segunda-feira, 20 de julho de 2009

Wall Street fecha em alta; S&P 500, na máxima do ano

por Agência ESTADO
20 de Julho de 2009 19:26

Os principais índices do mercado de ações dos EUA fecharam em alta, reagindo positivamente ao índice de indicadores antecedentes do Conference Board, aos balanços corporativos divulgados ao longo do dia e às notícias de que o CIT Group teria fechado um acordo para evitar um potencial pedido de concordata.

Segundo James Paulsen, estrategista-chefe de investimentos do Wells Capital, "é motivador o fato de o CIT Group ter conseguido encontrar uma solução própria. Faz você sentir que estamos voltando ao normal." Ele acrescentou que também contribuiu para o avanço dos mercados de ações o fato de o índice de indicadores antecedentes do Conference Board ter continuado em alta durante o mês de junho. O índice subiu 0,7% em junho, depois de ter aumentado 1,3% em maio.

O Dow Jones subiu 104,21 pontos, ou 1,19%, para 8.848,15 pontos. Este foi o sexto fechamento consecutivo do índice em território positivo, algo que não era registrado há dois anos. O Nasdaq avançou 22,68 pontos, ou 1,2%, para 1.909,29 pontos, e alcançou a marca de nove sessões consecutivas de alta - série mais longa desde julho de 1998. O S&P 500 subiu 10,75 pontos, ou 1,14%, para 951,13 pontos, atingindo um novo recorde de fechamento para este ano.

A Caterpillar registrou o maior avanço entre os componentes do índice Dow Jones, avançando 7,8% após analistas do Bank of America-Merrill Lynch elevarem a recomendação das ações da companhia para "comprar", de "neutro", argumentando que a demanda por máquinas de construção provavelmente atingiu um piso durante o segundo trimestre.

As ações da Hasbro ganharam 4,2% após a empresa anunciar que obteve um lucro no segundo trimestre superior às estimativas de analistas. O Bank of America, que teve o desempenho de suas ações rebaixado pela Fox-Pitt Kelton, caiu 5%. A fabricante de peças de automóveis, sistemas hidráulicos e produtos elétricos Eaton subiu 8,9% depois de divulgar um lucro no segundo trimestre que surpreendeu positivamente o mercado.

A Western Union fechou em alta de 1,4%. A companhia chegou a um acordo para oferecer serviços mundiais de transferência de dinheiro por meio do Fifth Third Bancorp. A Halliburton, que divulgou uma queda no lucro do segundo trimestre mas superou as estimativas de analistas em relação ao lucro por ação, ganhou 4,4%. A Walt Disney subiu 3,5% após analistas do Morgan Stanley elevarem o grau de classificação de investimento do setor de mídia para "atraente". O CIT Group encerrou o dia em alta de 78,57%. As informações são da Dow Jones.

Ibovespa sobe 2,08% e fecha acima de 53 mil pontos

por Agência ESTADO
20 de Julho de 2009 17:38

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) conseguiu manter nesta segunda-feira o clima positivo visto na semana passada, graças aos indicadores e balanços favoráveis, além da possibilidade de uma solução para o problemático CIT Group, nos Estados Unidos. O índice Bovespa (Ibovespa) voltou aos 53 mil pontos, nível que tinha pisado pela última vez na primeira quinzena do mês passado, ajudado pela recuperação de preço de matérias-primas (commodities) e em meio a um giro engordado pelo vencimento de opções sobre ações.

O Ibovespa subiu 2,08% na sessão de hoje, para 53.154,93 pontos, maior patamar desde os 53.558,23 pontos de 12 de junho passado. Na mínima do dia, ficou estável, aos 52.073 pontos, e, na máxima, atingiu +2,28%, aos 53.262 pontos. Com mais esse resultado favorável, os ganhos em julho subiram a 3,28% e, em 2009, a 41,56%. Os dados são preliminares. O volume financeiro somou R$ 7,773 bilhões, dos quais R$ 2,46 bilhões referem-se ao vencimento de opções sobre ações, sendo R$ 2,23 bilhões em opções de compra e R$ 230 milhões, de venda.

