamental para o Ibovespa buscar seus próximos objetivos acima dos 41 mil pontos. Possui agora forte suporte nos 39.100 pontos.

Os suportes imediatos estão em 40.250, 39.900, 39.450, 39.100 e 38.800 pontos.
Resistências imediatas em 40.320, 40.500, 40.800, 41.200 e 41.500 pontos.

DJI...após 28/01...suportes e resistências


DJI continua ainda em tendência de alta, no curto prazo. O estocástico lento e o CCI/Ma cruzamento sinalizam essa tendência. Mantendo-se acima dos 8.400 pontos, não terá dificuldades em recuperar o patamar dos 8.500 pontos. Possui forte suporte nos 8.230 pontos.

Suportes imediatos em 8.340, 8.290 e 8.230 pontos.
Resistências e objetivos de alta em 8.400, 8.440, 8.520 e 8.550 pontos.