quinta-feira, 7 de agosto de 2008

IBOV...após 07/08...tendência de queda novamente...


O Ibovespa abriu nos 57.546 pontos e na primeira meia-hora de pregão foi buscar a máxima em 57.941 pontos (+ 0,69%), empurrado pelas boas aberturas de Vale e Petro. Sintonizado com a forte queda na abertura por DJI, refluiu rapidamente até encontrar suporte na mínima do dia em 56.960 pontos. A partir daí foi em busca do suporte perdido nos 57.500 pontos, até retomá-lo nas últimas horas de pregão, chegando até os 57.800 pontos. Na última hora de pregão, novamente sintonizado com DJI, refluiu também com força, para finalizar muito próximo da mínima anterior, em 57.017 pontos ( -0,91%).

Análise: A retomada do suporte em 57.500 poderia levar o IBOV novamente aos 58 mil pontos e a partir daí ao próximo objetivo, em 59 mil pontos. Porém, a confirmação da perda dos 57 mil pontos, levará o IBOV a testar novamente os 56 mil pontos e abrir caminho para o objetivo dos 53 mil pontos. A forte queda de quase 800 pontos, na última hora de pregão, fez com que todos indicadores do gráfico de "30 minutos" mantivessem a tendência de queda. No gráfico diário, alguns dos principais indicadores como o Estocástico e o CCI/Ma cruzamento ainda sinalizam alta, mas o "oscilador de momentos" já apresenta "divergência baixista" de curto prazo. Os índices futuros do Ibovespa e dos mercados futuros americanos, antes da abertura, deverão confirmar (ou não) a continuidade dessa tendência.

Abaixo de 56.900 suportes em: 55.900, 55.366 e 52.800 pontos.
Acima de 57.500 pontos resistências em: 57.800, 58.100, 58.580 e 59.000 pontos.

DJI...após 07/08...acentuou a tendência de queda...


DJI abriu em 11655 pontos (máxima do dia) e já na primeira hora de pregão, refluiu com força até buscar suporte em 11.490 pontos (-1,42%). A partir daí tentou esboçar recuperação, até alcançar o patamar dos 11.585 pontos, sem conseguir romper essa resistência, ficando oscilando nesse intervalo, até o final da primeira metade do pregão. Na segunda metade, não mais coneguindo suportar a pressão vendedora, retomou o processo de queda até encontrar suporte na mínima em 11.417 pontos. Melhorou levemente até fechar em 11.431 pontos (-1,93%).

Análise: Como previsto pela "divergência de baixa" apontada nos osciladores de momento, DJI não conseguiu sustentar as fortes altas recentes e refluiu com força chegando a cair 2% na mínima do dia. A não recuperação do patamar dos 11.585 pontos e a eventual perda do patamar dos 11.400 pontos, levará DJI ao objetivo dos 11.360 pontos ("Bearish zone")trazendo fortes temores novamente, ao retorno de DJI abaixo dos 11 mil pontos. Os principais indicadores do gráfico diário e do gráfico de "30 minutos" passaram a sinalizar tendência de queda. Os índices futuros dos mercados americanos, antes da abertura, poderão confirmar (ou não) essa tendência.

Abaixo de 11.417 suportes em : 11.360, 11.300, 11.270, 11.222 e 11.150 pontos.
Acima de 11.490 resistências em: 11.583, 11.683, 11.810 e 11.950 pontos.

NY e notícias corporativas ruins fazem Bovespa cair 0,9%

por Aluísio Alves
07 de Agosto de 2008 18:10

SÃO PAULO (Reuters) - Em sessão volátil, a Bolsa de Valores de São Paulo sucumbiu à combinação do panorama externo negativo com notícias ruins de empresas domésticas e fechou no vermelho, após duas altas seguidas.
O Ibovespa, principal índice da bolsa paulista, caiu 0,91 por cento, aos 57.017 pontos. O volume negociado somou 4,46 bilhões de reais.
Praticamente sozinhas, as blue chips Petrobras e Vale protegeram o Ibovespa de quedas mais pronunciadas. Empurradas pela recuperação no petróleo, cujo barril retomou a marca dos 120 dólares, as ações preferenciais da Petrobras subiram 1,7 por cento, a 33,86 reais.
A Vale agradou com os resultados do segundo trimestre, com aumento do lucro em dólar, garantindo uma boa valorização das ações durante a maior parte do dia. No final, os papéis perderam fôlego, mas ainda assim as preferenciais fecharam com alta de 0,1 por cento, para 36,75 reais.
"Mas, conforme o dia foi passando, o conjunto do mercado pesou mais", disse Pedro Galdi, analista da SLW corretora.
Em Wall Street, dados mostrando aumento do desemprego nos Estados Unidos, vendas mais fracas do Wall Mart em julho e um prejuízo de 5 bilhões de dólares da seguradora AIG empurraram o índice Dow Jones para uma queda de 1,93 por cento.
Além disso, o dia foi pródigo em notícias ruins no ambiente corporativo doméstico. Entre elas esteve a Gol, que anunciou uma redução no seu plano de frota para os próximos dois anos, para fazer frente à forte alta dos preços dos combustíveis.
As ações preferenciais da companhia aérea desabaram 13,9 por cento, a 15,96 reais. Para completar o mau dia, a empresa ainda teve o rating cortado pela Moody's, que ainda anunciou a possibilidade de novos reduções na nota de crédito.
Outro destaque negativo foi a TIM Participações, cujas ações preferenciais mergulharam 6 por cento, para 3,76 reais. Não era para menos. A operadora de telefonia celular reportou prejuízo no segundo trimestre, reduziu as estimativas de expansão da receita líquida e da margem de lucro para 2008.
Outro que desagradou o mercado com os resultados trimestrais foi o Unibanco. A instituição teve lucro 10 por cento menor do que no segundo trimestre de 2007, expandiu menos que seus concorrentes a carteira de crédito, estagnou a receita com prestação de serviços e piorou a margem financeira.
Resultado: as units do banco perderam 3,46 por cento, a 20,36 reais.

