quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Bolsa de NY fecha em baixa com temor sobre economia

por Agência Estado
05 de Novembro de 2008 20:14

O mercado norte-americano de ações fechou em queda, com o índice Dow Jones passando a acumular baixa em novembro (de 1,99%). O S&P-500 teve sua maior queda em termos porcentuais desde 22 de outubro. Em parte, a queda pode ser atribuída a um movimento de "comprar no rumor e vender na notícia", depois de confirmadas as previsões de que Barack Obama venceu a eleição presidencial. Eliminada essa incerteza política, ficou a certeza de que o próximo presidente terá diante de si a tarefa difícil de promover a recuperação da economia. Vendas por fundos de hedge (que investem em ativos variados) fizeram o movimento de queda acelerar-se na última hora do pregão, o que afetou especialmente as ações do setor financeiro.
As Bolsas abriram em baixa, depois de a ArcelorMittal anunciar um corte na produção de aço e em reação a informes negativos sobre a situação do emprego nos EUA (o número de demissões anunciadas pelas grandes empresas norte-americanas, que cresceu a 112.884 em outubro, de 95.094 em setembro, segundo a Challenger, Gray & Christmas, e a estimativa sobre postos de trabalho no setor privado em outubro, da ADP/Macroeconomic Advisors, que foi de corte de 157 mil vagas, conta corte de 26 mil em setembro). Outro indicador negativo, divulgado já depois de aberto o mercado, foi o índice de atividade dos gerentes de compras referente ao setor de serviços, que caiu a 44,0 em outubro, de 50,2 em setembro.
"Muitas pessoas aceitam a idéia de que, mesmo com um novo presidente, e talvez com novas políticas, vai demorar até que a economia possa ter uma virada. Não haverá uma cura milagrosa da noite para o dia", comentou o corretor de futuros e câmbio Trenton Kimminau, da Global Futures Exchange & Trading.
Todas as 30 componentes do Dow Jones fecharam em queda; entre as que mais caíram estavam as do setor financeiro (Bank of America perdeu 11,33%, Citigroup cedeu 13,96% e JPMorgan Chase recuou 7,00%). No setor siderúrgico, os ADRs (recibos de ações negociados nos EUA) da ArcelorMittal caíram 21,51%. Entre as ações de empresas que divulgaram resultados do terceiro trimestre, os destaques foram as seguradoras de bônus Ambac Financial (-40,88%) e MBIA (-21,99%), a corretora de seguros Marsh & McLennan (-12,26%) e a Duke Energy (-7,68%). As ações da seguradora AIG caíram 14,52%, depois de um acionista minoritário contestar na Justiça o fato de a empresa ter concordado em vender uma participação ao governo sem consulta.
No setor de tecnologia, as ações do Yahoo! subiram 4,27%, depois de o Google desistir de um acordo para colocar anúncios nas páginas do serviço Yahoo! na internet; os investidores prevêem que o fim do acordo levará o Yahoo! a voltar à mesa de negociações com a Microsoft (cujas ações caíram 6,16%); as ações do Google recuaram 6,73%. As ações da Cisco Systems, que divulgaria resultados depois do fechamento, caíram 5,13%.
O índice Dow Jones fechou em queda de 486,01 pontos, ou 5,05%, em 9.139,27 pontos. A mínima foi em 9.111,47 pontos e a máxima em 9.616,60 pontos. O Nasdaq fechou em queda de 98,48 pontos, ou 5,53%, em 1.681,64 pontos. O S&P-500 caiu 52,98 pontos, ou 5,27%, para fechar em 952,77 pontos. O NYSE Composite caiu 332,92 pontos, ou 5,25%, para 6.012,17 pontos. As informações são da Dow Jones.

