terça-feira, 15 de setembro de 2009

Bovespa crava 59 mil pontos pela primeira vez no ano

por Agência ESTADO
15 de Setembro de 2009 17:42

Quanto mais a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) sobe, mais aparecem previsões de que está na hora de uma correção nos preços. Mas parece que a Bolsa não está querendo seguir essa cartilha. Hoje, a trajetória de alta predominante em setembro continuou, renovando novamente a pontuação máxima do ano. Desta vez, a Bovespa fechou pela primeira vez nos 59 mil pontos em 2009. O resultado final da sessão, no entanto, ainda não ultrapassou o de 31 de julho do ano passado, de 59.505 pontos, mas foi o maior desde então.

O índice Bovespa (Ibovespa) encerrou o pregão com ganhos de 0,67%, aos 59.263,86 pontos. Na mínima do dia, o indicador registrou 58.691 pontos (-0,30%) e, na máxima, 59.401 pontos (0,91%). O giro financeiro somou R$ 4,906 bilhões. No mês, o Ibovespa acumula ganhos de 4,91%.

Já o resultado de 2009 até hoje está positivo em 57,83%, superior a todos os fechamentos anuais dos últimos cinco anos. Ou seja, antes mesmo de 2009 terminar, a Bovespa já superou os ganhos dos anos anteriores até 2004.

Os dados de vendas no varejo divulgados hoje reforçaram as melhores condições da economia doméstica. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as vendas do comércio varejista subiram 0,5% em julho em relação a junho.

A alta da Bovespa hoje, além de encontrar respaldo nos dados do IBGE, foi influenciada por três indicadores melhores do que as previsões nos Estados Unidos e também pela declaração do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), Ben Bernanke, de que a recessão no país "provavelmente acabou". Ele advertiu, no entanto, que mesmo que a recuperação esteja em curso, ela não será rápida, já que o crédito segue restrito e qualquer aumento do emprego deverá ser gradual.

O Dow Jones terminou o dia em elevação de 0,59%, aos 9.683,41 pontos, o maior nível desde 6 de outubro de 2008. O S&P 500 avançou 0,31%, aos 1.052,63 pontos, e o Nasdaq subiu 0,52%, aos 2.102,64 pontos, ambos os maiores fechamentos do ano. A alta das ações influenciou o fechamento do petróleo na Bolsa Mercantil de Nocva York (Nymex, na sigla em inglês), que subiu 3,01%, a US$ 70,93 o contrato com vencimento em outubro.

Na Bovespa, Vale foi um dos destaques da sessão, ao lado de papéis voltados ao mercado doméstico, como varejo e construção civil. A mineradora subiu 1,49% na ação ON e 1,01% na PNA. As siderúrgicas hoje não tiveram fechamento uniforme: Gerdau PN subiu 0,09%, Metalúrgica Gerdau, PN, recuou 0,03%, Usiminas PNA, teve ganho de 0,67%. A CSN ON, que teve alta de 2,34%, confirmou hoje, em comunicado ao mercado, emissão de US$ 750 milhões em bônus, a uma taxa de 6,875% ao ano e vencimento em setembro de 2019.

Rossi ON foi a maior alta do Ibovespa, com 3,94%. A empresa informou ontem que o período de reserva para sua oferta de ações será de 28 a 30 de setembro e que o preço do papel será fixado em 1º de outubro. A operação envolve a colocação em mercado de 55 milhões de ações ON, volume que pode ser elevado em 15% referente ao lote suplementar. Cyrela ON registrou ganho de 2,33% e Gafisa ON, de 1,63%. Lojas Renner ON subiu 0,49%.

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