sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Bolsa de NY fecha em alta forte, apesar do desemprego

por Agência ESTADO
05 de Dezembro de 2008 20:12

O mercado norte-americano de ações fechou em alta forte, depois de ter caído significativamente em reação ao informe sobre o nível de emprego nos EUA em novembro - a taxa de desemprego subiu a 6,7%, a maior desde outubro de 1993. O dia foi de muita volatilidade, com o índice Dow Jones oscilando quase 570 pontos entre a mínima e a máxima. A alta foi liderada pelas ações dos setores financeiro e de consumo.
O índice Dow Jones fechou em alta de 259,18 pontos, ou 3,09%, em 8.635,42 pontos. A mínima foi em 8.118,50 pontos e a máxima em 8.686,47 pontos. O Nasdaq fechou em alta de 63,75 pontos, ou 4,41%, em 1.509,31 pontos. O S&P-500 subiu 30,85 pontos, ou 3.65%, para fechar em 876,07 pontos. O NYSE Composite subiu 168,99 pontos, ou 3,23%, para 5.401,25 pontos. Na semana, o Dow Jones acumulou uma queda de 2,19%, o Nasdaq, uma perda de 1,71% e o S&P-500, um recuo de 2,25%.
Operadores disseram que a alta das ações do setor financeiro hoje pode ter resultado de cobertura de posições. "Eu não gosto de ver o mercado subir com pouco volume. Gostaria de vê-lo subir com grande volume de negócios, mas o que está acontecendo é o contrário. É uma atividade clássica num mercado em tendência de queda", observou Kevin Kruszenski, da KeyBanc Capital Markets.
Entre as ações do setor financeiro, as ações da seguradora Hartford Financial, que haviam caído 92% neste ano até o fechamento de ontem, subiram 102,36%, depois de a empresa elevar sua previsão de lucro para 2008 e dizer que tem capital suficiente para operar normalmente; outras ações do setor também subiram, entre eles Prudential Financial (+34,72%) e MetLife (+22,45%). No dia em que os acionistas do Merrill Lynch aprovaram sua aquisição pelo Bank of America, as ações do Merrill Lynch subiram 9,49% e as do Bank of America avançaram 6,28%. Outros destaques no setor foram JPMorgan Chase (+7,30%) e Citigroup (+4,19%).
Em dia de nova audiência no Congresso sobre a possibilidade de o governo ampliar a ajuda financeira às montadoras, as ações da General Motors recuaram 0,73% e as da Ford subiram 2,26%. No setor de consumo, os destaques foram Tiffany (+11,53%), Sears (+13,60%), Wal-Mart (+5,63%) e Home Depot (+5,08%). As informações são da Dow Jones.

Bolsa segue NY e sobe, apesar de queda da Petrobras

por Agência ESTADO
05 de Dezembro de 2008 18:44

Apesar de um relatório ruim sobre o mercado de trabalho nos Estados Unidos em novembro, quando a perda de vagas superou as previsões mais negativas, as bolsas acabaram fechando em alta, tanto em Nova York quanto aqui. As ações do setor financeiro norte-americano puxaram as compras por lá e a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) acabou acompanhando os ganhos, mas à distância, já que as perdas em Petrobras e Vale seguraram o acelerador.
No fim dos negócios, o índice Bovespa terminou em alta de 0,63%, a 35.347,39 pontos. Na mínima, atingiu 34.013 pontos (-3,17%) e, na máxima, foi a 35.435 pontos (+0,87%). Na semana e no mês, acumula perdas de 3,41% e, no ano, de 44,67%. O volume financeiro totalizou R$ 3,582 bilhões. Nos Estados Unidos, os índices de ações norte-americanos subiam cerca de 3%, após o fechamento aqui, caminhando para um dia de ganhos por lá.
A recuperação das ações do setor financeiro em Wall Street influenciou os papéis dos bancos no Brasil, ajudando na melhora do índice geral. A maior alta foi registrada pelos papéis ordinários (ON) do Banco do Brasil, com quase 8% de elevação (+7,88%), enquanto os preferenciais (PN) do Itaú subiu 1%, Unibanco unit, 2,27%, e Bradesco PN, +1,33%.
Nos Estados Unidos, os acionistas do Bank of America (BofA) e do Merrill Lynch aprovaram hoje a compra do banco de investimentos pelo BofA por estimados US$ 16,5 bilhões, pondo fim à história de 94 anos do Merrill como uma companhia independente. O antigo banco de investimento aceitou ser vendido ao Bank of America em setembro, quando estava à beira de um colapso.
A alta dos papéis do setor bancário, entretanto, foi contida por Vale, siderúrgicas e Petrobras, que recuaram diante dos sinais cada vez mais inequívocos de que a recessão global será grave.
Hoje, o Departamento do Trabalho norte-americano informou que foram fechados 533 mil postos de trabalho no mês passado, acima das previsões de 350 mil vagas. Foi o 11º mês seguido de retração na oferta de emprego nos EUA, no maior volume de cortes desde dezembro de 1974. Apenas de setembro a novembro, 1,2 milhão de vagas desapareceu do mercado de trabalho norte-americano, sendo que desde que a recessão começou, há 11 meses, mais de 1,9 milhão de vagas de empregos foram eliminadas. A taxa de desemprego, por sua vez, subiu para 6,7% em novembro e é a maior desde outubro de 1993.
Diante do fato de que o ritmo está diminuindo, segue-se a realidade de menor volume de compras de matérias-primas (commodities), causa da queda de Vale, Petrobras e siderúrgicas. As mineradoras e as fabricantes de aço também recuam com os sucessivos anúncios de ajustes na produção, para baixo, e corte de vagas. As ações ON da Vale perderam 2,24% e PN classe A (PNA) cederam 2,09%. CSN ON fechou em baixa de 2,88%, Gerdau PN recuou 0,07% e Usiminas PNA caiu 1,77%.
Já o petróleo segue trajetória de queda acentuada que é praticamente impossível crer que há pouco tempo os preços beiravam os US$ 150 o barril. Hoje, o contrato do barril para janeiro recuou 6,55%, para US$ 40,81 o barril, no menor valor desde dezembro de 2004. Com isso, as ações ON e PN da fecharam em baixa de 1,33% e 2,37%, respectivamente.
Agenda
Para a próxima semana, a agenda mais leve pode favorecer uma recuperação dos ativos, ainda mais com a sucessão de pacotes dos governos ao redor do mundo para por fim à crise. Um dos destaques da agenda nos EUA é o índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês), na sexta-feira (dia 12).
Do lado doméstico, a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), que deve ser anunciada na quarta-feira (dia 10), deve ser observada com mais atenção pela Bovespa.
Como o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de novembro ficou abaixo das projeções dos analistas - 0,36% ante 0,45% no piso das estimativas - foi um indício de retração da atividade doméstica. Depois dos dados da indústria esta semana, só para citar alguns, mostrando arrefecimento, a expectativa em torno de um corte na taxa básica de juros, a Selic, ganhou reforços. Mas grande parte ainda espera apenas para 2009 a redução do juro básico, atualmente em 13,75% ao ano.

IBOV...após 04/12...suportes e resistências


Suportes imediatos: 34.740, 34.350 e 33.150 pontos.
Resistências imediatas: 35.130, 35.700, 36.000, 36.400, 36.950 e 36.700 pontos.

DJI...após 04/12...suportes e resistências


Suportes imediatos: 8.330, 8.400, 8.260, 8.170 e 8.145 pontos.
Resistências imediatas: 8.400, 8.450, 8.560 e 8.630 pontos.