sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Bolsa cai após 5 altas seguidas; na semana, subiu 3%

por Agência ESTADO
11 de Setembro de 2009 17:53

Depois de ter subido 5,68% em cinco sessões consecutivas, a Bolsa de Valores de São Paulo passou hoje por uma realização de lucros. Mas ela foi tão fraca que o principal índice do mercado doméstico, o Ibovespa, se manteve irredutível no patamar de 58 mil pontos reconquistado ontem. Uma safra de bons indicadores ao redor do mundo favorecia a manutenção das compras de ações, mas a indefinição sobre qual o rumo que o mercado seguirá e os ganhos recentes puxaram as ordens de vendas.

O Ibovespa terminou a sexta-feira com baixa de 0,29%, aos 58.366,38 pontos, diminuindo os ganhos da semana para 3,02%. Em setembro, acumula elevação de 3,33% e, no ano, de 55,44%. Na mínima do dia, hoje, registrou 58.145 pontos (-0,67%) e, na máxima, 58.834 pontos (+0,51%). O giro financeiro totalizou R$ 4,057 bilhões, o menor do mês até agora. Os dados são preliminares.

As bolsas asiáticas e europeias fecharam em alta, influenciadas pelos indicadores positivos conhecidos principalmente na China. O governo de Pequim anunciou produção industrial e empréstimos mais fortes do que o esperado em agosto, reforçando o sinal positivo dado pelas declarações do premiê Wen Jiabao de que irá manter a política econômica.

Já nos EUA, os dados do sentimento ao consumidor da Universidade de Michigan e de estoques no atacado foram bons, mas os investidores não deram muita atenção, já que os cinco dias de ganhos pressionaram por um ajuste nas carteiras. A opção foi pela cautela depois que as Bolsas registraram os maiores níveis em quase um ano.

O Dow Jones recuou 0,23% no dia, aos 9.605,41 pontos, acumulando alta de 1,74% na semana. O S&P 500 caiu 0,14%, aos 1.042,73 pontos (alta de 2,59% na semana) e o Nasdaq perdeu 0,15%, aos 2.080,90 pontos (ganho de 3,07% na semana).

No Brasil, a realização de lucros teve grande influência das blue chips e alguns papéis do setor siderúrgico. A queda das commodities metálicas e do petróleo impulsionou as vendas destes papéis. "Os dados da China foram bons, mas ontem à tarde o mercado já tinha adiantado uma parte deles", comentou o analista da SLW Pedro Galdi.

Segundo ele, o volume comedido da sessão mostra que os investidores estão à espera da definição de um rumo para a Bolsa. Embora seja majoritária a avaliação de que é preciso uma correção dos ativos, o mercado de ações local tem encontrado dificuldades de ir adiante principalmente por causa dos indicadores favoráveis.

Além dos números da China e EUA, hoje o mercado doméstico também foi brindado com um número favorável do PIB brasileiro no segundo trimestre - alta de 1,9% ante o primeiro trimestre, encerrando a recessão técnica. O dado superou a mediana das previsões do mercado, de 1,8%.

Vale ON terminou em baixa de 1,16% e Vale PNA, de 0,73%. Petrobras ON caiu 1,05% e Petrobras, PN, 0,60%. Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), o contrato futuro do petróleo para outubro recuou 3,68%, para US$ 69,29 o barril. No setor siderúrgico, Gerdau PN subiu 0,74% e CSN ON, 0,52%. Metalúrgica Gerdau, PN recuou 0,55% e Usiminas PNA, 0,88%.

Na próxima semana, a agenda será relativamente tranquila, sem grandes indicadores com força para mexer nos negócios. Assim, a tendência deve ser conduzida pelo noticiário diário

Nenhum comentário: