quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Com Petrobras e Vale, Ibovespa fecha em alta de 1,90%

por Claudia Violante da Agência Estado
06.08.2008 17h32

A queda do petróleo não impediu hoje que Petrobras brilhasse, ao lado de Vale, conduzindo a Bovespa ao segundo pregão consecutivo de elevação. Compras técnicas e notícias corporativas motivaram a alta, assim como as bolsas norte-americanas, que também subiram com o petróleo mais barato.
O Ibovespa, principal índice, terminou o pregão com variação positiva de 1,90%, aos 57.542,5 pontos. No melhor momento da sessão, atingiu 57.813 pontos (+2,38%) e, na mínima, operou estável, aos 56.473 pontos. Com o resultado de hoje, as perdas de agosto foram reduzidas a 3,30%. No ano, a Bovespa ainda acumula retração de 9,93%. O volume financeiro totalizou R$ 5,438 bilhões.
Maior giro individual do Ibovespa neste pregão, as ações PNA da Vale subiram 1,86%, diante da alta dos metais no exterior, da expectativa positiva com o balanço que sai ainda hoje e também com a notícia de que a mineradora anglo-suíça Xstrata aumentou sua participação na Lonmin - terceira maior produtora de platina do mundo. Segundo os analistas, ao elevar sua fatia na Lonmin, a Xstrata afugenta uma oferta da Vale, motivo de preocupação diante do maior endividamento da brasileira para fazer frente à aquisição. Assim, as ações avançaram. As ON terminaram o dia em alta de 1,37%.
Já a valorização da Petrobras foi motivada basicamente por compras técnicas, uma vez que os papéis caíram a preços muito atrativos depois do tombo das últimas semanas. As ações avançaram 2,67% as ON e 3,42% as PN.
O petróleo, hoje, não foi incentivo, pelo menos não para Petrobras. O barril recuou 0,50% e terminou em US$ 118,58 em Nova York. Este recuo, decorrente do aumento acima do previsto nos estoques de petróleo bruto, deu, no entanto, sustentação às bolsas norte-americanas e, por tabela, à Bovespa. O índice nova-iorquino Dow Jones subiu 0,35%, o S&P avançou 0,33% e o Nasdaq ganhou 1,21%.
O setor financeiro, no entanto, atuou como limitador de compras, com destaque para o balanço ruim da Freedie Mac. As ações da agência hipotecária tombaram, com o prejuízo de US$ 821 milhões no segundo trimestre, invertendo lucro de US$ 729 milhões no mesmo período do ano passado. Por outro lado, a seguradora de bônus Ambac, inesperadamente, registrou lucro no segundo trimestre e serviu de contraponto ao segmento financeiro nas Bolsas de Nova York.
Se os preços de matérias-primas (commodities) deixarem os investidores com ânimo para sustentar as compras, a agenda de amanhã é favorável para mais um dia de alta. Segundo um analista, os principais destaques, as reuniões dos bancos centrais da Inglaterra e da zona do euro para decidir suas taxas de juros, não devem trazer nada diferente do previsto, sem prejudicar, assim, os negócios com ações.
Outras ações
Votorantim Celulose e Papel PN liderou os ganhos do Ibovespa ao subir 8,98%, com a notícia de que vai comprar uma participação na Aracruz. Gerdau e Braskem, que anunciaram lucros hoje, avançaram 1,36% e 2,96%, respectivamente.

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