terça-feira, 24 de novembro de 2009

Bovespa sobe no final e fecha acima dos 67 mil pontos; dólar tem alta

por IG Economia
24/11 - 18:23

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) “virou” na última hora de pregão e fechou esta terça-feira em patamares positivos, descolando do pessimismo internacional provocado pelo crescimento menor da economia norte-americana no terceiro trimestre. O índice Ibovespa – a principal referência da bolsa paulista – encerrou em alta de 0,76%, aos 67.317 pontos. O giro financeiro foi de R$ 5,445 bilhões.

Durante a maior parte do dia, o Ibovespa operou em território negativo, por conta da divulgação do Departamento de Comércio norte-americano que apontou que o PIB dos Estados Unidos cresceu 2,8% no terceiro trimestre, abaixo da prévia anterior.

O crescimento menor da economia americana fez com que os mercados caíssem mundo afora. Entretanto, após a divulgação da ata da reunião de novembro do Federal Reserve (FED), o banco central dos Estados Unidos, o mercado reduziu as perdas.

O índice Dow Jones recuava 0,02% e o Nasdaq baixava 0,23%. Já as ações europeias fecharam em queda nesta terça-feira. O índice FTSEurofirst 300, que mede a oscilação dos principais papeis do continente, recuou 0,67%, 1.016 pontos.

Segundo o documento do Fed, as autoridades acreditam que a recuperação econômica continuará nos próximos meses e elevaram as projeções de crescimento do PIB dos EUA para 2010, mas ainda não chegaram a um consenso sobre se este é o momento para vender ativos como Treasuries e títulos lastreados a hipotecas adquiridos nos últimos meses.

Dólar

No mercado cambial, o dólar encerrou o pregão desta terça-feira em alta. A moeda norte-americana fechou cotada a R$ 1,735 para venda, em valorização de 0,34% frente ao real. A piora no ambiente internacional provocou a alta do dólar, em mais uma sessão de volume inferior à média e cautela de investidores com possíveis medidas do governo contra a tendência de valorização do real.

Segundo Mario Battistel, gerente de câmbio da Fair Corretora, o mercado ainda aguarda os efeitos no longo prazo das medidas tomadas pelo governo para tentar frear a valorização do real, como a extensão da cobrança de IOF sobre recibos de ações brasileiras negociadas no exterior.

Investidores também se precaveem quanto a outras medidas. Enquanto continuar a incerteza, "o dólar deve ficar andando 'de lado'", disse Battistel.

Embora o consenso seja de que as condições são favoráveis à queda do dólar, o mercado vê o patamar de R$ 1,70 como sensível ao governo.

Agenda

Hoje, o Departamento de Comércio norte-americano divulgou que o PIB dos Estados Unidos cresceu 2,8% no terceiro trimestre. O resultado veio abaixo dos 3,5% divulgados na primeira medição. O indicador ainda passará por uma nova prévia, a ser divulgada em dezembro.

No Brasil, o destaque ficou com a sabatina do economista Aldo Mendes, que foi aprovado pela Comissão de Assuntos Econômicos do Senado para substituir Mário Torós na diretoria de Política Monetária do Banco Central.

O Banco Central (BC) também divulgou que houve déficit de US$ 2,911 bilhões na conta corrente do balanço de pagamentos do País com o exterior, em outubro. O resultado foi diretamente influenciado pela conta de serviços e rendas, que registrou saída líquida de US$ 4,456 bilhões.

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