quarta-feira, 20 de agosto de 2008

IBOV...após 20/08...forte alta sugere a continuidade dessa tendência...


O Ibovespa abriu em 53.640 pontos, na mínima do dia e empurrado pelos índices futuros em forte alta, rapidamente retomou o patamar dos 54 mil pontos até encontrar resistência em 54.923 pontos. Daí, refluiu até encontrar suporte em 54530 pontos. Na segunda metade do pregão, retomou o processo de recuperação, de modo firme e continuado até encontrar nova resistência, na máxima, em 55.545 pontos (+3,56%). FEchou, em seguida, em 55.377 pontos (+3,24%).

Análise: Como houvera sinalizado, o Ibovespa executou forte alta recuperando parte das perdas dos pregões anteriores, impulsionado principalmente por Vale, Petro e Siderúrgicas. O "candle" no gráfico diário é do tipo "marubozu" vazado, mostrando forte predomínio de força compradora, durante todo pregão. Para assegurar a continuidade da alta, o Ibovespa deverá romper as principais resistências nos topos da LTB's primária, secundária e terciária. Os principais indicadores do gráfico diário e do gráfico de "30 minutos", estão sinalizando tendência de alta. Os índices futuros do Ibovespa, antes da abertura, poderão confirmar (ou não) a tendência de alta.

Abaixo de 55.320 suportes imediatos em: 54.920, 54.780, 54.100 e 53.500 pontos.
Acima de 53.320 pontos resistências em: 56.185, 57.100, 57.600 e 58.330 pontos.

Bolsa de NY fecha em alta com HP e dados de petróleo

por Renato Martins da Agência Estado
20.08.2008 18h15

O mercado norte-americano de ações fechou em alta, apesar de os preços do petróleo terem subido por dois dias consecutivos, o que não acontecia há cinco semanas, e das preocupações quanto ao futuro das agências semigovernamentais de crédito hipotecário Fannie Mae e Freddie Mac. O crescimento forte dos estoques de petróleo dos EUA na semana passada e o informe de resultados da Hewlett-Packard foram os principais fatores para a alta das ações. O dia foi de forte volatilidade para as ações do setor financeiro; algumas ações do setor recuperaram terreno, enquanto as da Fannie Mae e as da Freddie Mac voltaram a sofrer quedas fortes.
O destaque positivo entre as componentes do índice Dow Jones foram as ações da Hewlett-Packard; elas subiram 5,65%, em reação ao informe de resultados da empresa no segundo trimestre. No setor financeiro, as ações da Fannie Mae caíram 26,79% e as da Freddie Mac perderam 22,06% (para fechar no nível mais baixo desde novembro de 1990). Outros destaques do setor foram Lehman Brothers (+5,05%), Merrill Lynch (+2,48%), Bank of America (+4,31%) e JPMorgan Chase (+3,99%). A alta dos preços do petróleo beneficiou ações como ExxonMobil (+1,10%), Chevron (+2,07%) e Devon Energy (+6,47%). No setor de mineração, as ações da Freeport McMoran subiram 7,54%, após elevação de recomendação pelos analistas do Morgan Stanley.
O índice Dow Jones fechou em alta de 0,61%, em 11.417,43 pontos. O Nasdaq encerrou com ganho de 0,20%, em 2.389,08 pontos. O S&P-500 subiu 0,62%, para 1.274,54 pontos. O NYSE Composite avançou 0,78%, para 8.276,91 pontos. As informações são da Dow Jones.

