quarta-feira, 4 de março de 2009

Ibovespa fecha em alta de 5,31%, segunda maior do ano

por Agência ESTADO
04 de Março de 2009 18:33

A Bovespa registrou hoje a segunda maior alta porcentual do ano, empurrada pela China. A expectativa de que o gigante asiático anuncie novas medidas de estímulo econômico e um indicador positivo daquele país justificaram os ganhos por todo o planeta.
O Ibovespa, principal índice, terminou o pregão em elevação de 5,31%, aos 38.402,24 pontos (a maior alta do ano foi de 7,17% e aconteceu em 2 de janeiro). Na mínima, tocou os 36.468 pontos (estabilidade) e, na máxima, os 38.554 pontos (+5,72%). Com o resultado de hoje, o desempenho em 2009 voltou a ficar positivo, em 2,27%. No mês, a bolsa sobe 0,57%. O giro financeiro totalizou R$ 4,722 bilhões, com ingresso de recursos de investidores estrangeiros.
Os investidores esperam que o governo chinês anuncie novas medidas de estímulo econômico durante o Congresso Nacional do Povo, que começa amanhã. O primeiro-ministro da China, Wen Jiabao, deve fazer o anúncio às 9 horas locais (22 horas de hoje no Brasil), quando deve comunicar a elevação da cifra de cerca de US$ 585 bilhões (4 trilhões de yuans) do pacote de estímulo divulgado em novembro. Economistas acreditam que o número pode chegar a algo entre 8 trilhões e 10 trilhões de yuans.
Também agradou o indicador sobre a atividade manufatureira da China. O índice dos gerentes de compras (PMI) subiu para 49 em fevereiro, ante 45,3 em janeiro e, embora tenha permanecido abaixo de 50, o que sugere contração da atividade, ele aproxima-se do ponto de inversão na direção da atividade.
O efeito chinês foi sentido principalmente nas commodities (matérias-primas), que dispararam diante da expectativa de mais compras pela China, a terceira economia global. Por essa razão, o efeito da Bovespa foi forte, uma vez que a Bolsa doméstica é muito concentrada em papéis desta natureza.
Vale comandou os ganhos, embora as ordens de compras tenham sido generalizadas. Vale ON fechou em alta de 10,14% e PNA, de 9,69%. Petrobras ON subiu 6,59% e PN, 6,33%. Em Nova York, o petróleo subiu 8,96% e fechou cotado a US$ 45,38 o barril.
As ações dos bancos também subiram, ainda ajudadas pela medida anunciada pelo Banco Central de estender às instituições financeiras o acesso aos dólares das reservas internacionais para quitar dívidas com suas próprias subsidiárias no exterior.

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