quinta-feira, 10 de abril de 2008

Após pregão morno, Ibovespa fecha quase estável

Após pregão morno, Ibovespa fecha quase estável
10.04.2008 17h27

por Claudia Violante da Agência Estado

A Bovespa encerrou a quinta-feira praticamente no zero a zero, num pregão morno onde faltaram justificativas para ir além, apesar de as bolsas americanas terem dado bons exemplos de elevação. Depois de muito "dois pra lá dois pra cá", o índice encerrou o dia com variação positiva de apenas 0,08%, aos 63.527,1 pontos.
Durante a sessão, oscilou entre ao mínima de 62.712 pontos (-1,20%) e a máxima de 63.646 pontos (+0,27%). No mês, a Bolsa acumula alta de 4,20% e, no ano, queda de 0,56%. O volume financeiro negociado hoje totalizou R$ 4,967 bilhões.
Nos Estados Unidos, o índice Dow Jones avançou 0,44%, o S&P aumentou 0,45% e o Nasdaq, 1,27%. A gigante varejista Wal-Mart informou hoje, após anunciar vendas 0,7% maiores no primeiro trimestre, que espera lucro maior no período. Isso amainou os ânimos, já que teve ainda a contribuição dos dados melhores de pedidos de auxílio-desemprego, que caíram mais do que era previsto. Yahoo! e Intel também ajudaram: a primeira subiu com a perspectiva de acordo para combinar operações de internet com a AOL e a segunda porque o Bank of America elevou a recomendação para as ações.
O que poderia virar a cabeça do mercado era o discurso do presidente do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), Ben Bernanke, no World Affairs Council, em Richmond (Virgínia). Ele, porém, não falou nada que comprometesse o rumo. Bernanke disse que o esforço federal para produzir uma resposta à recente desordem no mercado financeiro "terá muitos benefícios" e poderá ajudar os formuladores da política a evitar problemas futuros. Entretanto, segundo ele, apesar de muito ainda poder ser feito para fortalecer o sistema e melhorar o seu funcionamento, ele avaliou que as crises financeiras não podem ser completamente eliminadas.
Na Europa, os bancos centrais agiram conforme o esperado hoje: o Banco Central Europeu (BCE) manteve a taxa de juros da zona do euro em 4% ao ano e o Banco da Inglaterra cortou o juro do Reino Unido de 5,25% para 5% ao ano. O presidente do BCE, Jean-Claude Trichet, em entrevista, foi claro ao afirmar que a inflação é um problema e que o banco central tem em prioridade máxima conter o crescimento das expectativas de inflação entre os consumidores e as empresas. Ele ainda foi categórico ao afirmar que as perspectivas econômicas da zona do euro não deveriam ser entendidas como um sinal de que o BCE está mais inclinado a considerar um corte no juro. "É errado".
Os produtos básicos (commodities) hoje também ajudaram as bolsas americanas, mas a queda dos metais e do petróleo teve impacto misto na Bovespa. As blue chips (ações de primeira linha) Vale e Petrobras fecharam em direções opostas. Vale ON perdeu 0,63%, Vale PNA caiu 0,51%, Petrobras ON subiu 0,45% e Petrobras PN ganhou 0,36%. O preço do petróleo negociado na Bolsa Mercantil de Nova York recuou 0,69%, a US$ 110,11 por barril.

VALE5...após 09/04...fechou nos 51,00 com possibilidades de retornar aos 50,00...



VALE 5 abriu em alta nos 51,86 e rapidamente rompeu a resistência nos 52,00, atingindo a máxima intraday nos 52,10. Porém a queda que se antevia nos mercados euroopeus e americanos e a forte realização observada no próprio Ibovespa, empurrou Vale5 para uma realização idêntica, que não conseguindo resistir à forte pressão vendedora, veio buscar suporte na mínima intraday nos 50,71. Reagiu com a recuperação dos mercados americanos atingindo novo topo intraday nos 51,20 e finalizou em queda de 1,54% nos 51,00. Apesar de se manter bem acima da LTA, alguns indicadores como o estocástico já parecem sinalizar "sobre-compra" e o CCI/Ma cruzamento sinaliza o início de uma divergência baixista, o que poderá justificar a continuidade da queda. Resistências imediatas em 52,10, 52,50, 53,10 e 53,50(forte resistência). Suportes imediatos em 50,70, 50,10 e 49,15(forte suporte).

Petr4...após 09/04...reprise do pregão anterior...na "contra-mão" do mercado..


Reprisando o pregão anterior, PETR4 contrariando a tendência baixista de DJI e na "contra-mão" de importantes ativos do Ibovespa (sobrecomprados e em queda), abriu em 79,56, foi buscar a máxima intraday nos 80,95 e depois pressionada pela grande queda do ibovespa veio buscar a mínima nos 79,20. Com alguma melhora nos mercados externos também rapidamente recuperou as perdas, voltou a operar acima dos 80,00 firmando novo topo intermediário nos 80,40 e finalizou exatamente em cima desse suporte, nos 80,00. Pela forte pressão compradora, o mercado parece determinado a que brevemente Petr4 deva testar a resistência nos 84,50, em cima da LTB formada. Para tal, precisa também romper as resistências intermediárias em 81,50 e 82,70. Suportes em 79,60, 77,70; 77,00 e 75,50. Tendência altisma mantida, porém com a devida cautela já que o Ibovespa está em tendência de queda e indicadores como o estocástico em região "sobre-comprada".