quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Bovespa melhora com NY e encerra em alta de 3,08%

por Agência ESTADO
15 de Janeiro de 2009 19:15

O mercado acionário foi do inferno ao céu nesta quinta-feira, com uma volatilidade tão elevada que o índice variou 6 pontos porcentuais entre mínima e máxima. Nos piores momentos do dia, os temores com a desaceleração global, a economia norte-americana e a fragilidade do segmento financeiro levaram os investidores a venderem papéis. Ásia e Europa fecharam em baixa por conta disso.
Mas, no meio da tarde, as bolsas melhoraram com a expectativa de que o Senado norte-americano aprovasse, depois do fechamento das bolsas, autorização para o uso da segunda tranche da Programa de Alívio de Ativos Problemáticos (Tarp, na sigla em inglês), de US$ 350 bilhões para uma nova rodada de ajuda aos bancos . Também favoreceu a notícia, da Fox Business, de fontes, de que o Bank of America (BofA) vai receber US$ 15 bilhões em recursos da segunda tranche do mesmo Tarp, dinheiro que vai usar para acabar de pagar a compra do Merrill Lynch.
No finalzinho da tarde, a CNBC, sobre o mesmo assunto, informou que o governo dos EUA está discutindo uma garantia para ajudar o BofA absorver o Merrill Lynch, que incluiria dinheiro adicional do Tarp, num total entre US$ 100 bilhões e US$ 200 bilhões e seria similar a uma ajuda concedida pelo governo para o Citigroup.
Com isso, a Bovespa fechou em alta de 3,08%, aos 39.151,08 pontos. Na mínima, atingiu 36.806 pontos (-3,10%) e, na máxima, 39.197 pontos (+3,20%). No mês, acumula ganhos de 4,26%. O giro financeiro totalizou R$ 4,055 bilhões. Houve um atraso no leilão de fechamento e o after market, período noturno de negócios, teve pré-abertura às 19h05.
As notícias sobre os recursos do Tarp, verdadeiras ou não, motivaram os investidores, que já tinham se desfeito dos papéis ao longo da sessão, a irem às compras. As bolsas norte-americanas subiram. O índice Dow Jones fechou em alta de 0,15%; o S&P, de 0,13%; e o Nasdaq, de 1,49%.
Na Bolsa Mercantil de Nova York, o petróleo fechou em baixa de 5,04%, a US$ 35,40 por barril, mas longe das mínimas da sessão puxadas pelas notícias que reforçam o enfraquecimento da demanda global.
Na Bovespa, Petrobras PN teve o maior giro individual do pregão, com R$ 780 milhões. Fechou em alta de 3,29%, enquanto a ON avançou 3,43%. Vale ON teve ganhos de 2,61% e PNA, de 2,72%. Gerdau PN subiu 5%; Metalúrgica Gerdau PN, 4,59%; Usiminas PNA, 3,60%; CSN ON, 4,34%; Bradesco PN, 3,05%; Itaú PN, 1,81%; Unibanco Unit, 2,21%; BB ON, 6,31%.
As ações do BicBanco merecem registro, depois das notícias, desmentidas pela instituição, de que o Bradesco estaria negociando sua aquisição. Em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários, o BicBanco informou que "não existem negociações, propostas ou fatos quaisquer que configurem possíveis desdobramentos envolvendo a alienação da totalidade ou de parcela do capital do Banco por parte dos seus Controladores". Mesmo assim, as ações ON fecharam em forte alta, de 22,65%.

Nenhum comentário: