sexta-feira, 25 de julho de 2008

Ibovespa cai 0,41% hoje e perde 4,65% na semana

por Claudia Violante da Agência Estado
25.07.2008 17h32
Pela quarta sessão seguida, e na contramão do mercado acionário de Nova York, a Bolsa de Valores de São Paulo terminou a sessão em baixa, com a disposição dos investidores estrangeiros em continuar a se desfazer dos principais papéis domésticos. Petrobras PN, a ação mais líquida, entretanto, fechou estável, visto que os preços já tinham atingido importante ponto técnico de compras. Vale, siderúrgicas e bancos, assim, foram os alvos preferidos de vendas.
O Ibovespa, principal índice da Bolsa paulista, terminou a sexta-feira com variação negativa de 0,41%, aos 57.199,1 pontos. Perdeu 4,65% na semana, 12,02% no mês e 10,47% no ano. Hoje, oscilou entre a mínima de 56.418 pontos (-1,77%) e a máxima de 57.711 pontos (+0,48%). O volume somou R$ 4,983 bilhões.
Em Nova York, o Dow Jones subiu 0,19%, o S&P avançou 0,42% e o Nasdaq ganhou 1,33%. Os indicadores econômicos conhecidos hoje, juntamente com a queda do petróleo, deram suporte às ações.
Os índices mostraram o fortalecimento das encomendas no setor de manufatura, melhora no sentimento dos consumidores e vendas de novas residências praticamente estáveis. Segundo a Universidade de Michigan, o sentimento do consumidor final subiu a 61,2 em julho, ante previsão de que o dado cairia a 53,6. As vendas de imóveis novos recuaram 0,6% em junho (contra expectativa de queda de 1,4%), e as encomendas de bens duráveis nos Estados Unidos aumentaram 0,8% em junho, após alta revisada de 0,1% em maio. Economistas esperavam queda de 0,5%. O petróleo recuou 1,78%, para US$ 123,26 por barril, na Bolsa Mercantil de Nova York.
A trégua que esses dados deram a Wall Street, no entanto, não serviu para a Bovespa - embora tenha limitado um pouco a queda doméstica. Embora os analistas considerem que o tombo do Ibovespa já está um pouco além da conta, os investidores estrangeiros continuam vendendo e ampliando ainda mais as perdas acumuladas.
Petrobras PN, uma das ações mais líquidas do índice e que costuma ter o maior giro individual, só safou-se de fechar em baixa no finalzinho da sessão - e justamente porque a queda já havia atingido o ponto técnico de R$ 33,60, chamando compras. Terminou estável, a R$ 34,50. As ON recuaram 0,38%.
Vale perdeu 0,53% na ação ON e 0,05% a PNA. O setor siderúrgico acompanhou, com Gerdau PN (-2,27%), Usiminas PNA (-3,84%) e CSN ON (-1,5%), e também o bancário, com Bradesco PN (-1,52%), Itaú PN (-2,43%), e Unibanco units (-0,25%). Os estrangeiros têm se desfeito de posições no Brasil por causa de aversão a risco ou para cobrir perdas em outros mercados.
A avaliação de que os balanços domésticos virão bons, no entanto, são um alento para aqueles que apostam na recuperação da Bolsa. Fausto Gouveia, da Alpes Corretora, considera que os números devem agradar e, com isso, atrair de volta os investidores estrangeiros e institucionais. Pessoas físicas e fundos ainda têm mantido suas posições neste mercado.

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