segunda-feira, 24 de março de 2008

VALE 5...após 24/03...recuperou o suporte dos 46,00...


Impulsionada pelo bom humor dos mercados futuros, VALE5 abriu em alta, acima da resistência dos 44,50 pontos e já na segunda hora de pregão rompia a forte resistência dos 46,00 pontos (alta de mais de 4,0%)e acima dos 46 se manteve, até atingir a máxima intraday nos 46,85 "sintonizada" com os mercados americanos, já no final da primeira metade do pregão. A partir daí "contaminada" pela realização intraday que se verificou em todos os mercados, sucumbiu parcialmente à força vendedora, porém fechou ainda acima desse suporte, nos 46,13. Suportes imediatos em 45,90; 45,45 e 44,50 (sobre a recente LTA). Resistências em 46,85; 47,10; 47,70 e 48,60.

IBOVESPA..após 24/03...depois de superar os 61 mil pontos...devolveu pelo nítido equilíbrio de forças...


Acompanhando os mercados futuros e "sintonizada" com Dow Jones, o Ibovespa abriu em alta nos 59 mil pontos e já na primeira hora de pregão recuperava o importante suporte dos 60 mil pontos.Até a primeira metade do pregão acompanhando o bom "humor" dos mercados americanos rompeu os 61 mil pontos atingindo a máxima intraday nos 61.080 pontos. A partir daí, em "sintonia fina" com Dow Jones devolveu mais da metade do ganho conseguido, retornando à casa dos 60 mil pontos e fechando praticamente em cima dessa resistência nos 59.810 pontos. Resistências nos 60 mil, 60.200, 61.080 e 61.500 pontos (sobre a LTB recente). Suportes imediatos em 59.700, 58.900 (sobre a recente LTA) e 58.120 pontos.

DOW JONES...após 24/03...apesar da alta verificada...visível equilíbrio de forças...


Impulsionada pela melhora das ações do setor financeiro e pela leve recuperação do mercado imobiliário, Dow Jones abriu o pregão em forte alta, rompendo a casa dos 12.500 pontos e já na primeira hora de pregão conseguiu também romper a resistência dos 12.580 pontos. Após atingir a máxima intraday nos 12620 pontos, já na 2a metade do pregão, com predomínio da força vendedora, perdeu o importante suporte dos 12570 pontos e finalizou próximo aos 12550 pontos. Suportes imediatos em 12.495 e 12.360(suporte na LTA) e 12.200 pontos. Resistências em 12.570, 12.620 e 12.750 pontos.

Vale: produção de minério será 50% maior em 2012

Vale: produção de minério será 50% maior em 2012
24.03.2008 11h59

Por Adriana Chiarini da Agência Estado

O diretor-executivo de Finanças da Vale, Fábio Barbosa, disse hoje que na visão da companhia, mesmo com a crise financeira internacional, considerada de curto prazo, "o mundo vai continuar fundamentalmente benigno". O executivo afirmou que em 2012 a produção da empresa de minério de ferro será 50% maior que em 2007 e as produções de cobre e nível serão dobradas no mesmo período.
Barbosa listou alguns desafios para a oferta de metais e minérios, entre os quais a demora na liberação de licenças ambientais e ressaltou que esta não é uma dificuldade exclusiva do Brasil. "O resultado concreto é a ameaça de inflação global", afirmou.
Ele comentou que a China ainda não atingiu a metade do padrão de consumo de metais que os Estados Unidos e a Inglaterra tinham nos anos 70. "Se a Índia acelerar seu crescimento teremos um problema gravíssimo de oferta", disse. O executivo vê fundamentos para a continuidade do aumento do consumo de minérios e metais.

Barbosa apresentou palestra no seminário "Cenários da Economia Brasileira e Mundial em 2008", no Rio.