Ibovespa fecha em alta de 3,24%, a maior desde julho

20.08.2008 17h28
por Claudia Violante da Agência Estado

As notícias vindas da China permitiram à Bovespa um pregão de recuperação. O Ibovespa, principal índice da Bolsa doméstica, trabalhou o dia todo em alta, puxado principalmente por Vale, siderúrgicas e Petrobras, embora os ganhos tenham ocorrido de forma generalizada.
No final do dia, o Ibovespa registrava alta de 3,24%, a maior variação desde os 3,37% do dia 30 de julho. Em pontos, a Bovespa situou-se em 55.377,2 pontos. Com tal desempenho, as perdas de agosto foram reduzidas a -6,94% e, as de 2008, a -13,32%. O índice oscilou hoje entre a mínima de 53.641 pontos (estabilidade) e a máxima de 55.545 pontos (+3,55%). O giro totalizou R$ 4,724 bilhões.
As ordens de compras foram motivadas pela expectativa de que a China anunciará um pacote para estimular o consumo doméstico. O vice-primeiro-ministro do país, Li Keqiang, teria dito isso e também o economista do JPMorgan Frank Gong teria citado esta possibilidade em um relatório enviado a clientes. O pacote, segundo Gong, seria entre 200 bilhões de yuans (cerca de R$ 46 bilhões) a 400 bilhões de yuans, incluindo corte de impostos e medidas para estabilizar os mercados de capital e sustentar o mercado imobiliário.
Com os rumores, as bolsas da China dispararam - o índice Xangai Composto teve alta de 7,6%, no seu maior ganho porcentual diário desde 24 de abril, e o Shenzhen Composto ganhou 7,2% -, influenciando os demais mercados.
Se confirmado, o pacote vai estimular principalmente o segmento de commodities (matérias-primas), e isso puxou as ações das mineradoras e siderúrgicas pelo mundo. As ações desse segmento favoreceram a alta das bolsas de valores na Europa e conduziram os ganhos no Brasil. Vale ON disparou 5,50% e PNA, 6,97%. Gerdau PN teve elevação de 5,05%, Metalúrgica Gerdau PN, 6,49%, Usiminas PNA, 6,59%, e CSN ON, 5,37%.Ainda no setor, vale registro para a aquisição, pela siderúrgica ArcelorMittal, de 100% da London Mining América do Sul ou London Mining Brasil, pertencente à mineradora britânica London Mining, por aproximadamente US$ 764 milhões.
Petrobras também foi destaque de alta, ao avançar 4,90% as ações ON e 4,84% as PN. Além da alta do petróleo, os investidores teriam reagido com compras às notícias de que a empresa não faria oposição à criação de uma nova estatal do petróleo para gerir a área do pré-sal, desde que tenha garantido o direito de exploração dos nove campos já descobertos e que essas áreas sejam unificadas.
Nos Estados Unidos, a alta do petróleo não impediu as bolsas de subirem. O petróleo negociado em Nova York avançou 0,39%, para US$ 114,98 por barril. O índice acionário Dow Jones avançou 0,61%, o S&P teve variação positiva de 0,62% e o Nasdaq teve elevação de 0,20%.
Os índices, lá, oscilaram entre positivo e negativo, diante dos temores de que as agências de hipotecas Freddie Mac e Fannie Mae possam ter que receber um socorro financeiro do governo. Os papéis de cada uma derreteram mais de 25%. Para contrabalançar a notícia ruim, o resultado trimestral da Hewlett-Packard, maior do que o esperado, agradou. Apesar da recuperação de hoje, os analistas reforçam que a crise ainda não acabou e a volatilidade continua.

terça-feira, 19 de agosto de 2008

DJI...após 19/08...ainda em tendência de queda, mas já sobrevendido...


DJI abriu na máxima em 11.478 pontos e impulsionado pelos índices futuros em queda, veio até a mínima em 11.319 pontos. A partir daí, esboçou leve reação para finalizar em 11.348 pontos (-1,14%).
Análise: DJI deu sequência à continuidade da queda iniciada no pregão anterior perdendo o suporte em 11.360 pontos. Seus próximos objetivos de queda estão em 11.270, 11.200 e 11.150 pontos. Acima dos 11.360 pontos poderá retornar aos 11.380 e 11.450 pontos. Os principais indicadores do gráfico diário apontam para a continuidade da queda, porém o estocástico e o IFR já se encontram "sobrevendidos", podendo ocorrer reversão nesta tendência. Os índices futuros americanos poderão confirmar (ou não) a principal tendência, antes da abertura.

Abaixo de 11.360 suportes em : 11.270, 11.200, 11.150 e 11.120 pontos.
Acima de 11.360 resistências em: 11.380, 11.450 e 11.620 pontos.

IBOV...após 19/08...possibilidade de reversão de tendência, no curto prazo


O Ibovespa abriu em 53.326 pontos e refluiu rapidamente até encontrar suporte na mínima do dia em 52.345 pontos (-1,84%). Daí iniciou processo de recuperação, de modo firme e continuado até encontrar nova resistência na LTB de curto prazo, na máxima em 54.329 pontos (+1,89%), por volta das 14:00 horas. Depois refluiu gradualmente, na espectativa de uma melhora de DJI em queda, até fechar na mínima da segunda metade do pregão, em 53.638 pontos (+0,59%).
Análise: O IBOVESPA após a forte realização na primeira meia-hora de pregão, reagiu na contramão de DJI, até testar novamente a resistência na LTB de curto prazo, sem contudo rompê-la. O "candle" no gráfico diário com semelhança próxima a de um "martelo" está sinalizando predomínio de força compradora, após a forte realização ocorrida no início do pregão. Os principais indicadores do gráfico diário e do gráfico de "30 minutos", ainda sinalizam tendência de queda, mas o fechamento do IBOV em leve alta, com DJI em acentuada queda está indicando a possibilidade de reversão de tendência, no curto prazo. Os índices futuros do Ibovespa e dos mercados futuros americanos, antes da abertura, poderão confirmar a principal tendência.

