


O IBOV depois de abrir a semana em alta, encontrou resistência na sua
máxima semanal nos
69.556 pontos. Na terça, refluiu novamente no interior de seu
canal de queda de médio prazo, em
quatro pregões sucessivos de queda, acelerando o movimento corretivo, na sexta quando encontrou suporte na mínima da semana, nos
65.897 pontos, praticamente no fundo da
"bandeira" em que o Ibov vem se movimentando, há vários meses.
Reagiu a partir desse fundo até fechar a semana em
66.697 pontos, acumulando uma forte queda de
-3,52% em relação ao fechamento da última semana.
Em apenas duas semanas refluiu do topo do canal, nos
71.200 pontos, ao fundo desse canal nos
66 mil pontos, com perda de mais de
4 mil pontos.
Na última semana testou e perdeu no gráfico semanal, a LTA de médio prazo, nos
68.500 pontos, e na sexta-feira
"passou direto" pelos fortes suportes no patamar dos
67 mil pontos dando inclusive a impressão de querer buscar o patamar dos
65 mil pontos, em breve.
Foi uma semana recheada de ingredientes "bearishes" como a crise do Egito, o rebaixamento de um degrau, no "rating" dos títulos japoneses (tradicionais pela forma ortodoxa como regem sua economia), e sugerindo a possibilidade de que os próximos a serem rebaixados serão os títulos do governo americano, que após injetar "trilhões" de dólares em sua economia cambaleante, conseguiu modestos 3,2% de crescimento no PIB trimestral contra os 3,8% esperados pelo mercado.
Um crescimento pequeno do PIB americano não é suficiente para devolver ao Tesouro a fabulosa soma investida na recuperação do país, que a cada dia vê aumentar seu "deficit público".
No cenário doméstico, a ATA do COPOM revelou que o aumento de +0,50% na SELIC ( já esperados pelo mercado) não serão suficientes para conter a "inflação de demanda" e novo aperto monetário poderá ser sentido nas próximas reuniões (com aumento provável de +0,50%)
Esses ingredientes todos "aceleraram" o movimento corretivo e teremos muito provavelmente, nesta semana, uma semana decisiva para os rumos do Ibovespa, nesse restante de trimestre.
O IBOV formou provavelmente um
"pivô de queda" com o rompimento e perda do suporte da última "perna de alta" anterior nos
66.947 pontos. Esse pivô se concretizará com novo fechamento na próxima semana abaixo desse patamar, que poderá apontar para objetivos de queda em novo "canal de queda", com fundo nos
62 mil pontos.
Por outro lado, as fortes correções dos últimos pregões deixaram vários indicadores em região de "sobrevenda" sugerindo a possibilidade de um
"repique" nos preços dos principais ativos do Ibovespa.
As próximas resistências que o Ibovespa irá encontrar estão nos
66.947 pontos (fundo anterior) e nos
67.484 pontos da MMóvel de 50 períodos do gráfico semanal (que anteriormente operava como suporte) .
Acima desses obstáculos, as próximas resistências estarão nos
68 mil e nos 69 mil pontos, respectivamente.