terça-feira, 14 de abril de 2009

Bolsa fecha em baixa de 1,25% com realização de lucro

por Agência ESTADO
14 de Abril de 2009 17:40

Os investidores aproveitaram os dados piores do que o esperado das vendas no varejo nos Estados Unidos para realizarem lucros. Lá e cá. A Bovespa, no entanto, ainda mostrou resistência no início do pregão, quando chegou a subir 1,30%. Mas as perdas em Wall Street pesaram e os investidores concluíram que era hora de embolsar uma parte dos lucros.
O Ibovespa terminou com queda de 1,25%, aos 45.418,18 pontos. Na mínima, registrou 45.284 pontos (-1,54%) e, na máxima, 46.591 pontos (+1,30%). No mês, acumula ganhos de 10,98% e, no ano, de 20,95%. O giro financeiro totalizou R$ 5,354 bilhões.
A Bolsa doméstica mostrou resistência em vários momentos do pregão, amparada pelo desempenho de Vale. As ações da mineradora subiram em boa parte do dia ainda estimuladas pelas notícias de reaquecimento da atividade na China e por causa da alta dos metais básicos no exterior. No final, com o peso de Wall Street, as ações PNA terminaram em queda de 0,26%. A ON conseguiu manter o sinal azul e avançou 0,08%.
As siderúrgicas também não sustentaram os ganhos até o final e recuaram. Exceção para Gerdau. Em relatório, o UBS Pactual traçou um cenário atual mais positivo para a empresa que para outras siderúrgicas porque a companhia está bem posicionada no segmento de aço longo, cujo mercado deve ser estimulado pelos gastos em infraestrutura. A Gerdau é a maior fabricante de aço longo das Américas. Gerdau PN subiu 1,12% e Metalúrgica Gerdau PN, 1,71%.
Hoje, o Instituto Brasileiro de Siderurgia (IBS) anunciou que a produção de aço bruto caiu 41,5% em março ante o mesmo mês de 2008, para 1,731 milhão de toneladas. Usiminas PNA recuou 2,22% e CSN ON, 0,88%.
Os bancos domésticos acabaram fechando em baixa, acompanhando o desempenho do setor nos Estados Unidos. O lucro melhor do que o esperado anunciado ontem pelo Goldman Sachs não ecoou nos negócios hoje. Os investidores acabaram vendendo ações do banco por causa do plano para levantar US$ 5 bilhões com a venda de novas ações ordinárias, que a instituição pretende usar para amortizar os US$ 10 bilhões que tomou emprestado do governo. Segundo operadores, o plano irá diluir o valor das ações dos atuais acionistas.
Os índices acionários norte-americanos também recuaram por causa dos dados de vendas no varejo. Ao invés de subir 0,3%, como era previsto, o indicador recuou 1,1%. Também mostrou queda maior do que o previsto o índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês), que recuou 1,2% na comparação de março com fevereiro. O índice de ações Dow Jones terminou o dia em queda de 1,71%. JPMorgan caiu 8,90% e American Express, 9,92%. Os papéis do Goldman recuaram 11,56%.
No Brasil, as ações da Petrobras seguiram o comportamento do petróleo no exterior. A ON recuou 0,82% e a PN, 0,94%. O contrato de petróleo com vencimento em maio terminou em baixa de 1,28%, aos US$ 49,41. Hoje, o Departamento de Energia dos EUA previu que a demanda por petróleo nos EUA no segundo trimestre de 2009 vai cair 4% em relação a igual período do ano anterior, uma vez que a recessão econômica abate a procura pela commodity (matéria-prima).
Amanhã, o pregão doméstico pode ser mais volátil, por causa do vencimento de opções sobre Ibovespa, bem como de contratos de Ibovespa futuro.

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