quinta-feira, 16 de abril de 2009

Bolsa sobe 1,66% em dia de noticiário corporativo rico

Bolsa sobe 1,66% em dia de noticiário corporativo rico
16 de Abril de 2009 17:48

A Bolsa de Valores de São Paulo subiu hoje, conduzida pelo desempenho positivo dos bancos, siderúrgicas e varejistas. Frigoríficos também foram destaque, com a confirmação, no final da tarde, de que o governo vai criar uma linha de financiamento para o setor. Vale e Petrobras também fecharam no azul, mas tiveram um desempenho "morno", na avaliação de alguns especialistas - embora tenham concentrado o volume financeiro. Na segunda-feira, acontece o vencimento de opções sobre ações, em que os principais papéis em negociação são justamente das duas companhias.
O Ibovespa, principal índice, fechou em alta de 1,66%, aos 46.024,78 pontos. Na mínima, atingiu os 45.277 pontos (+0,01%) e, na máxima, os 46.211 pontos (+2,07%). No mês, a bolsa acumula ganhos de 12,46% e, no ano, de 22,57%. O giro financeiro totalizou R$ 5,030 bilhões.
A Bovespa acompanhou o desempenho das bolsas norte-americanas. Em Nova York, o índice Dow Jones terminou a sessão em elevação de 1,19%, o S&P avançou 1,55% e o Nasdaq subiu 2,68%. Os ganhos foram influenciados pelo balanço melhor do que o esperado do banco JPMorgan, embora a queda no número de novas obras residenciais nos EUA mostre que ainda há motivos para preocupação e possa ter limitado o entusiasmo nas compras.
No Brasil, Vale e Petrobras acabaram ofuscadas em meio a um noticiário rico de informações para o setor corporativo de um modo geral. Os investidores entraram numa "briga" pelo vencimento de opções sobre ações na próxima segunda-feira, com uma parcela dos investidores tentanto puxar os preços dos papéis das duas empresas para cima e outra parcela, para baixo. Vale PNA terminou em alta de 0,77%, Vale ON, em +0,65%, Petrobras ON, em +0,53% e Petrobras PN, em +0,07%.
Além disso, o preço do petróleo subiu hoje no exterior, mas as ações da Petrobras ainda estão sentindo o peso das informações sobre o provável reajuste do diesel. O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, confirmou hoje que o preço deste combustível deve ser reduzido num prazo de três a quatro meses.
Vale contou com um dia rico de notícias em seu segmento, a mais relevante delas sendo o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) chinês, que subiu 6,1% no primeiro trimestre do ano. Apesar de robusto - e de ter vindo em linha com as estimativas dos analistas - foi o pior desempenho em quase 20 anos.
As siderúrgicas tiveram bom desempenho, na esteira dos pacotes anunciados pelo governo recentemente. Além do Impostos sobre Produtos Industrializados (IPI) menor para veículos, que vale até 30 de junho, e do programa Minha Casa, Minha Vida, que deve impulsionar a venda de aço para a construção civil, a expectativa de que a linha branca também seja desonerada do IPI é um fator adicional a favorecer a compra de papéis. As ações da Usiminas, neste caso, foram as maiores beneficiadas, já que a empresa é importante fornecedora de aço para esse segmento. Usiminas PNA avançou 6,39% e foi a segunda maior alta do Ibovespa, seguida por Usiminas ON (+6,32%). Gerdau PN subiu 2,13%, Metalúrgica Gerdau PN, 1,52%, e CSN ON, 2,42%.
No setor bancário, as ações repercutiram o desempenho do setor nos Estados Unidos. Bradesco PN fechou com alta de 2,93%, Itaú Unibanco PN, de 2,89% e BB PN, de 4,86%.
O setor varejista também contou com bom desempenho hoje, graças ao desempenho das vendas divulgado pelo IBGE. Houve avanço de 1,5% nas vendas do setor em fevereiro ante janeiro - acima da previsão de analistas, de 1,10% - e de 3,8% na comparação com fevereiro do ano passado. Lojas Renner ON avançou 5,93% e Pão de Açúcar PN, +5,99%. Lojas Americanas PN subiu 2,19%.
JBS Friboi ON registrou ganho acentuado, de 7,45%, a maior alta do Ibovespa. Marfrig, que não faz parte da carteira teórica do Ibovespa, disparou 8,35%. O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou hoje a criação de uma linha de crédito para a agricultura no valor de R$ 10 bilhões, montante que privilegiará o setor de frigoríficos.
BM&FBovespa ON avançou 5,82%, na esteira da confirmação, pelo presidente Lula, de que o governo estuda alterações nas regras das cadernetas de poupança, por causa da queda da taxa Selic.

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