terça-feira, 23 de junho de 2009

Em sessão volátil, Ibovespa fecha em alta de 0,64%

por Claudia Violante de Agência ESTADO
23 de Junho de 2009 17:41

São Paulo - As perdas exageradas da segunda-feira foram substituídas por um pregão de muita volatilidade na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), sobretudo no período da manhã. À tarde, a alta das commodities metálicas e do petróleo, ignorada na primeira parte do dia, acabou se refletindo nas blue chips. Petrobras e Vale, mais as siderúrgicas, que subiram com bem mais força, garantiram alta ao índice Bovespa, mas insuficiente para recolocá-la de volta na casa dos 50 mil pontos.

O principal índice à vista da Bolsa brasileira terminou com ganho de 0,64%, aos 49.813,58 pontos. Na mínima do dia, registrou 49.130 pontos (-0,74%) e, na máxima, os 49.902 pontos (+0,82%). No mês, a perda acumulada é de 6,36%, mas no ano o ganho chega a 32,66%. O giro financeiro totalizou R$ 6,988 bilhões, dos quais R$ 2,564 bilhões da Oferta Pública de Aquisição (OPA) das ações ordinárias da Brasil Telecom Participações e da Brasil Telecom operadora. Os dados são preliminares.

Hoje, apesar dos indicadores ligeiramente mais fracos do que as projeções no exterior, o mercado também não mostrou muito entusiasmo em Wall Street. As Bolsas de Nova York fecharam sem direção definida, não muito longe da estabilidade. Os investidores aguardam a reunião do Comitê de Mercado Aberto (Fomc) do banco central americano amanhã, quando sairá a decisão de política monetária. É fato que ninguém espera que o Fed vá mudar a taxa de juros, que hoje orbita ao redor de zero, nem que altere o programa de compras de títulos do Tesouro dos EUA. Mas a expectativa perene é de que a autoridade monetária dê sinais do que pretende fazer no seu comunicado. À espera do encontro do Fomc, o Dow Jones terminou em queda de 0,19%, aos 8.322,91 pontos. S&P avançou 0,23%, aos 895,10 pontos, e Nasdaq teve baixa de 0,07%, aos 1.764,92 pontos. Bancos e petrolíferas subiram, mas a Boeing teve forte queda depois que anunciou o novo adiamento do voo de estreia do avião 787 Dreamliner.

Dentre os indicadores que pautaram os negócios nesta sessão, as vendas de imóveis usados nos EUA subiram 2,4% em maio, no segundo mês consecutivo de alta. O resultado, no entanto, foi inferior ao estimado pelos analistas (+2,6%). Já o índice de atividade industrial do Federal Reserve Bank de Richmond subiu de 4 em maio para 6 em junho, ao passo que o índice de embarques caiu de 9 para 2. Um número acima de zero indica expansão da atividade.

No Brasil, as siderúrgicas foram destaques de elevação: Gerdau PN subiu 3,88%, Metalúrgica Gerdau PN, 3,98%, Usiminas PNA, 2,11%, CSN ON, 2,64%. Por outro lado, o setor financeiro foi destaque de queda, por causa, segundo operadores, da decisão judicial que poderia elevar o pagamento, entre 80% e 90%, do PIS e da Cofins atualmente recolhidos pelos bancos, na esteira da possível reclassificação da receita operacional bruta dessas instituições. Bradesco PN perdeu 2,46% e Itaú Unibanco PN, 2,07%. Banco do Brasil, no entanto, fechou em elevação, após a notícia de que a instituição suspendeu as negociações para compra do controle do Banco do Estado do Espírito Santo (Banestes). BB ON fechou em alta de 0,10% e Banestes ON perdeu 24,78%.

Depois de alguma incerteza, as blue chips acompanharam a alta dos metais e do petróleo e fecharam em elevação. Petrobras ON teve ganho de 1,36% e PN, de 1,75%, Vale ON de 0,81% e PNA, de 0,87%.

Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), o contrato do petróleo com vencimento em agosto terminou com avanço de 2,58%, para US$ 69,24 o barril. A reação nos preços ocorreu após o presidente da Opep, Jose Maria Botelho de Vasconcelos, declarar que gostaria de ver os preços a US$ 80 por barril.

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