sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Ibovespa sobe 2,19% e consegue ter ganho na semana

por Claudia Violante da Agência Estado
12.09.2008 17h41

Pelo terceiro pregão seguido, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou em alta, e consistente. De volta aos 52 mil pontos, o índice Bovespa (Ibovespa) avançou novamente conduzido pelas ações da Petrobras, embora Vale, siderúrgicas e BM&FBovespa também tenham hoje crédito pela alta.
O Ibovespa terminou com variação de +2,19%, aos 52.392,9 pontos, depois de oscilar entre a mínima 50.789 pontos (-0,94%) e a máxima de 52.591 pontos (+2,58%). Na semana, acumulou elevação de 0,87%, mas em setembro, as perdas somam 5,90% e, no ano, -17,99%. O volume financeiro de hoje somou R$ 5,263 bilhões (preliminar).
A recuperação de preço das matérias-primas (commodities) combinada com os efeitos, ainda, das estimativas para as reservas de petróleo do campo de Iara (na camada pré-sal da Bacia de Santos), o aumento do peso do Brasil na carteira de ações emergentes do banco americano Morgan Stanley e o vencimento de opções sobre ações na Bovespa, na segunda-feira, explicam a alta de hoje do principal índice acionário doméstico.
As ações ordinárias (ON) da Petrobras subiram 4,44%, para R$ 40,42, e as ações preferenciais (PN) da estatal valorizaram 5,10%, a R$ 33, esta última, de novo, com o maior giro de negócios do dia na Bolsa, de R$ 991,532 milhões. A notícia de que é possível haver 4 bilhões de barris em reservas na camada pré-sal do campo de Iara adicionou interesse aos investidores por causa do vencimento de opções sobre ações na próxima segunda-feira. O comportamento do preço do petróleo no exterior também ajudou. Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês), o contrato futuro com vencimento em outubro subiu 0,31%, a US$ 101,18 o barril.
A procura por papéis brasileiros na Bolsa também decorreu da notícia de que o banco de investimentos Morgan Stanley elevou o peso recomendado para Brasil em sua carteira de ações emergentes para um "major overweight". E os fundos globais trataram de comprar papéis para se adequar à nova composição.
Vale, a outra blue chip do Ibovespa, repetiu o comportamento vigoroso da véspera e fechou com alta considerável, também repercutindo os ganhos dos metais no mercado internacional e acompanhando seus pares na Europa. As ON avançaram 2,55%, a R$ 42,66, e as PNA, 1,63%, a R$ 37,30. As siderúrgicas acompanharam e o destaque foi CSN ON, com alta de 6,38%.
As ações ordinárias BM&FBovespa lideraram os ganhos do Ibovespa ao subir 11,54%, para R$ 9,76. Na semana, no entanto, ainda acumula perdas, de 9,63%. O papel tem exibido volatilidade muito acentuada - ontem, caiu 5,71% e, no mês, já perdeu 21,54%. A alta de hoje, assim, foi uma correção.
Nos EUA, as bolsas fecharam em direções opostas. Dow Jones caiu 0,10%, aos 11.421,99 pontos, S&P subiu 0,21%, para 1.251,69 pontos, e o Nasdaq teve elevação de 0,14%, para 2.261,27 pontos. Sobre o Dow Jones, pesou a acentuada queda das ações da gigante de seguros AIG, embora as ações de matérias-primas e energia tenham subido, assim como o setor automotivo.
As preocupações com o banco de investimentos americano Lehman Brothers também continuaram, em meio aos rumores de que uma solução para a instituição está prestes a ser anunciada. O mais provável é que o banco seja vendido e um dos principais candidatos seria o Bank of America.

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