Ibovespa cai 6,13% com Nova York e commodities

por Agência ESTADO
05 de Novembro de 2008 18:40

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) interrompeu dois dias seguidos de ganhos e recuou mais de 6% hoje, o que foi traduzido pelos especialistas como uma correção técnica após acumular alta de 8% nas duas primeiras sessões deste mês. O tombo das Bolsas americanas foi parte importante do comportamento do pregão doméstico, que contou ainda com o efeito das baixas do petróleo e matérias-primas (commodities) metálicas nas ações da Vale, Petrobras e siderúrgicas. O setor bancário também foi destaque de queda, depois da euforia pós-fusão Itaú-Unibanco.
O Ibovespa terminou o pregão em baixa de 6,13%, a 37.785,66 pontos, depois de oscilar entre a mínima de 37.711 pontos (-6,32%) e a máxima de 40.245 pontos (-0,02%). No mês, o indicador acumula alta de 1,42% e, no ano, perdas de 40,85%. O volume financeiro totalizou R$ 4,536 bilhões.
Nos Estados Unidos, as Bolsas de Nova York caíam mais de 4%, perto do fechamento da sessão em Wall Street. As perdas no mercado americano foram aprofundadas à tarde à medida que os investidores passaram a se preocupar com os sinais de que o presidente eleito dos Estados Unidos Barack Obama vai herdar uma economia em péssimo estado. Mais cedo, os analistas avaliaram que a queda dos mercados americanos ocorria porque os investidores já embutiram a vitória do democrata nos preços e, por isso, hoje realizavam lucro. À tarde, no entanto, a análise foi a de que o novo presidente terá pouco tempo para comemorar, já que os problemas são muitos, sendo o mais grave deles a desaceleração econômica.
Na agenda do dia, os dados fracos divulgados hoje nos Estados Unidos, embora já esperados, mostram esses problemas. A Pesquisa Nacional de emprego da ADP/Macroeconomic Advisers revelou o corte de 157 mil vagas de trabalho no setor privado em outubro. O número, considerado uma prévia do relatório do mercado de trabalho americano, que sai na próxima sexta-feira (dia 7), superou as previsões dos analistas, de perda de 100 mil vagas.
Além disso, o Instituto para Gestão de Oferta (ISM) também mostrou piora no seu indicador: o índice de gerentes de compra sobre a atividade no setor de serviços dos Estados Unidos caiu de 50,2 em setembro para 44,4 em outubro, o menor nível desde julho de 2003.

Ações
Na Bovespa, apenas duas ações fecharam em alta no Ibovespa: os papéis ordinários (ON) da Natura, com alta de 3,33%, e as ações preferenciais (PN) de Ultrapar Participações que subiram 0,20%. Na outra ponta, bancos, siderúrgicas e o setor de construção estiveram entre as maiores baixas, que ainda contou com o peso negativo de Vale e Petrobras.
Em Nova York, o contrato futuro do petróleo tipo WTI com vencimento em dezembro recuou 7,42%, a US$ 65,30, e afetou as ações da estatal petrolífera: Petrobras ON perdeu 3,84% e PN, 3,39%. Numa parte do pregão, entretanto, as ações operaram em alta, diante da expectativa de um balanço favorável da empresa, que será divulgado na segunda-feira da semana que vem (dia 10).
Vale caiu com mais intensidade do que Petrobras, assim como o setor siderúrgico, que foi um dos que registraram perdas mais fortes. As ações ON da mineradora perderam 8,51% e as PN classe A (ONA), 7,03%. Gerdau PN recuou 10,04%, apesar de ter anunciado hoje lucro líquido de R$ 1,419 bilhão no terceiro trimestre de 2008, com alta de 37,1% ante o desempenho de igual período do ano passado.
Ainda no setor de mineração e siderurgia, também pesou a notícia de que a maior siderúrgica do mundo, a ArcelorMittal, vai dobrar sua projeção de corte de produção de aço no quarto trimestre deste ano, de 15% para 30%.
No setor financeiro, destaque de alta nos dois últimos dias, os papéis recuaram, principalmente Itaú e Unibanco, os que mais subiram após o anúncio da fusão, na segunda-feira (dia 3). Banco do Brasil e Nossa Caixa perderam menos, por conta da decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) de manter os depósitos judiciais nos bancos públicos, o que favorece a Nossa Caixa e, por conseqüência, sua compra pelo Banco do Brasil. Ao fim, as Itaú PN cedeu 8,77%, Unibanco Unit caiu 10,90% e Banco do Brasil ON recuou 3,08%.

