terça-feira, 18 de novembro de 2008

Bolsa fecha em baixa de 4,5% com Petrobras e Vale

por Agência ESTADO
18 de Novembro de 2008 18:43

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) operou durante toda a sessão de hoje no terreno negativo e fechou em baixa acentuada, de 4,5%, sem uma única - e boa - razão que explicasse a queda. As ações da Petrobras, Vale, siderúrgicas e bancos guiaram as vendas, sendo uma parcela importante conduzida por investidores estrangeiros. O volume financeiro seguiu fraco, como tem acontecido recentemente. Os mercados em Wall Street trabalharam em alta em boa parte do dia e ajudou a minimizar - muito ligeiramente - as perdas aqui. Porém, quando as Bolsas de Nova York inverteram o sinal para baixo, faltando cerca de uma hora para o fim dos negócios no mercado doméstico, o índice Bovespa renovou as mínimas do dia e chegou a ser negociada abaixo dos 34 mil pontos.

No fim, o Ibovespa fechou em baixa de 4,54%, a 34.094,66 pontos, depois de oscilar entre a mínima de 33.882 pontos (-5,14%) e a máxima de 35.698 pontos (-0,05%). No mês, a queda acumulada atinge 8,49% e, no ano, 46,63%. O giro financeiro segue fraco e totalizou R$ 3,207 bilhões.

Nos Estados Unidos, as bolsas operavam em alta, influenciadas pelo noticiário corporativo de empresas como HP, Home Depot e Yahoo!. Porém, o que levou à inversão do rumo em Nova York foi o indicador divulgado pela Associação Nacional das Construtoras (NAHB, na sigla em inglês). O índice de vendas de novas casas nos EUA caiu para 9 em novembro, um novo recorde. Em outubro, o nível recorde anterior, o indicador era de 14.

No Brasil, os investidores continuam pouco estimulados a irem às compras. E, para ajudar, os estrangeiros parecem estar animados a sair, afirmou o analista da Alpes Corretora Fausto Gouveia. Já para Raffi Dokuzian, superintendente na corretora Banif, Petrobras foi uma das principais motivadoras da queda de hoje, principalmente diante de um pregão de volume fraco.

Hoje, as ações da estatal vinham operando em queda, influenciadas pela baixa do petróleo no mercado externo. E as perdas foram ampliadas à tarde, depois que um gerente da empresa dizer que os planos de investimentos da estatal petrolífera podem ser adiados por causa da crise. As ações ordinárias (ON) da empresa recuaram 7,02% e as preferenciais (PN), 5,87%. Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), o contrato futuro do petróleo tipo WTI com vencimento em dezembro terminou em baixa de 1,02%, a US$ 54,39 o barril.

Outra ação de primeira linha (blue chip), da Vale, também fechou em baixa: ON cedeu 4,31% e PN classe A (PNA), -4,77%. As siderúrgicas acompanharam. Usiminas PNA recuou 1,34%, Gerdau PN, -5,8%, e CSN ON, -6,82%.

No setor financeiro, o noticiário de corte de pessoal - ontem, o Citigroup, no anúncio mais expressivo, disse que a redução seria de mais de 50 mil vagas - pesa sobre as ações, assim como as dificuldades financeiras das instituições. As ações PN do Bradesco fecharam em baixa de 7,37%; Itaú PN caiu 7,64%; Banco do Brasil ON recuou 4,96% e Nossa Caixa ON perdeu 2,39%.

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