Abaixo de 53.300 suportes imediatos em: 53.050, 52.500, 52.350 e 52.100 pontos.
Acima de 53.750 pontos resistências em: 54.050, 54.329, 54.400 e 55.660 pontos.

Procura por pechinchas faz Bovespa ignorar NY e subir

por Claudia Violante da Agência Estado
19.08.2008 17h29

A Bovespa ignorou o mau humor externo e recuperou hoje uma parte das perdas de ontem, que levaram o índice ao menor nível de pontos em quase um ano. Os preços atraentes, aliados à alta do petróleo e dos metais básicos, fizeram com que a Bolsa fechasse em alta, na contramão dos principais índices acionários globais.
O Índice Bovespa (Ibovespa) fechou em alta de 0,59%, aos 53.638,7 pontos, depois de oscilar entre a mínima de 52.345 pontos (-1,84%) e a máxima de 54.329 pontos (+1,88%). No mês, ainda acumula perdas de 9,86% e, no ano, de 10,58%. O giro financeiro somou R$ 4,599 bilhões.
Na abertura, a Bovespa acompanhou o comportamento dos pregões globais, que recuavam em reação às notícias ruins vindas do segmento financeiro norte-americano e também aos indicadores desfavoráveis à economia dos EUA. Os destaques foram a notícia de que o banco de investimentos Lehman Brothers estaria negociando a venda de sua unidade de gerenciamento de ativos para cobrir o buraco em seu balanço patrimonial; e a declaração do ex-economista-chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI) Kenneth Rogoff de que um grande banco dos EUA poderá quebrar nos próximos meses - os cotados seriam Merrill Lynch e Wachovia, segundo afirmação de ontem do chefe de investimento do Cumberland Advisors, David Kotok.
Os indicadores norte-americanos não foram menos desanimadores: a inflação no atacado, medida pelo índice de preços ao produtor, subiu 1,2% em julho ante junho, mais que o dobro do 0,5% esperado pelos analistas. Ante julho do ano passado, o índice quase chegou a dois dígitos ao avançar 9,8%, o maior aumento desde junho de 1981.
O arremate da teoria da estagflação veio do número de construções residenciais iniciadas, que caiu 11% em julho. O dado tem o mérito de ter vindo ligeiramente melhor do que o tombo de 11,8% estimado pelos analistas, mas não se pode dizer que ele foi saudável: ficou no mais baixo nível desde março de 1991.
Com tudo isso, o dólar se enfraqueceu e o petróleo engrossou a voz. Acabou virando a queda da abertura e subiu 1,47% no fechamento na Bolsa Mercantil de Nova York. O preço final foi de US$ 114,53 por barril. Os metais acompanharam a alta. Com isso, o índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, terminou em queda de 1,14%, o S&P recuou 0,93% e o Nasdaq perdeu 1,35%.
O avanço das commodities (matérias-primas) serviu de desculpa para os investidores domésticos irem às compras, mas foram mesmo os preços mais do que atrativos a principal justificativa para a Bovespa subir. Os ganhos, entretanto, foram bastante reduzidos no final, por causa justamente das quedas em Nova York. Petrobras ON avançou 2,93%, Petrobras PN ganhou 3%, Vale ON subiu 1,53% e Vale PNA registrou elevação de 1,52%.

Bolsa de NY cai com indicadores e setor financeiro

por Renato Martins da Agência Estado
19.08.2008 18h27

O mercado norte-americano de ações voltou a fechar em queda, em meio a preocupações crescentes quanto à saúde das instituições financeiras. O índice de preços ao produtor de julho, que superou as previsões, e o indicador de novas construções de residências, que caiu ao nível mais baixo desde 1991, também contribuíram para o sentimento negativo do mercado.
As ações do setor financeiro estavam entre as que mais caíram. As do Lehman Brothers perderam 13,04%, depois de vários analistas preverem que a instituição deverá registrar mais perdas com títulos lastreados em hipotecas; o Wall Street Journal, por sua vez, disse que o Lehman Brothers está estudando a venda de suas unidades de gestão de ativos para levantar capital. Entre as componentes do índice Dow Jones, as ações que mais caíram foram as da seguradora AIG, depois de o Goldman Sachs dizer que é "cada vez mais provável" que ela se veja obrigada a levantar capital. Outros destaques negativos foram Bank of America (-4,16%), JPMorgan Chase (-3,16%), Fannie Mae (-2,28%) e Freddie Mac (-5,01%).
As ações das construtoras de casas também caíram, em reação ao indicador de novas construções (Pulte Homes perdeu 3,67% e Centex recuou 4,49%). As ações do setor de petróleo subiram, em reação à alta dos preços do produto (ExxonMobil ganhou 1,86% e Chevron avançou 1,83%).
O índice Dow Jones fechou em queda de 1,14%, em 11.348,55 pontos. O Nasdaq encerrou em baixa de 1,35%, em 2.384,36 pontos. O S&P-500 caiu 0,93%, para 1.266,69 pontos. O NYSE Composite recuou 0,84%, para 8.212,47 pontos. As informações são da Dow Jones.

