sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Dados divergentes levam Bolsas de NY a fechar em baixa

por Agência ESTADO
01 de Outubro de 2009 19:14

Os principais índices do mercado de ações dos EUA fecharam a primeira sessão do quarto trimestre em queda, puxados pelo fraco desempenho de algumas das ações que acumularam ganhos acentuados no trimestre anterior em meio a dados divergentes sobre a economia norte-americana.

O Dow Jones caiu 203 pontos, ou 2,09%, para 9.509,28 pontos, com todos os componentes fechando o dia em território negativo - destaque para JPMorgan (-5,59%) e American Express (-4,25%). A queda de hoje foi a mais acentuada para o índice tanto em pontos quanto em termos porcentuais desde 2 de julho.

O Nasdaq recuou 64,94 pontos, ou 3,06%, para 2.057,48 pontos. O declínio, em termos porcentuais, foi o mais acentuado desde 22 de junho. Em termos de pontos, a queda foi a mais profunda desde 10 de fevereiro.

O S&P 500 perdeu 27,23 pontos, ou 2,58%, para 1.029,85 pontos.

A perspectiva de recuperação da economia norte-americana foi atingida hoje por dados que revelaram um declínio inesperado na atividade industrial dos EUA um aumento no número de pessoas que pediram pela primeira vez o auxílio-desemprego no país. "Não há dúvida de que tivemos um pouco de nervosismo com os dados", disse Michael Church, presidente da Addison Capital. "Tivemos um avanço razoável e uma correção já deveria ter acontecido há algum tempo."

O índice dos gerentes de compras do Instituto para Gestão da Oferta (ISM, na sigla em inglês) - que mede a atividade industrial dos EUA - recuou de 52,9 em agosto para 52,6 em setembro, contrariando a expectativa de analistas, que previam alta para 54,0.

Além disso, o número de trabalhadores norte-americanos que entraram pela primeira vez com pedido de auxílio-desemprego aumentou 17 mil na semana até 26 de setembro, segundo o Departamento de Trabalho dos EUA. Economistas ouvidos pela Dow Jones esperavam alta de 5 mil.

Outros indicadores divulgados hoje, no entanto, trouxeram leituras positivas sobre a economia dos EUA. Segundo o Departamento de Comércio do país, os gastos com construção subiram 0,8% em agosto, refletindo os benefícios fiscais concedidos à indústria imobiliária. O órgão divulgou também que a renda pessoal nos EUA aumentou 0,2% em agosto ante julho, enquanto os gastos pessoais avançaram 1,3%.

Somado a isso, o índice de vendas pendentes de imóveis residenciais da Associação Nacional de Corretores de Imóveis dos EUA saltou 6,4% em agosto, para 103,8, de 97,6 em julho.

Os dados divergentes abasteceram o debate sobre a capacidade de sustentação do rali das bolsas no terceiro trimestre. Por outro lado, todos os investidores marcaram o fim do período e o início do quarto trimestre reajustando suas carteiras - um dos prováveis fatores por trás da queda dos índices em seis das últimas sete sessões e da volatilidade do mercado recentemente. As informações são da Dow Jones.

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