Minério de ferro faz novo bilionário em MG, 'Seu Zé Nogueira'

Minério faz novo bilionário em MG, 'Seu Zé Nogueira'
24.03.2008 08h33



Por Agência Estado

O empresário mineiro José Mendes Nogueira, de 82 anos, já pode ser considerado o mais novo membro do seletíssimo clube de bilionários brasileiros. “Seu Zé Nogueira”, como é conhecido na pacata Itaúna - cidade de 76 mil habitantes, a 82 quilômetros de Belo Horizonte -, se tornou quase que da noite para o dia um dos homens mais ricos do País e alcançou a condição para entrar para a lista dos homens mais ricos do mundo, feita pela revista Forbes.

A surpreendente ascensão de “Seu Zé Nogueira” é reflexo da enorme - e aparentemente inesgotável - demanda internacional pelo minério de ferro. Iniciada há seis anos, a corrida pelo minério atraiu as maiores mineradoras e siderúrgicas do mundo para o interior de Minas Gerais. Minas antes vistas como negócios modestos - e até desprezados - transformaram empresários relativamente pouco ambiciosos em milionários e, em alguns casos, bilionários.

Fundada há quatro décadas por “Seu Zé Nogueira”, a J. Mendes foi vendida recentemente para a Usiminas por US$ 925 milhões - em dinheiro e à vista. Mas o preço final poderá chegar a US$ 1,9 bilhão caso se comprove o total das reservas, estimado em 1,4 bilhão de toneladas de minério. José Nogueira tem direito a 80%, sendo o restante distribuído entre os cinco filhos. O valor da J.Mendes se multiplicou nos últimos anos em razão dos recordes alcançados no preço do minério, o que tornou viável a exploração de matéria-prima com menor concentração de ferro. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

PETR4...após 20/03...martelo no gráfico diário pode indicar reversão...


PETR4 oscilou entre a mínima de 67,50 e 69,80, fechando próxima à resistência de 69,50, formando no gráfico diário, um "martelo" indicador de uma possível reversão. Essa possibilidade poderá se concretizar a partir do rompimento da resistência em 70,70 anulando assim a LTB contruida no intraday recentemente. Suportes 68,30, 67,50 e 67,00. Resistências imediatas em 69,50; 69,80 e 70,70.

VALE5...após 20/03...indefinição podendo reverter para alta...


Após oscilar entre a mínima de 43,40 e a máxima de 45,00, VALE5 fechou praticamente estável, formando no gráfico diário um "doji" de indefinição. Resistências imediatas em 44,50, 45 e 45,50. Suportes em 44,00, 43,40 e 42,50. Para reversão de tendêncica precisa romper inicialmente 45,00 na LTB formada recentemente.

quinta-feira, 20 de março de 2008

IBOVESPA...após 20/03...recuperou o fibo de 38,2% ao recuperar os 58.200 pontos..


O IBOVESPA operou descolado de Dow Jones, vindo a buscar no início dos negócios a mínima do dia nos 57.824 pontos.Durante a maior parte do pregão operou em território negativo, mesmo enquanto DJI já exibia alta acima de 1%. Na primeira metade do pregão recuperou o importante fibo de 38,2% nos 58.200 pontos. Somente quando Dow Jones começou a exibir uma recuperação maior com alta superior 2%, nas últimas horas de pregão, o Ibovespa veio a buscar a máxima intraday nos 59.170 pontos. Fechou praticamente estável nos 58.987 pontos. Suportes imediatos em 58.850 e 58.200 pontos e resistências imediatas em 59.170 e 59.500 pontos.

DOW JONES...após 20/03...formou um "candle" de indefinição no gráfico diário...


DOW JONES estava se movimentando nesses últimos dois meses, dentro de um "retângulo" de fundo nos 12 mil pontos e topo nos 12.750 pontos. Recentemente construiu novo fundo nos 11.750 pontos, mas não conseguiu retomar o topo anterior nos 12.750 pontos, parecendo estar formando um "novo retângulo" de topo nos 12.500 e fundo nos 11.750 pontos. A recuperação realizada intraday, praticamente anulando a queda do dia anterior, gerou um "candle" de indefinição, confirmando a tendência de "laterização" de DJI, que poderá ser a tônica desta próxima semana. Suportes imediatos em 12.250, 12.090 e 11.970 pontos.Resistências imediatas no máximo intraday em 12.380 e 12.500.

