quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Ibovespa garante alta de 0,60% após sessão volátil

por Agência ESTADO
26 de Agosto de 2009 17:50

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) teve uma sessão bastante volátil, sobretudo na parte da manhã, quando o índice demorou a decidir se subia ou se descia. Firmou-se em alta, ampliada no final quando as Bolsas norte-americanas também devolveram as perdas. Apesar de os indicadores divulgados hoje terem surpreendido favoravelmente, os investidores estão ressabiados em assumir novas posições compradas e têm preferido a cautela a avançar.

Hoje, o índice Bovespa (Ibovespa) subiu 0,60%, aos 57.765,69 pontos, elevando os ganhos acumulados em agosto a 5,48%. Em 2009, a alta alcança 53,84%. O índice registrou, na mínima, pontuação de 57.106 pontos (-0,55%) e, na máxima, 57.791 pontos (+0,64%). O giro financeiro totalizou R$ 4,940 bilhões. Os dados são preliminares.

Os negócios aqui já abriram com a sombra do indicador de confiança das empresas na Alemanha, o IFO, que superou as expectativas e marcou 90,5 em julho. Depois, nos EUA, saíram as encomendas de bens duráveis, que surpreenderam ao subir 4,9% em julho - a previsão era de 3% - na maior elevação desde julho de 2007. Mas o dado guia de hoje só veio depois, e também não decepcionou: o Departamento de Comércio dos EUA informou que as vendas de imóveis residenciais novos no país subiram 9,6% em julho. A previsão era de alta de 1,6%.

Embora o principal dado do dia tenha sido mais do que favorável, a reação das Bolsas norte-americanas - e da Bovespa em muitas vezes - foi a contrária à esperada. Isso porque os investidores preferiram pisar no freio, dados os níveis em que se encontram os mercados e também pela percepção de que o avanço das vendas de imóveis pode ter ocorrido pela mesma razão que a venda de carros no Brasil: aproveitar incentivo fiscal antes que ele acabe.

Por essa razão, os índices acionários norte-americanos passaram por uma realização de lucros, se firmando ao redor da estabilidade no final. O Dow Jones subiu 0,04%, aos 9.543,52 pontos, o S&P, 0,01%, aos 1.028,12 pontos, e o Nasdaq, 0,01%, aos 2.024,43 pontos. A tinta vermelha também tingiu as bolsas europeias, que recuaram influenciadas pela queda das ações de mineradoras e petrolíferas, por conta do recuo das commodities. O índice FTSE 100 da Bolsa de Londres caiu 0,53%, enquanto na Alemanha o índice DAX de Frankfurt perdeu 0,63%.

O petróleo recuou 0,86% no contrato para outubro na Bolsa Mercantil de Nova York e fechou cotado a US$ 71,43 o barril, depois que o Departamento de Energia dos Estados Unidos divulgou aumento de 128 mil barris nos estoques de petróleo na semana terminada em 21 de agosto, ante previsão de queda de 1,5 milhão de barris.

No Brasil, o petróleo afetou as ações da Petrobras, que ainda sentiram o peso da notícia da descoberta de mais um poço seco no pré-sal e também da expectativa com o anúncio do marco do pré-sal, na próxima semana. Petrobras ON caiu 0,80% e Petrobras PN, -0,18%.

Vale recuou 0,27% na ON e fechou estável na PNA. Os preços dos metais caíram em Londres. Gerdau PN perdeu 0,49%, Metalúrgica Gerdau PN recuou 0,07%, Usiminas PNA teve baixa de 1,24%, e CSN ON terminou com desvalorização de 0,43%.

O setor bancário, por outro lado, subiu. Hoje, o Banco Central divulgou que as operações de crédito no sistema financeiro tiveram expansão de 2,6% em julho na comparação com junho. Com essa variação, o estoque de operações de crédito atingiu R$ 1,311 trilhão ao final do mês passado. Em 12 meses, essa carteira acumula expansão de 20,8%. Itaú Unibanco PN continua puxando os ganhos, após a operação com a Porto Seguro, e subiu 2,18% hoje. Bradesco PN avançou 1,64% e BB ON, 1,47%.

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