quinta-feira, 7 de maio de 2009

Bovespa segue NY e tem a primeira queda em maio

por Agência ESTADO
07 de Maio de 2009 17:40

Balanços ruins e a inversão para baixo das Bolsas norte-americanas levaram a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) a interromper um ciclo de cinco altas seguidas. Como os ganhos superaram 12% nesses últimos pregões, a correção hoje também não foi modesta. Com o peso sobretudo de Vale, Gerdau e bancos, o índice Bovespa (Ibovespa) chegou a cair abaixo de 50 mil pontos, mas conseguiu garantir esse patamar no fechamento.
O Ibovespa terminou a quinta-feira com recuo de 2,80%, aos 50.058,06 pontos. Na mínima do dia, tocou os 49.743 pontos (-3,41%) e, na máxima, os 52.079 pontos (+1,12%). No mês, acumula alta de 5,86% e, no ano, alta de 33,31%. O giro financeiro totalizou R$ 5,769 bilhões (dado preliminar).
Na Bovespa, assim como em Nova York, os índices acionários abriram o dia em alta, mas mudaram de rumo ainda pela manhã. No exterior, embora os indicadores econômicos tenham vindo melhores do que as previsões, as Bolsas viraram para baixo influenciadas pela queda do setor de tecnologia, já que o balanço da Cisco Systems desagradou. O setor financeiro também pesou, com os investidores à espera do resultado dos testes de estresse dos bancos ao final do expediente no mercado.
O Dow Jones terminou o dia em queda de 1,20%, aos 8.409,85 pontos, S&P caiu 1,32%, aos 907,39 pontos, e Nasdaq, de 2,44%, a 1.716,24 pontos. Bank of America (BofA) avançou 6,46%, mas Citigroup perdeu 1,30%, JPMorgan terminou com recuo de 5,32% e American Express, de 4,31%. As ações da GM perderam 3,61%. A montadora anunciou prejuízo líquido de US$ 6 bilhões no primeiro trimestre.
No Brasil, Vale, siderúrgicas - destaque para Gerdau - e bancos estiveram à frente das ordens de vendas, que contaram com a atuação dos estrangeiros. Petrobras também acabou virando para baixo, depois de uma abertura positiva, mas seu recuo foi limitado pela alta do petróleo. Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), o contrato de petróleo com vencimento em junho terminou em US$ 56,71 por barril, com variação positiva de 0,66%.
A ação ordinária (ON) da Petrobras perdeu hoje 1,92%, e a preferencial (PN), -1,75%. Em entrevista à Agência Estado, o diretor financeiro da Petrobras, Almir Barbassa, disse apostar na capitalização da empresa por meio de reservas atualmente nas mãos do governo como uma forma de viabilizar a exploração de petróleo do pré-sal, sem promover uma alavancagem da estatal superior à meta de 35%.
Vale ON caiu 3,75% e PNA, -3,23%. Ontem à noite, a mineradora anunciou seu balanço do primeiro trimestre, no qual revelou queda de 32,5% no lucro líquido, para US$ 1,363 bilhão, pelo padrão contábil dos EUA.
Gerdau PN recuou 4,99%. A empresa teve queda de 96,7% no lucro líquido do primeiro trimestre, para R$ 34,999 milhões, em relação a igual período do ano passado. Metalúrgica Gerdau PN terminou em -5,07%, CSN ON, em -2,83%, e Usiminas PNA, -1,94%.
Nos bancos, o destaque de baixa ficou com o Itaú Unibanco, que recuou 7,57% na ação PN e 4,55% na ON. A queda foi bancada pela volta dos rumores de que o Bank of America poderia se desfazer das ações que detêm no banco brasileiro. Bradesco PN perdeu 4,37% e BB ON, 5,03%.

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