Opinião: Entendendo a crise americana

Como distinguir as grandes crises mundiais das pequenas
por Marcos Elias
20/03/2008

A atual crise americana é pequena. É uma crise de crédito, e não de liquidez, e que custará algo entre US$ 500 bilhões e US$ 1 trilhão. Não são números grandes para a economia americana que, voluntariamente, decide gastar algo parecido no Iraque.
E o que é uma crise grande? Uma bem grande funcionaria mais ou menos assim: hoje, como lá a maré não está para peixe, a família compensa a inflação de commodities com uma deflação nos preços de alguns serviços. É simples de entender. John abastece (sozinho) o tanque de seu Plymouth Belvedere 5.0 V8 e gasta US$ 80,00. Coça a cabeça e pensa: "A a gasolina aumentou de US$ 2,00 para US$ 3,00 o galão". Volta para casa e diz para Mary que não jantarão no Wendy's mais naquela noite porque gastou sua cota diária com a gasolina. Na verdade, William, o franqueado da Wendy's tem sentido seu restaurante esvaziar e já há algumas semanas pediu ao franqueador que bolasse combos mais baratos.
A inflação do preço do petróleo tem induzido uma deflação nos preços dos hambúrgueres. Além disso, a China ainda funciona como uma espécie de "Volta Redonda" ou de "Cubatão" dos americanos. Produzem e exportam muito, controlando os preços dos produtos nos EUA e refinanciando com os ganhos da exportação seus déficits magníficos. Essa "racionalidade" na economia familiar americana só não funciona no Natal e no Dia de Ação de Graças: aí, John não quer nem saber, e gasta tendo ou não dinheiro. É como se Deus avalizasse seu comportamento...
Mas chega um dia, digamos, daqui a cinco anos (porque somos otimistas), a economia americana volta a se aquecer. E o coitado do William, que passou por maus bocados, não quer nem saber: aumenta os preços. Volta o poder de barganha da indústria de consumo e com ela a inflação. Mas o planeta Terra não são apenas os EUA (embora eles consumam e sujem como se fossem): somos 7 bilhões de pessoas hoje (não daqui a cinco anos). Então, os chineses também querem consumir: beber água de vez em quando, ganhar mais de US$ 100,00 por mês, etc. Ressaltemos que hoje a China e Índia apresentam padrões de consumo per capita "africanos".
Com o aquecimento interno do consumo, vem a inflação na China. O petróleo (como já exploramos mais de 50% das reservas existentes no planeta) não cai mais de preço. O carvão virou ouro. A Vale a maior companhia do mundo. A Antártida vira um imenso campo de peladas. O mundo entra em convulsão. O que estará em disputa? Alimentos e água. Quem será o salvador do planeta do Armagedom? O Brasil. E isso não será porque ressuscitaremos nosso herói nacional, Macunaíma, o "herói sem nenhum caráter". Será porque temos terra fértil, muita água, clima bom e mão-de-obra desqualificada. Esse quarteto nos consagrará como líderes mundiais. E todos estes fatores deverão vir juntos. Porque, por exemplo, água não é um problema se faltar, o preço aumenta, e dessalinizaremos os oceanos.
Todos quererão comer em 2013. Hoje, poucos comem. Um boi precisa beber muita água durante sua vida: quando pesa 500 quilos, terá consumido 20 mil litros de água. Me ajudem nessa conta: em alguns países, cobre-se o boi com cobertor térmico, mas aqui não precisamos disso. E quem já visitou um frigorífico sabe que é muito intensivo de mão-de-obra, e não há como automatizar esse processo. Cada boi é diferente de outro e todas as partes são aproveitadas. Então, em uma linha frigorífica pequena, alinham-se 100 homens e mulheres, ombro encostado no ombro, a descascar o boi que passa. Então, o alimento - não estou me referindo aos alimentos prontos para comer: não imagino que a linha Miss Daisy poderá acabar com a fome mundial -, será disputadíssimo e o Brasil o grande provedor.
Exportar carne é exportar água concentrada. E, nessa linha de raciocínio, pergunto-me se não será uma Friboi a nossa próxima Vale. Produzimos carne hoje ao menor custo do mundo (US$ 2,5/kg) e, por questões meramente políticas, somos grandes exportadores de carne para o Egito, Bulgária, Irã, etc. Há alguma coisa errada nisso. O maior rebanho do planeta, 200 milhões de cabeças, tem como grande cliente o Egito? Vale lembrar que há quem diga que temos 160 milhões apenas porque temos matado muita vaca por conta do preço ruim.
Então, teremos a próxima grande crise mundial quando a capitalização de mercado de Friboi for parecida com a da Vale!

