quinta-feira, 14 de maio de 2009

Bolsas de NY fecham em alta com bancos e tecnologia

por Agência ESTADO
14 de Maio de 2009 19:15

O recente declínio das ações de empresas financeiras e de tecnologia foi interrompido nesta quinta-feira quando grandes bancos, como JPMorgan e Citigroup, e fabricantes de chips, como Intel, puxaram uma recuperação dos dois setores e do mercado em geral.
Os resultados do Wal-Mart, embora possam não ter ajudado a gigante varejista, que fechou em baixa de US$ 0,93, ou 1,9%, em US$ 49,10, certamente ajudaram a maioria das outras ações do setor de consumo. Os dados de pedidos de auxílio-desemprego e inflação ao produtor nos EUA foram piores do que o esperado e inicialmente pressionaram o setor de consumo, mas os investidores foram encorajados pelos resultados surpreendentemente estáveis das grandes varejistas. O Wal-Mart disse que seu lucro líquido no primeiro trimestre fiscal manteve-se estável, refletindo pequena queda nas receitas em consequência do fortalecimento do dólar, que enfraqueceu os resultados da companhia no exterior.
"Não é possível que toda esta confusão esteja superada num trimestre, mas a mentalidade de 'não perca meu dinheiro' mudou recentemente para 'é melhor você aproveitar a alta'", disse Dick Del Bello, sócio da corretora Conifer Securities.
O índice Dow Jones fechou em alta de 46,43 pontos, ou 0,56%, em 8.331,32 pontos, ajudado por um ganho de US$ 1,49, ou 4,4%, para US$ 35,54, do seu integrante JPMorgan. Citigroup, também componente do Dow Jones, fechou em alta de US$ 0,14, ou 4,1%, em US$ 3,55.
No setor financeiro, uma onda de captação de capital desencadeou vendas de ações do setor no início da semana. O Bespoke Investment Group destacou que, apesar das vendas, o risco de default nos bancos apresentou seu maior declínio em meses. O grupo disse que esta melhora nos spreads dos swaps de default de crédito (CDS, na sigla em inglês) mostrou que alguns investidores veem a crise de crédito e a captação de capital como coisas do passado, o que ficaria reforçado pelo repique de hoje dos papéis.
As seguradores também ficaram entre os avanços, com Hartford Financial fechando em alta de 17%, em US$ 14,75. No entanto, nem todos apostaram no setor bancário nesta quinta-feira. Veteranos do mercado continuam achando que mais baixas contábeis são prováveis em várias grandes financeiras e que, como as perdas de emprego continuam, também se espera um maior enfraquecimento no setor de moradia.
"É difícil dizer que os papéis de bancos estejam subvalorizados numa base de longo prazo", disse Ben Halliburton, chefe de investimentos da Tradition Capital Management. "As baixas contábeis em empréstimos ligados a cartão de crédito e imóveis comerciais continuarão e muitos precisarão de ainda mais capital."
O índice Standard & Poor´s 500 fechou em alta de 9,15 pontos, ou 1,04%, em 893,07 pontos, encerrando uma sequência de três pregões de queda. O Nasdaq, carregado em tecnologia, superou tanto o Dow quanto o S&P, ganhando 25,02 pontos, ou 1,5%, e fechando em 1.689,21 pontos.
Os fabricantes de chips deram impulso ao setor de tecnologia, com Intel (Nasdaq) subindo US$ 0,41, ou 2,7%, para 15,54 pontos, um dia depois de a União Europeia ter aplicado uma multa de US$ 1,44 bilhão à companhia. As firmas de tecnologia orientadas para o consumidores se mostraram particularmente fortes, com Apple (Nasdaq) subindo 2,9% para US$ 122,95.
No setor bancário, Wells Fargo ganhou 6,2%, fechando em US$ 25,69, depois que a Moody´s elevou o rating das preferenciais da empresa, afirmando que a ameaça de um corte no dividendo diminuiu depois da venda de US$ 8,6 bilhões em ações pelo banco.
Entre as montadoras, General Motors fechou em baixa de 5%, em US$ 1,15. O executivo-chefe, Fritz Henderson, disse à Bloomberg que uma concordata agora é "provável". A empresa enfrenta o prazo de 1º de junho para cortar custos e dívida a fim de evitar a concordata. As informações são da Dow Jones.

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