segunda-feira, 9 de março de 2009

Ibovespa perde 0,98% em seu 3º dia seguido de queda

por Claudia Violante de Agência ESTADO
09 de Março de 2009 17:42

São Paulo - Pela terceira sessão seguida, a Bovespa terminou o pregão em queda, na esteira das bolsas internacionais, que seguem reagindo ao noticiário da crise financeira. As ações da Petrobras, no entanto, acompanharam os ganhos do petróleo e impediram uma perda maior no principal índice da Bolsa brasileira.
O Ibovespa fechou em baixa de 0,98%, aos 36.741,35 pontos. Nas três sessões de queda seguidas, recuou 4,32%. No mês, recua 3,78% e, no ano, 2,15%. Durante a sessão, atingiu a mínima de 36.392 pontos (-1,92%) e, na máxima, 37.464 pontos (+0,97%). O giro financeiro totalizou R$ 2,754 bilhões, 30,6% abaixo da média do mês de março (R$ 3,967 bilhões). Do total, R$ 687,3 bilhões foram negociados por Petrobras PN, os papéis mais líquidos.
Na abertura, as ações da estatal recuaram, em reação ao balanço do quarto trimestre divulgado na última sexta-feira. Apesar do aumento do lucro, os investidores não gostaram da geração de caixa, medida pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortizações, na sigla em inglês), que ficou 20% inferior ao verificado no quarto trimestre de 2007 em função do aumento de custos.
Mas o balanço teve impacto nos papéis da empresa na abertura. Depois, os estrangeiros fizeram compras pontuais, acompanhando os ganhos do petróleo. Petrobras ON subiu 0,25% e PN, 0,12%. Na Bolsa Mercantil de Nova York, o petróleo terminou a sessão em alta de 3,41%, a US$ 47,07 o barril. A expectativa de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) corte novamente a produção na reunião do dia 15 de março, em Viena, ajudou a pressionar as cotações.
A Petrobras lucrou R$ 7,355 bilhões nos últimos três meses de 2008, 46% a mais do que no mesmo intervalo de 2007, mas abaixo do previsto por analistas (R$ 7,678 bilhões, na média). Por causa do balanço, o JPMorgan Chase rebaixou a recomendação para as ações ordinárias da estatal de "overweight" (acima da média) para "neutra", mas manteve a recomendação "overweight" para a ação PN.
Vale ON recuou 2,30% e PNA, 3,01%, embaladas pela queda dos metais no mercado externo. As siderúrgicas acompanharam e fecharam em bloco no vermelho.
No geral, a Bovespa também continuou a acompanhar as bolsas internacionais. Em Wall Street, a sessão foi bastante volátil, sendo que as ações de energia foram destaque positivo, embora tenham perdido parte do vigor após o encerramento dos negócios com contratos de petróleo.
Do lado negativo, lideraram as perdas as ações de telecomunicações, serviços públicos, bens de consumo e tecnologia, pressionadas pela persistente preocupação relacionada à perspectiva econômica. O índice Dow Jones terminou a sessão em queda de 1,21%. Também pesaram sobre as ações as estimativas do Banco Mundial de que o Produto Interno Bruto (PIB) global vai cair neste ano pela primeira vez desde a Segunda Guerra Mundial.

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