PETR4...após 19/03...pode realizar ainda mais...


PETR4 abriu nos 74,90 e rapidamente atingiu a máxima do dia em 75,62. A partir daí influenciada pelo mau humor dos mercados futuros de petróleo em Nova York (queda de quase 5% no dia) veio ladeira abaixo, numa queda constante, praticamente sem oferecer resistência típica de um processo de realização de lucros, e derrubou todos os suportes criados nos últimos pregões, vindo a fechar na mínima do dia, no suporte de 69,50 (queda de mais de 7%, uma das maiores em um único dia). Promete também muita volatilidade no dia de hoje. Suportes imediatos em 69,50 e 67,00. Resistências imediatas em 70,90 e 71,90.

VALE5...após 19/03... pode ainda realizar mais...


VALE 5 abriu em queda e com grande volume de continuadas vendas, perdeu todos os suportes gerados nas últimas semanas. Reflexo da acentuada queda nos mercados futuros de comodities em Nova York, acabou fechando na mínima do dia nos 44,23 com queda de mais de 7%, uma das maiores ocorridas em um único dia. Promete apresentar grande volatilidade durante o pregão de hoje. Suportes imediatos: 44,20; 43,40 e 42,50 (forte suporte). Resistências em 45,00, 46,00 (forte resistência) e 47,70.

IBOVESPA...após 19/03...perdeu o suporte dos 60 mil...


O IBOVESPA abriu com ligeira alta atingindo na máxima do dia em 62.372. Porém inflenciado pelas perdas de suas principais "blue chips" VALE e PETRO, perdeu o forte suporte dos 60 mil pontos, vindo atingir na mínima do dia 58.805 e fechando praticamente em cima do suporte de 58.820 pontos (queda de 5%). Promete muita volatilidade no pregão de hoje. Fortes suportes em 58.200 (fibo de 38,2%) e 57.890 pontos. Resistências em 60 mil e 61.400 pontos.

DOW JONES...após 19/03...não conseguiu romper a LTB no canal de baixa...


Dow Jones mesmo se mantendo acima dos 12 mil pontos não conseguiu romper os 12.450 pontos na LTB quando poderia sinalizar alguma reversão. Agora tem um forte obstáculo nessa resistência que está fortemente delineando o canal de baixa. Resistência intermediária nos 12.250 pontos. Suportes em 11980 e 11750, que se perdido sinalizará queda maior para patamares em torno de 11 mil/11.250 pontos.

Petrobras arremata 22 blocos no Golfo do México

Petrobras arremata 22 blocos no Golfo do México
19.03.2008 21h09

por Nicola Pamplona da Agência Estado

A Petrobras arrematou hoje 22 blocos exploratórios no Golfo do México, em leilão promovido pelo Minerals Management Service (MMS), o órgão regulador do setor de petróleo nos Estados Unidos. A companhia ficou com 100% de participação em 11 áreas. No restante, entrou em parceria com a americana Devon. A estatal brasileira investiu US$ 178,9 milhões no leilão, chamado Lease Sale 206, no qual deu prosseguimento à estratégia de apostar nas águas profundas e ultraprofundas da região.