O clima doméstico beneficiou-se da brisa favorável vinda do exterior, com o noticiário dando conta de que o norte-americano CIT Group iria anunciar hoje um acordo de refinanciamento de US$ 3 bilhões com os detentores de bônus para evitar um pedido de concordata nos EUA. Até o final da sessão, entretanto, a confirmação oficial não veio. Mas isso não dissipou o bom humor, garantido ainda pelos indicadores antecedentes do Conference Board, que mostraram alta em linha com as projeções em junho, de 0,7%.

A revisão para cima do S&P 500 pelo Goldman Sachs, que agora prevê que o índice de ações em Wall Street fechará o ano perto de 1.060 pontos, também favoreceu a alta das bolsas. O Dow Jones terminou em elevação de 1,19%, aos 8.848,15 pontos, S&P 500 avançou 1,14%, aos 951,13 pontos - nível mais alto de 2009 -, e Nasdaq subiu 1,20%, aos 1.909,29 pontos.

Com a recuperação das ações e diante da perspectiva de retomada econômica - segundo pesquisa da Associação Nacional para Economia de Negócios, a economia dos Estados Unidos deverá se estabilizar no segundo semestre deste ano -, as commodities também subiram. Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), o contrato do petróleo com vencimento em agosto subiu 0,66%, para US$ 63,98 o barril.

Isso e o vencimento das opções sobre ações acabaram por influenciar o comportamento das blue chips Vale e Petrobras. Hoje, a mineradora brasileira anunciou mais um acordo de preços, para seu minério de ferro e pelota, com a siderúrgica italiana Lucchini. O preço dos finos de minério vai cair 28,2% em relação aos níveis de 2008, mesmo porcentual já acertado com siderúrgicas do Japão, Coreia do Sul e Europa. Vale ON terminou em alta de 3,83%, e PNA, de 3,05%.

O setor siderúrgico acompanhou os ganhos, também influenciado pelos dados da Associação Mundial do Aço que revelaram aumento de 4% na produção mundial de aço em junho em relação a maio. A China apresentou crescimento de 6,3% no período. Gerdau PN teve alta de 4,69%, Metalúrgica Gerdau PN, 4,27%, Usiminas PNA, 2,68%, e CSN ON, 4,17%. Petrobras subiu menos: +2,06% a ON e +1,27% a PN.

O setor bancário também foi destaque no mercado interno nesta sessão, depois que a corretora Goldman Sachs elevou sua recomendação para as ações dos bancos Itaú Unibanco e Bradesco de neutro para compra. A recomendação da Lojas Renner também foi melhorada, de venda para neutro. Itaú Unibanco PN subiu 4,22%, Bradesco PN, 2,77%, e BB ON, 1,62%. Lojas Renner ON avançou 5,73%.

Na opinião de Fausto Gouveia, economista da Legan Asset, apesar de a semana ser mais fraca em termos de agenda, as perspectivas seguem positivas, sobretudo diante das boas expectativas para os balanços interno e externo. "E esse clima melhor também abre janelas de oportunidades para as empresas colocarem debêntures e fazerem emissões", comentou ao lembrar que o quadro positivo ainda se completa, no quadro doméstico, com a reunião do Copom, que deve cortar a Selic em mais 0,5 ponto porcentual, segundo a avaliação dominante entre os especialistas do mercado financeiro.

IBOV...suportes e resistências após 17/07


Nesta segunda semana de julho, o Ibovespa após um início de semana "lateralizando" até encontrar suporte na mínima nos 48.260 pontos, retomou forte alta a partir de quarta-feira, vindo buscar máxima semanal na sexta-feira nos 52.352 pontos para depois finalizar a semana em 52.072 pontos, alta de 5,8% sobre o fechamento da semana anterior nos 49.220 pontos. O "candle" formado no gráfico semanal, se assemelha a um "martelo vazio", sinalizando a possibilidade de continuidade da alta na próxima semana. O "candle" do gráfico diário se assemelha a um "doji" sinalizando indefinição para o início da semana. Apesar de alguns dos principais indicadores do gráfico diário já se encontrarem em região sobrecomprada pelas altas recentes, os resultados trimestrais que começarão a ser divulgados nesta semana e a divulgação da reunião do COPOM na próxima quarta-feira definindo as novas taxas de juro, poderão balizar melhor a tendência na próxima semana.

Suportes imediatos em 51.765, 51.200, 50.270 e 50.000 pontos.
Resistências imediatas em 52.170, 52.290, 52.350, 52.430, 52.600 e 52.800 pontos.