quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Petrobras e Vale garantem alta de 2,13% ao Ibovespa

por Claudia Violante da Agência Estado
27.08.2008 17h30

A recuperação de preço das matérias-primas (commodities) permitiu à Bovespa interromper uma seqüência de três quedas seguidas e fechar com alta firme, superior a 2%. As ações da Petrobras e da Vale guiaram as ordens de compras, que ainda foram firmes em siderúrgicas e bancos. As bolsas norte-americanas, embaladas por um indicador econômico favorável divulgado mais cedo, também subiram, garantindo tranqüilidade aos negócios domésticos.
O Ibovespa, principal índice da Bolsa paulista, terminou o pregão em alta de 2,13%, aos 55.519,2 pontos. Oscilou entre a mínima de 54.366 pontos (+0,01%) e a máxima de 55.591 pontos (+2,27%). No mês, ainda acumula perdas, de 6,70% e, no ano, de 13,10%. O giro financeiro totalizou R$ 3,583 bilhões, abaixo da média diária de agosto (que também já está mais baixa do que nos últimos meses e soma R$ 4,904 bilhões até ontem, segundo o site da Bovespa).
As ações da Petrobras subiram na esteira do avanço do preço do petróleo. Na Bolsa Mercantil de Nova York, o petróleo subiu 1,62%, para US$ 118,15 o barril, com as preocupações sobre o avanço da tempestade Gustav para o Golfo do México, onde há várias instalações de petróleo e gás. Petrobras ON subiu 2,83% e PN, 2,95%.
As commodities metálicas também avançaram no mercado internacional e levaram as ações da Vale a fechar na máxima do dia, com variação de 3,27% as ON e de 4,03% as PNA. Os setores siderúrgico e bancário acompanharam a recuperação em bloco e com altas bastante firmes. Foram destaque Banco do Brasil ON, com +5,41%, e Metalúrgica Gerdau PN, com +3,84%. Hoje, o Citigroup elevou a recomendação de neutra para "overweight" (acima da média) do setor bancário, ajudando a influenciar a alta dos papéis.
Nos EUA, o índice de ações Dow Jones terminou em alta de 0,79%, o S&P avançou 0,80% e o Nasdaq terminou com variação positiva de 0,87%. Os ganhos foram sustentados pelo indicador positivo de encomendas de bens duráveis, vigor das ações do setor financeiro e percepção de que a alta do petróleo é temporária, à luz das condições de tempestade tropical no Golfo do México.
O Departamento do Comércio informou pela manhã que as encomendas de bens duráveis nos EUA inesperadamente subiram 1,3% em julho, ante expectativa dos economistas de queda de 0,4%. Também agradou a declaração do dirigente da regional do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) de Atlanta, Dennis Lockhart, que previu hoje que a inflação norte-americana deverá ceder a partir do próximos meses.
Para amanhã, a apenas dois pregões do término de agosto, os investidores podem intensificar as compras para garantir melhor desempenho a suas carteiras. Mas isso apenas se os indicadores que serão conhecidos, principalmente nos Estados Unidos, e as commodities deixarem.

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