Após a confirmação dos resultados do leilão, a Petrobras terá 221 blocos exploratórios no Golfo do México, informou, em nota a companhia. "A participação no Lease Sale 206 está alinhada às demandas do Plano Estratégico da Petrobras, que prevê um crescimento internacional com investimentos em áreas prioritárias, entre as quais o setor americano do Golfo do México", diz o texto. O leilão contou com a participação de 78 empresas.

A empresa tem quatro importantes descobertas na região, batizadas de Cascade, Chinook, Saint Malo e Stones. Os dois primeiros devem entrar em operação já em 2010, inaugurando, no Golfo do México, o uso de navios-plataforma, tecnologia amplamente utilizada pela empresa no Brasil. A estatal prevê investimentos de US$ 4,9 bilhões nos Estados Unidos até 2012, destinados aos segmentos de exploração e produção e refino.

terça-feira, 18 de março de 2008

PETR4...dificuldades em retomar a casa dos 76,00...


PETR4 abriu com "gap" de alta nos 75,00 indo atingir rapidamente a máxima do dia nos 75,55. Na segunda metade do pregão aguardando a decisão do FED, passou a devolver todo ganho, com muita volatilidade até atingir a mínima do dia (em território levemente negativo) nos 73,80. A partir daí iniciou a recuperação fechando praticamente em cima dos 75,00, em 74,95. Indicadores do gráfico intraday, sinalizavam ainda alguma indefinição para a retomada da tendência de alta, o que irá se configurar se retomar novamente os 76,00. Resistências em 75,60; 76,80 e 78,80. Suportes imediatos em 74,60 e 73,80.

DOW JONES...após 18/03...forte tendência de alta para se manter nos 12 mil pontos...


DOW JONES abriu na mínima do dia, nos 11.980 pontos, e a partir daí passou a operar sempre em território positivo, fechando na máxima do dia, nos 12.392 pontos, bem próximo do forte suporte nos 12.580 pontos. Para romper a LTB recentemente formada e sinalizar a possibilidade de reversão dessa tendência de baixa, deverá superar o obstáculo dos 12.580 pontos e buscar a próxima resistência nos 12.750 pontos. Suportes imediatos em 12.250 e 11.980 pontos.

Inflação no atacado nos EUA foi de 0,3% em fevereiro

Inflação no atacado nos EUA foi de 0,3% em fevereiro
18.03.2008 09h36



Por Patricia Lara da Agência Estado

A inflação no atacado foi de 0,3% em fevereiro nos Estados Unidos, de acordo os dados divulgados hoje pelo Departamento do Trabalho dos EUA. O índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) subiu 0,3% no mês passado, confirmando as expectativas. Economistas previam alta de 0,3%.

O núcleo do índice, que exclui a variação de preços de alimentos e energia, subiu 0,5% no mês passado, e ficou acima das previsões. A previsão para o núcleo era de alta de 0,2%. As informações são da Dow Jones.

Brasil lidera acúmulo de reservas entre emergentes

Brasil lidera acúmulo de reservas entre emergentes
18.03.2008 08h39


Por Fernando Nakagawa da Agência Estado

Em 2007, ano de recorde no comércio exterior e ingresso histórico de Investimento Estrangeiro Direto (IED), o Brasil acumulou muito mais dólares que qualquer outro país emergente no mundo. No ano, as reservas brasileiras saltaram 110,77% - o equivalente a US$ 94,7 bilhões - taxa de crescimento duas vezes maior que a registrada na Rússia e na China. Essa estratégia, defendida amplamente pelo Banco Central (BC), aumenta a proteção do País em situações como a atual, em que investidores procuram mercados considerados mais seguros.

Levantamento feito com base em dados do Fundo Monetário Internacional (FMI) e bancos centrais dos países emergentes mostra que o Brasil desbancou a Rússia e foi o país emergente que apresentou o maior crescimento proporcional das reservas em 2007. Esse ranking foi liderado entre 2003 e 2006 pela Rússia. Na época, a disparada do preço do petróleo engordou o saldo comercial russo. A sobra de parte desses recursos foi canalizada pelo BC daquele país para as reservas.

