quarta-feira, 2 de julho de 2008

DJI...após 02/07..."triângulo de baixa", com objetivo em 11 mil pontos.


DJI abriu em alta nos 11.382 pontos veio até a máxima do dia em 11.433 pontos e a partir daí refluiu, perdendo novamente os patamares dos 11.400 e 11.300 pontos finalizando na mínima do dia em 11.215 pontos.

Análise: DJI continua com muita volatilidade, impulsionado pelas cotações do preço do petróleo e por notícias corporativas, antevendo a recessão que se avizinha. Dessa vez a vilã do dia foi a Merryl Linch que anunciou a possibilidade de "falência da GM". O gráfico diário demonstra que DJI está praticamente "andando de lado" em torno do patamar de 11.300 pontos, formando um triângulo de baixa com próximo objetivo em 11.000 pontos. A tendência de médio prazo ainda é de queda. No curto prazo, os mercados futuros poderão indicar a direção do pregão.

Suportes em 11.165, 11.075 e 10.975 pontos.
Resistências imediatas em 11.2507, 11.330 e 11.425 pontos.

Dow Jones fecha no menor nível desde agosto de 200

por Renato Martins da Agência Estado
02.07.2008 18h41

O mercado norte-americano de ações fechou em queda forte, com os índices Dow Jones e S&P-500 fechando mais de 20% abaixo de seus picos de fechamento recentes, em outubro de 2007. Tecnicamente, isso assinala o início do "bear market", com o urso simbolizando um mercado em tendência de queda. A baixa foi atribuída ao novo avanço dos preços do petróleo, à queda do dólar (que pode ganhar aceleração amanhã, com o provável aperto monetário do Banco Central Europeu), a um indicador de emprego que sugere debilidade persistente na economia dos EUA e ao fato de os analistas do banco Merrill Lynch terem levantado a possibilidade de falência da General Motors. A queda forte das ações da GM contribuiu para que o Dow Jones fechasse no nível mais baixo desde 14 de agosto de 2006.
As ações da GM caíram 15,06% e fecharam no menor nível desde 13 de setembro de 1954, depois de os analistas do Merrill Lynch rebaixarem sua recomendação e dizerem que a empresa precisaria levantar US$ 15 bilhões e que sua falência "não é impossível". Isso derrubou também as ações das siderúrgicas, que têm as montadoras entre suas principais clientes (Nucor Steel despencou 14,25% e US Steel perdeu 13%). O temor de persistência do cenário de debilidade econômica fez caírem ações como Caterpillar (-4,95%), Bank of America (-5,33%), Alcoa (-6,77%) e DuPont (-2,32%), além de ações de tecnologia como Microsoft (-3,68%) e Intel (-2,97%).
No caso dos setores de metais e matérias-primas (commodities), "há um minicrash em andamento com essas ações", comentou o estrategista de derivativos William Lefkowitz, da Finance. Ele observou que os participantes do mercado haviam comprado essas ações com muita vontade nos últimos meses, apostando na demanda asiática, e agora estão "caindo fora rapidamente".
O índice Dow Jones fechou em queda de 1,46%, em 11.215,51 pontos. O Nasdaq encerrou o dia com perda de 2,32%, em 2.251,46 pontos. O S&P-500 caiu 1,82%, para fechar em 1.261,52 pontos. O NYSE Composite cedeu 2,03%, para 8.465,52 pontos. As informações são da Dow Jones.

Ibovespa fecha em queda de 3,61%, a 3ª maior do ano

por Claudia Violante da Agência Estado
02.07.2008 17h37

Mais um recorde do petróleo, indicadores econômicos norte-americanos ruins, expectativa com o relatório do mercado de trabalho nos EUA, ameaça terrorista e, principalmente, fuga de investidor estrangeiro no Brasil levaram a Bolsa de Valores de São Paulo a registrar sua terceira maior queda porcentual do ano e atingir o menor patamar de pontuação desde 31 de março (60.968,1 pontos), ou seja, em mais de três meses.
O Ibovespa, principal índice, encerrou a sessão em queda de 3,61%, aos 61.106,2 pontos, a maior variação negativa desde a queda de 5,01% em 19 de março. O índice oscilou entre a mínima de 61.028 pontos (-3,74%) à máxima de 63.945 pontos (+0,87%). Em apenas dois pregões de julho, já acumula perdas de 6,02%. No ano, a queda é de 4,35%. O volume financeiro negociado hoje totalizou R$ 6,314 bilhões.
Em Nova York, o índice Dow Jones encerrou em queda de 1,47%, o S&P caiu 1,82% e o Nasdaq perdeu 2,32%. No início do dia, até parecia que o terror daria uma trégua aos mercados e as bolsas arriscaram operar em alta, ajudadas pelo anúncio do Deutsche Bank de que não precisará de novos aportes de capital para equilibrar sua posição financeira. Só que esse quadro logo mudou com os indicadores ruins e com as declarações do secretário do Tesouro dos EUA, Henry Paulson. Em Londres, ele afirmou que os bancos precisam de dinheiro novo, o que serviu de contraponto ao anúncio do Deutsche.
O principal número ruim que saiu hoje foi o de vagas de trabalho da pesquisa ADP, nos Estados Unidos. Foram fechados em junho 79 mil postos de trabalho no setor privado, ante corte de 20 mil previsto pelos analistas. Esse dado fez com que as piores previsões para o relatório do mercado de trabalho (que reúne também os números do setor público), que sai amanhã, ganhassem reforço. As expectativas são de que os dados oficiais mostrem o encolhimento de 55 mil vagas.
Os investidores ainda reagiram ao relatório do banco de investimentos Merrill Lynch, que não descartou a possibilidade de a montadora General Motors ser obrigada a recorrer a concordata.
O petróleo negociado em Nova York fechou o dia com preço inédito, de US$ 143,57 por barril, em alta de 1,84%, e chegou aos US$ 144,15 no pregão eletrônico, valor também recorde. A alta decorreu na queda dos estoques norte-americanos do petróleo na semana encerrada em 27 de junho e também do enfraquecimento do dólar em relação a outras moedas.
No Brasil, as ações da Petrobras até subiram no começo do dia, mas também não conseguiram resistir à onda de vendas que varreu o mercado doméstico - o que ela vinha conseguindo fazer nos últimos pregões. Hoje, o presidente da empresa, José Sérgio Gabrielli, afirmou que o aumento do preço do petróleo no mercado internacional não será repassado aos preços da estatal. Petrobras PN despencou 4,58% e Petrobras ON perdeu 4,09%.
Os estrangeiros não se desfizeram só das ações mais líquidas, como Petrobras e Vale: apenas sete ações do Ibovespa, que conta com mais de 60 papéis, fecharam em elevação. Na sexta-feira é feriado nos Estados Unidos e, diante das condições adversas, eles não querem passar o final de semana prolongado "comprados" (com ações na carteira, à espera de que se valorizem). Vale PNA fechou em baixa de 5,73%, e Vale ON, de 5,13%.
Em tempo: uma ameaça terrorista nos EUA também ajudou a tumultuar o quadro no mercado financeiro. A polícia fechou a maior parte do Aeroporto Internacional de Los Angeles, todas as decolagens foram canceladas e todos os vôos com destino à cidade foram redirecionados. Um suspeito foi preso e será interrogado.