Obama será um presidente de sorriso aberto e mercados fechados

Novo presidente americano é visto como alguém sensível às demandas mundiais, mas crise interna tornará o país mais protecionista

por Márcio Juliboni de Portal EXAME
05.11.2008 7h11


Barack Obama será um presidente de sorriso aberto e mercados fechados. O novo líder americano deverá adotar uma postura mais conciliadora e colaborativa em questões multilaterais, como a redução das emissões de poluentes, mas não fará concessões significativas no comércio mundial - que é o que realmente interessa aos empresários brasileiros. Tendo como principal desafio recuperar a economia americana dos estragos causados pelo estouro da bolha imobiliária, Obama se voltará para o estímulo à geração de empregos e ao crescimento do mercado interno. Ao mesmo tempo, o Congresso que emerge das eleições desta terça-feira (4/11), majoritariamente democrata, também será mais protecionista.
"Não acredito que Obama faça grandes concessões no comércio internacional, especialmente com o apoio dos democratas no Congresso", afirma o economista Roberto Giannetti da Fonseca, diretor do Departamento de Relações Internacionais e Comércio Exterior da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Aliás, as manifestações são no sentido contrário. Durante a campanha, Obama já declarou que pretende rever os termos do acordo que criou o Nafta, área de livre comércio da América do Norte, que inclui o Canadá e o México. Criado há 15 anos, o Nafta, na sua avaliação, já não atende aos interesses americanos. Também está disposto a revisar o tratado de livre comércio com a América Central, por entender que ele não beneficia os trabalhadores de seu país. E já se espera que deixe no limbo um acordo semelhante negociado com a Colômbia e que, agora, aguarda o aval do Congresso americano.
Para Rubens Barbosa, ex-embaixador do Brasil em Washington, a urgência em recolocar a economia americana nos trilhos consumirá os primeiros anos do mandato. O novo ocupante da Casa Branca estará muito mais preocupado com o gigantesco déficit público americano do que com a liberalização de seu mercado. Até porque, em um momento de maior desemprego, permitir a entrada de produtos estrangeiros no país significa podar as possibilidades da indústria local crescer e, por tabela, contratar mais. "A Rodada Doha, por exemplo, vai ficar para depois", diz.
Isso não significa que Obama ignore que o cenário mudou. Hoje, os Estados Unidos disputam com outros países, sobretudo a China, a liderança mundial. Nesse planeta multipolar, o novo presidente americano tem as habilidades necessárias para negociar com vários atores. "Obama tem uma visão mais arquitetônica dos problemas; algo que falta ao McCain", afirma Celso Lafer, ex-ministro das Relações Exteriores. Para Lafer, o democrata será mais "criativo" na busca de alternativas que acomodem os interesses americanos e os de seus parceiros. "Ele sabe que não conseguirá resolver todos os problemas do país sozinho, e terá de buscar a cooperação das outras nações", explica Lafer. Mas o ex-chanceler brasileiro também lembra que, sob a pressão da crise interna, os americanos tendem a se fechar.

Região problemática

"A América Latina é vista pelos Estados Unidos mais como um problema do que como um parceiro comercial", afirma Rubens Ricupero, ex-diretor-geral da Conferência das Nações Unidas para Comércio e Desenvolvimento (Unctad). Segundo Ricupero, a agenda americana para a região concentra-se em pontos negativos: combate à imigração ilegal; combate ao narcotráfico; e os possíveis impactos da Área de Livre Comércio das Américas (Alca), o grande bloco econômico que envolveria todos os países da região, sobre a sua economia.
Mesmo do ponto-de-vista geopolítico, a América Latina é um ator secundário para os Estados Unidos, voltados para a Guerra do Iraque, a estabilização do Oriente Médio e, agora, com o avanço da China e as pretensões russas de voltar a dar as cartas no cenário mundial. Na região, o país só se preocupa com os governos populistas de esquerda, capitaneados pelo presidente venezuelano Hugo Chávez. Mas o poder de fogo de Chávez e seus aliados está minguando na mesma velocidade com que o preço do petróleo recua no mercado mundial. Para o Brasil, isso também significa uma queda de interesse por parte dos americanos, que vêem o país como uma alternativa confiável de liderança na região, por conter uma economia forte, um governo estável e, agora, fartos recursos energéticos, como petróleo e etanol.
Mesmo essa confiança nos brasileiros tem limites. O tão sonhado assento do Brasil no Conselho de Segurança da ONU, por exemplo, deve continuar isso mesmo: um sonho. É improvável que o novo presidente americano apóie uma reforma do organismo para incorporar as aspirações brasileiras. "E, entre apoiar o Brasil ou o México, os americanos são 100 vezes mais o México", resume Ricupero.