Foi exatamente essa receita, a comercial, que o Brasil usou em 2007. “O Brasil foi beneficiado por uma conjunção como há muito tempo não víamos. Na balança, a disparada das commodities (mercadorias e matérias-primas) aumentou fortemente o saldo. No investimento, o Brasil voltou a atrair empresas interessadas principalmente no mercado interno”, diz o professor de Economia da Universidade de São Paulo (USP), Fabio Kanczuk. “O BC soube aproveitar a liquidez internacional e o resultado das contas externas. Foi um período muito positivo que teve inclusive uma avalanche de lançamento de ações na bolsa”, reforça o economista-chefe da corretora Lopéz Leon, Flávio Serrano.

Com tantos novos dólares, o BC adquiriu US$ 78,6 bilhões em mercado no ano passado. Essas compras ocorreram quase diariamente. É como se o BC tivesse adquirido integralmente todos os dólares que ingressaram no Brasil pela balança comercial, que teve superávit de US$ 40 bilhões, e pelo investimento direto, que trouxe US$ 34,5 bilhões. Somado, esse ingresso foi de US$ 74,5 bilhões.

As reservas, porém, cresceram mais: US$ 94,7 bilhões. A diferença é explicada pela remuneração e valorização dos títulos que a compõem, geralmente papéis da dívida americana. A estratégia do BC de acumular reservas foi alvo de duras críticas nos últimos anos, porque a operação envolve custos para o Tesouro Nacional. A crise imobiliária nos EUA, no entanto, enfraqueceu o discurso contrário, que criticava principalmente o alto custo de manutenção dos dólares.

Para economistas, risco do Brasil ainda não é dramático

Para economistas, risco do Brasil ainda não é dramático
18.03.2008 08h32

Por Agência Estado

Ainda não será desta vez. Para a maior parte dos analistas, mesmo com o agravamento da crise bancária nos Estados Unidos, com a literal pulverização do banco de investimentos Bear Stearns, a economia brasileira continua razoavelmente resguardada de um contágio mais violento. Por outro lado, é inegável que os ricos aumentaram, mesmo que não sejam dramáticos. “O real desvalorizou-se 4% e há mais volatilidade nas bolsas brasileiras e nos títulos de renda fixa de longo prazo, mas isso não parece ser algo que possa afetar a velocidade da criação de empregos e do investimento na economia brasileira”, diz Tomás Málaga, economista-chefe do Itaú.

Ele observa que o indicador fundamental para o Brasil, que é o preço das commodities (matérias-primas), continua favorável, sem sinais de que ele vai despencar. “Se essa recessão for restrita aos Estados Unidos, dificilmente terá um impacto muito grande nas commodities”, prevê Málaga. O economista ressalva que, se a recessão americana durar vários trimestres e prolongar-se 2009 adentro, haverá de fato uma redução mais substancial das exportações asiáticas para os Estados Unidos, que poderia afetar o desempenho daqueles países. Ainda assim, continua Málaga, há o efeito compensador dos mercados internos da Ásia, que vêm trilhando um saudável ritmo de crescimento.

Roberto Padovani, estrategista para a América Latina do WestLB, acha que o agravamento da crise bancária americana “reabre a questão do descolamento da economia brasileira”. Ele explica que, há uma semana, ainda via um quadro de recessão suave nos Estados Unidos, manutenção do crescimento chinês e o Brasil razoavelmente livre de contágio, beneficiado pela expansão asiática e também pela política econômica sólida que em praticado. Com a quebra de um banco americano, porém, ele acha que os dados foram embaralhados de novo: “É um fato novo e importante porque lança dúvidas sobre os demais bancos”. Para Padovani, uma crise desse tipo reduz a importância dos indicadores econômicos correntes da economia americana, que não estão tão ruins. O problema, ele explica, é que,“diante da possibilidade de contração de crédito pela frente, os números do comércio em janeiro e fevereiro não são tão importantes”. Ainda assim, pelo fato de a economia brasileira ser razoavelmente fechada, Padovani não vê “nada dramático” pela frente.