quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Bolsa sobe 1,79% e atinge maior nível em 16 meses

por Agência ESTADO
08 de Outubro de 2009 18:04

A Bolsa de Valores de São Paulo renovou hoje, mais uma vez, as previsões de que já excedeu sua cota de valorização de 2009 ao ir além. O índice Bovespa (Ibovespa) recuperou os 63 mil pontos graças a uma combinação de notícias positivas no exterior, que elevou a procura por risco e fez as commodities e as Bolsas globais fecharem em alta. Apenas esses dois argumentos já seriam suficientes para empurrar a Bovespa para cima, diante do seu perfil majoritariamente formado por empresas de matérias-primas. Mas, não bastasse isso, o fluxo estrangeiro segue firme e o segmento bancário, que ontem caiu em bloco, hoje corrigiu o exagero e trabalhou ao lado de Vale e Petrobras para garantir os ganhos do índice à vista.

O Ibovespa terminou em alta de 1,79%, aos 63.759,87 pontos, maior nível desde 30 de junho de 2008 (65.017,60 pontos). Na mínima do dia, o índice operou estável aos 62.640 pontos e, na máxima, subiu 1,88%, aos 63.816 pontos. No mês, a Bolsa já acumula elevação de 3,65% e, no ano, de 69,80%. O giro financeiro totalizou R$ 7,687 bilhões. Os dados são preliminares.

Uma das notícias que animaram o mercado saiu ontem: a gigante de alumínio Alcoa, que inaugurou a temporada de balanço nos Estados Unidos, anunciou um lucro inesperado no terceiro trimestre. A fabricante de alumínio registrou lucro líquido de US$ 77 milhões, encerrando três trimestres seguidos de perdas.

O mercado ainda recebeu com alívio a notícia de que a taxa de desemprego na Austrália caiu. Foi pouco, de 5,8% em agosto para 5,7% em setembro, mas ratificou a decisão do banco central australiano de elevar a taxa de juros, no primeiro dentre os países do G-20 a fazer o aperto monetário.

O mercado de trabalho norte-americano também revelou hoje um número melhor do que as previsões: os pedidos de auxílio-desemprego feitos no país na semana passada caíram 33 mil, ante expectativa de queda de 11 mil.

O Dow Jones terminou a quinta-feira em alta de 0,63%, aos 9.786,87 pontos, o S&P 500 teve valorização de 0,75%, aos 1.065,48 pontos, e o Nasdaq subiu 0,64%, aos 2.123,93 pontos.

No Brasil, as blue chips Vale, e Petrobras, acompanharam o comportamento das commodities. No caso da mineradora, além do balanço da Alcoa, os papéis foram sustentados pelos recordes sucessivos do ouro, que no mercado spot chegou a US$ 1.060,25 a onça-troy e, no mercado futuro, atingiu US$ 1.061,40 a onça-troy. Vale. ON terminou com ganho de 1,42% e PNA, em 1,61%.

Petrobras avançou 2,59% na ON e 2,28% na PN, depois que o contrato do petróleo para novembro subiu nada menos que 3,05% na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), para US$ 71,69 o barril.

O setor bancário doméstico, que ontem foi destaque negativo em meio à estreia das units do Santander, hoje corrigiu parte das perdas da véspera e subiu. Bradesco PN avançou 2,54%, Itaú Unibanco PN, 1,71%, BB ON, 1,85%, Santander unit, +0,13%.

Aracruz ON subiu 0,57% e PNA desabou 14,10%. A empresa anunciou hoje a conclusão do contrato de venda das instalações industriais, terras e florestas que formam a unidade Guaiba (RS) com o grupo chileno CMPC, estimado em US$ 1,43 bilhão. Segundo a Fibria, empresa resultante da união da Aracruz com a VCP, a conclusão da venda desses ativos será o ponto de largada do projeto de expansão da empresa.

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