Por conta própria

É verdade que o peso dos Estados Unidos na pauta de comércio do Brasil está caindo, o que significa uma maior diversificação dos destinos das exportações. Mas não se pode ignorar o mercado consumidor mais importante do mundo. Por isso, diante da pouca disposição do novo presidente americano em abrir o país, os empresários brasileiros terão de buscar oportunidades por conta própria.
Um filão que pode ser explorado é o energético. O preço do petróleo está em queda, diante da perspectiva de uma recessão mundial. Alguns analistas já duvidam da viabilidade brasileira de explorar as grandes jazidas do pré-sal, cuja exploração é complexa e bastante cara. Mas o etanol ainda é uma aposta para ganhar mercado. De acordo com Ricupero, o Brasil poderia fortalecer o etanol de cana, no médio prazo, se concordasse em estabelecer um limite para a emissão de poluentes dos países emergentes. Por ser um combustível limpo, a necessidade de cortar a emissão de carbono favoreceria o seu consumo. "O meio-ambiente é o setor em que mais pode haver avanços na relação entre o Brasil e os Estados Unidos", diz.
Também é possível avançar explorando as oportunidades já existentes. "Mais de 60% dos produtos importados pelos Estados Unidos têm tarifa zero ou próxima de zero", afirma Rubens Barbosa. "Falta conhecimento das empresas brasileiras de como vender para o país", diz.
Já no setor agrícola, em que o Brasil é uma das potências mundiais, as perspectivas de parceria são remotas. Segundo Ricupero, os americanos estão entre os povos mais resistentes à revisão dos subsídios agrícolas. Neste momento, a única coisa que une brasileiros e americanos é o interesse de impedir que chineses e indianos incluam um dispositivo de salvaguardas especiais para o setor agrícola no acordo que nasceria da Rodada Doha. Com a expectativa de que essas conversas sejam postergadas, o Brasil esse ponto em comum também perde a força.
Bem visto pela comunidade internacional, primeiro negro a presidir o maior país do mundo, Obama catalisou expectativas e esperanças ao redor do mundo. Mas, apesar de toda a simpatia que desperta, o presidente Obama estará comprometido com as necessidades de seu país. "Não devemos ter ilusões", resume Ricupero.

INDZ08...pode realizar, na cola de DJI.....


Formando "Cunhas ascendentes", aliviando os indicadores quando muito sobrecomprados, retomando a tendência de alta, em seguida. Rompendo a resistência em 41.500, próximos objetivos de alta em 41.750 e 42.900 pontos. A perda de suporte em 39.500, poderá levar o INDZ08 aos suportes em 37.550 e 37.300 pontos.

DJI...após 04/11...tendência de alta continua, mas "sobrecomprado", pode realizar...


Forte reação na última hora de pregão após encontrar suporte em 9.460 pontos. O fechamento muito próximo da máxima em 9.653, prenuncia novo "rallie" de alta, mas como alguns indicadores já estão relativamente sobrecomprados, pode realizar. Acima da máxima anterior, objetivos de alta em 9.720, 9.780 e 9.850 pontos. Suportes em 9.460, 9.390 e 9.270 pontos.

IBOV...após 04/11...em sintonia com DJI, pode realizar...


"Canal de alta" formado, confirmando a tendência de alta, visualizada no gráfico diário. Porém, formou um "feixe" de LTB's difícil de superar nos 40.600, 40.800 e 41 mil pontos. Se romper essas resistências e a de 41.500 pontos, próximo objetivo de alta será 42.200 pontos. Indicadores sobrecomprados, podem sugerir realização, com objetivo inicial em 39.500 pontos. A perda do suporte em 39.500 pontos terá por objetivos de queda, 39.000, 38.100 e 36 mil pontos.