terça-feira, 25 de agosto de 2009

Bolsas de Nova York renovam as máximas do ano

por Agência ESTADO
25 de Agosto de 2009 19:09

Embora tenham recuado das máximas atingidas durante o pregão de hoje, os três principais índices de ações norte-americanos renovaram os melhores níveis de fechamento do ano, sustentados pelos dados positivos dos preços dos imóveis residenciais e da confiança do consumidor. Contudo, o recuo dos preços do petróleo à tarde, pesou sobre as ações de companhias do setor de energia, temperando os ganhos do mercado.

Os ganhos do dia foram estabelecidos pela primeira alta trimestral em três anos dos preços das residências nos EUA no período abril/junho, segundo os índices de preços S&P/Case-Shiller. Além disso, o índice de confiança do consumidor da Conference Board subiu para 54,1 em agosto, de uma leitura revisada para 47,4 em julho.

O anúncio do presidente dos EUA, Barack Obama, de que vai indicar Ben Bernanke, para um segundo mandato à frente do Federal Reserve reforçou o sentimento positivo do mercado.

Ao longo da sessão, os operadores buscaram reunir uma ampla variedade de ações de companhias de consumo antes dos próximos indicadores econômicos esperado para os próximos dias - as vendas de imóveis residenciais novos na quarta-feira e a renda pessoal e os gastos com consumo na sexta-feira.

As seguradoras também tiveram um forte desempenho, incluindo a Hartford Financial (+7,46%). Entre os bancos, Bank of America subiu 2,31% e JPMorgan fechou em alta de 1,33%. No setor industrial, destaque para a Boeing (+2,38%).

Por outro lado, a queda de 3,12% dos contratos de petróleo para outubro em Nova York pesou sobre as ações do setor de energia: Chevron -0,16% e ExxonMobil -0,87%.

O índice Dow Jones subiu 30,01 pontos (0,32%) e fechou com 9.539,29 ponto - seu melhor nível desde 4 de novembro. O Nasdaq avançou 6,25 pontos (0,31%) e fechou com 2.024,23 pontos - nível mais alto desde 1º de outubro. O S&P-500 subiu 2,43 pontos (0,24%) e fechou com 1.028,00 pontos. As informações são da Dow Jones.

Após 5 altas seguidas, Bolsa recua, na contramão de NY

por Agência ESTADO
25 de Agosto de 2009 17:50

Depois de cinco sessões consecutivas em alta, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) finalmente passou por uma realização de lucros. Mas o movimento demorou a consolidar-se, já que, antes de firmar-se em baixa, no período da tarde, o índice Bovespa (Ibovespa) teve muita volatilidade, trabalhando em vários momentos com elevação nada desprezível. A queda de preço de matérias-primas (commodities) foi fundamental para puxar os papéis para baixo, enquanto a alta das Bolsas norte-americanas serviu para conter o movimento de venda.

O Ibovespa terminou o dia em baixa de 0,61%, aos 57.421,43 pontos. Na mínima do dia, registrou 57.401 pontos (-0,65%) e, na máxima, os 58.311 pontos (+0,93%). No acumulado do mês, o Ibovespa tem alta de 4,85% e, no ano, de 52,92%. O giro financeiro totalizou R$ 4,662 bilhões. Os dados são preliminares.

As Bolsas norte-americanas operaram em alta e ajudaram a reduzir as vendas domésticas, embora na primeira metade da sessão esta correlação tenha sido mais forte. As ações foram impulsionadas por indicadores favoráveis e pela indicação de Ben Bernanke para mais um mandato à frente do Federal Reserve (Fed, banco central americano). O Dow Jones subiu 0,32%, aos 9.539,29 pontos, o S&P 500 avançou 0,24%, aos 1.028,00 pontos, e o Nasdaq, 0,31%, aos 2.024,23 pontos.

O Conference Board informou esta manhã que o índice de confiança do consumidor nos Estados Unidos subiu para 54,1 em agosto, de 47,4 em julho, superando a expectativa dos economistas, de 47. Já o índice nacional de preços de imóveis em 20 regiões metropolitanas dos EUA, medido pela S&P Case Schiller, caiu 15,4% ante junho de 2008 (a expectativa era de queda de 16,5%), mas avançou 1,4% frente a maio.

No Brasil, entretanto, as ações de Vale, da Petrobras e de siderúrgicas recuaram, na esteira das commodities. Segundo Mauro Giorgi, gestor de recursos da Hera Investment, pela manhã, pesou sobre as commodities a percepção de que a economia chinesa deve seguir ajudada pelo governo porque há ainda capacidade ociosa e ela não deve ser tomada pelas exportações, dada a demora da recuperação da economia global. Depois, no entanto, a leitura de realização de lucros nos preços das matérias-primas acabou sendo uma justificativa mais ouvida.

Fato é que em qualquer um dos casos a Bovespa, que tem grande peso de ações do setor, sentiu, principalmente porque os investidores procuravam razões para embolsar um pouco dos ganhos acumulados.

Embora tenha acompanhado a queda do petróleo, o desempenho da Petrobras foi bem melhor. Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), o contrato para outubro do óleo terminou em baixa de 3,12%, a US$ 72,05 o barril, mas, aqui, Petrobras ON caiu 0,57% e Petrobras PN, -0,51%. Segundo Giorgi, a confirmação da data da apresentação do marco regulatório do pré-sal pode ter ajudado os papéis. Hoje, o presidente Lula confirmou para a próxima segunda-feira o anúncio das regras.

Vale ON, -0,71%, PNA, -0,60%, Gerdau PN, -2,14%, Metalúrgica Gerdau PN, -2,32%, Usiminas PNA, -1,50%, CSN ON, -1,72%.

O setor bancário foi destaque de alta, puxado pelas ações do Itaú Unibanco, ainda na esteira do anúncio da associação com a Porto Seguro, feita ontem. A alta das ações dos bancos nos EUA também deu espaço para a recuperação do setor no Brasil. Itaú Unibanco PN registrou variação positiva de 1,25%, Bradesco PN, de 0,80%, e BB ON, de 1,05%.