quarta-feira, 11 de março de 2009

Bolsas de NY fecham em alta, mas dúvidas persistem

por Agência ESTADO
11 de Março de 2009 18:48

O mercado de ações norte-americano finalmente conseguiu fechar em alta por dois dias seguidos desde o início de fevereiro, depois que o setor financeiro recebeu um impulso adicional dos comentários do executivo-chefe do banco JPMorgan, Jamie Dimon, expressando confiança na rentabilidade do banco e minimizando os temores de estatização.
Contudo, os céticos viram sinais de fraqueza na inconstância do mercado e, particularmente, do setor bancário. De fato, as ações alternaram altas e baixas durante boa parte da sessão, com os bancos ampliando e devolvendo os ganhos. As ações do Citigroup, por exemplo, fecharam a US$ 1,54, com uma alta de 6,21%, mas abaixo de sua máxima no dia, que foi de US$ 1,70.
O Goldman Sachs elevou sua recomendação de investimento para o Morgan Stanley e o US Bancorp de "neutro" para "comprar". As ações do Morgan Stanley fecharam em alta de 8,01%, enquanto as do US Bancorp avançaram 8,95%.
O setor de tecnologia também mostrou vigor durante a sessão, incluindo Apple (+4,57%), Dell (+2,51%), eBay (+4,96%) e Google (+3,16%). As ações da Hewlett-Packard dispararam 5,81% depois do UBS ter elevado sua recomendação para a companhia.
Entre as notícias do dia, a CNBC informou que Jamie Dimon disse em entrevista por telefone para a CNBC, que o banco foi lucrativo em janeiro e fevereiro. Dimon disse ainda que acha que nenhum banco americano deve ser nacionalizado. As ações do JPMorgan fecharam em alta de 4,62%.
Contudo, apesar de iguais garantias dadas de executivos do Citigroup e do Bank of America nos dias anteriores, os investidores ainda estão preocupados com o peso dos "ativos tóxicos" em seus balanços. "Até agora, temos visto a degradação dos valores de ativos e derivativos de moradia, mas você ainda tem a deterioração dos créditos corporativos e dos créditos de hipotecas comerciais", disse Daniel Alpert, fundador do banco de investimentos butique Westwood Capital.
No geral, os empréstimos para empresas e hipotecas levam mais tempo para entrar em default em comparação com os empréstimos para o consumidor, mas muito provavelmente estão caminhando para aquela direção, disse Alpert. Por exemplo, a taxa de ocupação e os preços nos hotéis recentemente começaram a "despencar", provavelmente deixando algumas redes de hotéis em situação apertada, disse. Os bancos vão sentir esse problema por causa da imensa exposição às hipotecas comerciais e bônus corporativos, acrescentou.
O índice Dow Jones subiu 3,91 pontos (0,06%) e fechou em 6.930,40 pontos - o índice ainda não fechou nenhum dia acima dos 7 mil pontos neste mês. O Nasdaq avançou 13,36 pontos (0,98%) e fechou em 1.371,64 pontos. O S&P-500 subiu 1,76 ponto (0,24%) e fechou em 721,36 pontos. As informações são da Dow Jones.

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