quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Bolsa de NY fecha em baixa após sessão volátil

por Agência ESTADO
02 de Setembro de 2009 18:54

Após uma sessão volátil, com os investidores ainda nervosos de que o movimento de alta do mercado pode ter sido excessivo, os principais índices do mercado de ações norte-americano fecharam em baixa depois de um desapontador dado do mercado de mão de obra - a pesquisa ADP/MA dos empregos no setor privado -, que pesou sobre as ações do setor de consumo. A fraqueza das ações do setor financeiro pela segunda sessão seguida também pressionou o mercado.

Contudo, as perdas foram abrandadas por robustas compras em ações consideradas mais seguras, incluindo as companhias de mineração Newmont Mining (+9,38%) e Barrick Gold (+8,10%), que foram beneficiadas pela alta dos preços do ouro. As ações do setor de alimentos e bebidas também deram algum suporte ao mercado, como Coca-Cola - integrante do índice Dow Jones -, que subiu 2,62%.

"Uma coisa que observamos é que muitos nomes cíclicos que foram bem até agora no ano já precificaram uma recuperação, assim, vendemos muitas delas, companhias de energia, especialmente", disse Chris Colarik, gerente de carteira da Glenmede na Filadélfia. "Estamos encontrando mais valor em tipos estáveis de negócios", como fabricantes de alimentos e bebidas, tabaco, medicamentos e produtos domésticos, acrescentou.

No setor de energia, as ações da Chevron caíram 0,64% e as da ExxonMobil fecharam em baixa de 0,34% em meio a fraqueza dos preços do petróleo, que ficaram estáveis no mercado futuro de Nova York em US$ 68,05. No setor de consumo discricionário, Walt Disney caiu 1,09% e Macy's recuou 2,70%.

Entre as financeiras, JPMorgan caiu 1,94%, Bank of America fechou em baixa de 1,09% e o banco regional SunTrust registrou uma queda de 7,18%.

Em parte, o movimento de fuga para ativos de menor risco foi alimentado pela pesquisa ADP/MA que mostrou uma perda de 298 mil empregos em agosto no setor privado, acima da expectativa de queda de 213 mil dos analistas. Em uma semana que ainda reserva o dado semanal de novos pedidos de auxílio-desemprego, na quinta-feira, e o relatório mensal do mercado de mão de obra do Departamento do Trabalho - que inclui o setor público -, na sexta-feira, os participantes do mercado veem a pesquisa ADP/MA como um possível indicador do que está por vir.

O índice Dow Jones caiu 29,93 pontos (-0,32%) e fechou com 9.280,67 pontos - marcando o quarto declínio seguido. O Nasdaq caiu 1,82 ponto (-0,09%) e fechou com 1.967,07 pontos. O S&P-500 recuou 3,29 pontos (-0,33%) e fechou com 994,75 pontos. As informações são da Dow Jones.

Petrobras sobe, mas não impede Bolsa de recuar 0,77%

por Agência ESTADO
02 de Setembro de 2009 17:59

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) teve uma sessão bastante volátil nesta quarta-feira e, não fosse o desempenho dos papéis da Petrobras, seria também completamente insossa. As ações da estatal foram as mais negociadas e estiveram entre as maiores altas, contribuindo para conter uma queda maior do índice. A oscilação foi guiada pelas Bolsas norte-americanas, que operaram hoje como um barco à deriva, entre altas e baixas.

O Ibovespa terminou a sessão em queda de 0,77%, na mínima pontuação do dia, de 55.385,72 pontos. Na máxima, registrou 55,948 pontos (+0,24%). No mês, acumula -1,95% e, no ano, alta de 47,50%. O giro financeiro totalizou R$ 5,715 bilhões. Os dados são preliminares.

Os papéis preferenciais da Petrobras - os mais líquidos e com a maior participação individual no Ibovespa, de cerca de 15% - tiveram grande influência no pregão de hoje, ao registrarem as maiores altas do índice. Uma das explicações, segundo o gestor da Legan Asset Airton Kelner, é que os investidores estão pouco a pouco digerindo as regras do pré-sal à medida que também tomam conhecimento de um número maior de informações. "Os papéis despencaram com o anúncio, mas agora os dados começam a ser assimilados e estão agradando", comentou o profissional.

O desempenho dos papéis também teve a ajuda da descoberta de um poço profundo no Golfo do México pela BP. O poço é operado pela companhia britânica, com 62% de participação, em conjunto com a Petrobras, com 20%, e a ConocoPhillips, com 18%.

E se o anúncio do poço ajudou, o comportamento do petróleo não atrapalhou, visto que a commodity fechou estável. O contrato para outubro terminou em US$ 68,05 o barril, apesar de os dados terem mostrado recuo nos estoques na última semana. Os estoques de petróleo caíram 372 mil barris na semana até 28 de agosto, ante previsão de -400 mil barris, enquanto os estoques de gasolina caíram em 2,969 milhões de barris, bem mais do que a previsão de -700 mil barris. Petrobras ON terminou em alta de 1,42%. A PN subiu 1,74%, na maior alta do índice e com o maior giro individual, de R$ 800,114 milhões.

Além da Petrobras, a construção civil também foi destaque no pregão de hoje, mas de baixa. Ontem, a PDG anunciou oferta de papéis da PDG Realty e, hoje, a Rossi fez o mesmo. A oferta, primária e com valor estimado entre R$ 500 milhões e R$ 600 milhões, financiará novo plano de crescimento para os próximos anos, a partir de 2010.

O anúncio acabou pesando sobre os demais papéis do setor na bolsa, já que, segundo operadores, os investidores podem estar diminuindo seus recursos em determinadas ações para promover uma realocação. Além de Rossi e PDG, também colocaram ofertas na praça as empresas Direcional e Multiplan. As três maiores quedas do Ibovespa foram do setor: Rossi Residencial ON recuou 5,40%, Gafisa ON, 5,31%, e Cyrela ON, 4,93%.

Outra notícia do setor é de que a Abyara, Agra e Klabin Segall vão integrar suas atividades, com a criação da empresa Agre Empreendimentos Imobiliários, que será listada no Novo Mercado da Bovespa e incorporará as ações das demais. Abyara ON caiu 2,12%, PDG ON, -4,28%. Klabin Segall ON subiu 6,59%.

No mais, os papéis acabaram acompanhando a trajetória das bolsas norte-americanas que, na parte da tarde, oscilaram a maior parte do tempo ao redor da estabilidade, entre altas e baixas. Os indicadores divulgados hoje foram ignorados, assim como a ata do último encontro do Fomc. O Dow Jones fechou em -0,32%, aos 9.280,67 pontos, o S&P 500 perdeu 0,33%, aos 994,75 pontos, e o Nasdaq teve baixa de 0,09%, aos 1.967,07 pontos.

O principal número de hoje e que acabou azedando os humores pela manhã foi o número de criação de vagas no mercado privado de trabalho. Segundo a ADP, foram fechados em agosto 298 mil postos, ante 213 mil previstos. Já a produtividade do trabalhador no segundo trimestre foi revisada para alta de 6,6%, perto da expectativa de +6,5%, enquanto o custo unitário da mão de obra no período foi revisado para -5,9%, ante previsão de -5,8%. Por fim, as encomendas à indústria subiram 1,3% em julho, ante expectativa de +2,3%.

Segundo Kelner, da Legan, a indefinição das bolsas deve seguir até sexta-feira, com a divulgação dos números do payroll. "O encontro de hoje do Copom já está precificado nos ativos" destacou. O mercado espera manutenção da Selic em 8,75% ao ano. O mercado, assim, deve ficar sem direção até os dados do mercado de trabalho nos EUA.

Vale ON terminou em baixa de 1,50% e PNA, de 1,17%. No setor siderúrgico, Gerdau PN caiu 2,07%, Metalúrgica Gerdau PN, 2,07%, Usiminas PNA, 1,49%, e CSN ON, 0,41%.

IBOV...suportes e resistências em 02/09


O Ibovespa abriu em 56.489 pontos, foi buscar resistência na máxima nos 57.002 pontos e daí, sintonizado com DJI, refluiu com força até encontrar suporte na mínima nos 55.764 pontos. Finalizou em 55.815 pontos (-1,19%). O "candle" do gráfico diário é um "martelo invertido", confirmando a tendência de queda. É possível que após uma abertura em baixa, possa ocorrer reação compradora "intraday" na região dos suportes entre os 55.550/54.900 pontos, na tentativa de recuperação dos 56 mil pontos. Os principais sinalizadores gráficos apontam para a tendência de queda.

Suportes imediatos em 55.650, 55.500, 55.360 e 55.060 pontos.
Resistências imediatas em 56.000, 56.200 e 56.845 pontos.

DJI...suportes e resistências em 02/09


DJI abriu em 9.492 pontos, encontrou resistência na máxima nos 9.557 pontos e daí refluiu com muita força, perdendo os 9.400 e os 9.300 pontos até encontrar suporte na mínima nos 9.292 pontos. Finalizou em 9.310 pontos (-1,96%). O "candle" do gráfico diário é um martelo invertido, sinalizador da tendência de queda. Ao redor do suporte nos 9.250/9.220 pontos é possível ocorrer reação compradora "intraday" para recuperar o atual patamar. Os principais sinalizadores gráficos apontam para a tendência de queda.

Suportes imediatos em 9.285, 9.250, 9.220 e 9.135 pontos.
Resistências imediatas em 9.315, 9.365 e 9.390 pontos.