Bolsa de NY fecha em forte queda após prejuízo da AIG

por Suzi Katzumata da Agência Estado
07.08.2008 18h35

O prejuízo da gigante do setor de seguros American International Group (AIG), divulgado ontem à noite, colocou um abrupto fim à recuperação das ações do setor bancário nas Bolsas de Nova York e levou a uma queda de mais de quase 2% no índice Dow Jones, que, assim, praticamente apagou quase todos os ganhos da semana.
A AIG e a gigante do setor de varejo Wal-Mart Stores - também componente do índice Dow Jones - lembraram os investidores da forte dependência das companhias americanas dos consumidores e como o consumo está reprimido pela debilidade dos mercados de moradia e mão-de-obra. O número de americanos que entrou com pedido de auxílio-desemprego na semana passada cresceu para o maior nível em seis anos, de acordo com relatório do Departamento de Trabalho.
As ações da AIG despencaram 18,05%, a maior queda em termos porcentuais desde maio de 1981, após anunciar um prejuízo de US$ 5,36 bilhões no segundo trimestre deste ano, resultante principalmente de baixas contábeis relacionadas a hipotecas. O desempenho veio bem pior do que o mercado esperava e representa o terceiro trimestre consecutivo de prejuízos bilionários para o grupo, um sinal de que os problemas continuam para as companhias que detêm títulos atrelados à crise do mercado imobiliário.
O resultado da AIG pressionou as ações das agências hipotecárias Freddie Mac (-9,24%) e Fannie Mae (-14,22%). Entre outras notícias, as ações do Lehman Brothers Holdings caíram 12,91% depois que o New York Post informou que o banco estava tentando levantar capital.
Também pesou sobre o mercado a queda de 6,25% das ações do Wal-Mart, depois de a maior rede de varejo do mundo ter desapontado Wall Street com seu relatório de vendas de julho. O Wal-Mart também chamou a atenção para a cautela dos consumidores após o impulso inicial das restituições de imposto de renda. "Com o fim do estímulo dos cheques, sabemos que os consumidores estão gastando de forma mais cautelosa", disse Eduardo Castro-Wright, chefe de operações do Wal-Mart nos EUA.
O índice Dow Jones caiu 1,93% e fechou com 11.431,43 pontos. O Nasdaq recuou 0,95% e encerrou com 2.355,73 pontos. O S&P-500 caiu 1,79%, para 1.266,07 pontos, enquanto o NYSE Composite fechou em baixa de 1,92%, aos 8.338,40 pontos. As informações são da Dow Jones.

Lucros no Brasil vão para os EUA cobrir prejuízos

por Agência Estado
07.08.2008 07h32

Boa parte do dinheiro estrangeiro que deixou o Brasil nos últimos meses tem sido usada para cobrir os rombos provocados pelo mercado americano de subprime (hipotecas de alto risco). Até agora, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) foi a mais prejudicada pela fuga de recursos. Só nos meses de junho e julho a saída de capital externo somou R$ 15 bilhões.
Tudo isso exatamente porque a bolsa paulista teve desempenho excepcional nos últimos anos, o que proporcionou ganhos expressivos a fundos de investimentos e instituições financeiras que administram fortunas de milionários estrangeiros. Mas, com a dificuldade enfrentada especialmente nos Estados Unidos, esses investidores passaram a priorizar a venda de ativos aqui, onde há liquidez, para cobrir perdas lá fora.
Do lado corporativo, os exemplos não são diferentes. No primeiro semestre de 2008, empresas instaladas no Brasil fizeram remessas recordes de lucros e dividendos para as matrizes no exterior. Segundo o Banco Central (BC), o volume de recursos somou US$ 18,99 bilhões no período, quase o dobro do valor de igual período do ano passado. Entre os setores que mais remeteram lucros estão os que enfrentam dificuldades em seus países de origem. É o caso do automotivo e de serviços financeiros, com US$ 2,76 bilhões e US$ 2,40 bilhões, respectivamente