Índice de ações da Ásia atinge pior nível em 2 anos

por Kevin Plumberg
19 de Agosto de 2008 07:47

HONG KONG (Reuters) - As ações nos mercados asiáticos caíram para o menor patamar em dois anos na terça-feira, puxadas pelos papéis de empresas exportadoras, diante dos temores que o governo dos Estados Unidos terá que salvar as principais agências hipotecárias do país, desestabilizando ainda mais o setor financeiro.
Às 7h41 (horário de Brasília), o índice MSCI da Ásia Pacífico tinha queda de 1,81 por cento, aos 109 pontos, pior nível desde julho de 2006, acumulando queda de 22 por cento no ano.
As bolsas em Nova York tiveram forte queda na segunda-feira, depois da publicação de um artigo que dizia que o auxílio do governo pode prejudicar os acionistas da Fannie Mae e a Freddie Mac .
"Há um pouco de destaque negativo no que aconteceu no overnight nos Estados Unidos e as commodities também estão um pouco fracas", afirmou Michael Heffernan, estrategista e conselheiro-sênior na Austock Securities em Sydney.
O índice Nikkei da bolsa de Tóquio perdeu 2,28 por cento, aos 12.865 pontos. As ações da varejista de vestuário Fast Retailing e da Canon figuraram entre as maiores perdas.
A bolsa sul-coreana perdeu 1,68 por cento, derrubada pelas ações da gigante Samsung Electronics e da POSCO, quarta maior produtora de aço do mundo.
Em Hong Kong, o índice Hang Seng perdeu 2,13 por cento, para 20.484 pontos.
"O mercado acionário chinês acumula perdas desde o início das Olimpíadas e isso está reduzindo a confiança em setores industriais como os produtores de aço e construtores navais. Há temores também de que a economia chinesa possa não crescer tanto após o fim dos Jogos", afirmou Won Jong-hyuck, analista de mercado na SK Securities, em Seul.

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

IBOV...após 18/08... tendência de queda continua...


O Ibovespa abriu em alta em 54.252 pontos, subiu até encontrar resistência na LTB de curto prazo, na máxima em 54.928 pontos e depois refluiu novamente, sintonizado com DJI também em queda, vindo testar novo suporte na mínima em 53.050 pontos. A partir daí, esboçou reação até atingir o patamar dos 53.600 pontos, mas retornou para finalizar em 53.326 pontos (-1,69%).
Análise: Não conseguindo novamente romper a LTB, o IBOVESPA continuou a se movimentar pelo "fundo do canal". Sintonizado com DJI e ainda com baixo volume, não encontrou forças para esboçar uma reação maior, mesmo após o exercício das opções, da série H. O "candle" no gráfico diário tipo "piercing" de baixa e quase totalmente "cheio", continua mostrando o predomínio da força vendedora. Os principais indicadores do gráfico diário sinalizam continuidade da queda. Os índices futuros do Ibovespa e dos mercados futuros americanos, antes da abertura, deverão confirmar (ou não) essa tendência.

Abaixo de 53.300 suportes imediatos em: 53.050, 52.650 e 52.150 pontos.
Acima de 54.500 pontos resistências em: 54.700, 55.300 e 55.725 pontos.

DJI...após 18/08...continua em tendência de queda...


DJI abriu em 11.659 pontos e rapidamente veio até a máxima em 11.689 pontos. A partir daí, refluiu com força, perdendo também os 11.500 pontos até encontrar suporte na mínima em 11.435 pontos (- 1,92%). Daí, finalizou em 11.479 pontos (-1,55%).
Análise: Como esperado, DJI desfez o sub-canal de alta, ao perder o suporte em 11.450pontos. Apesar de tê-lo recuperado, fechou ainda abaixo dos 11.500 pontos, sinalizando a retomada da tendência principal de queda e sua maior propensão para retornar aos 11 mil pontos. Os principais indicadores do gráfico diário apontam para a continuidade da queda. Os índices futuros americanos poderão confirmar (ou não)essa tendência, antes da abertura.

Abaixo de 11.450 suportes em : 11.390, 11.280, 11.220 e 11.180 pontos.
Acima de 11.508 resistências em: 11.563, 11.580, 11.650 e 11.690 pontos.

Bolsa cai 1,69% e fecha no menor nível desde setembro

por Claudia Violante da Agência Estado
18.08.2008 17h33

Nova York, metais e petróleo. O comportamento do mercado acionário hoje foi mais do mesmo, o que significa dizer que a Bovespa, de novo, fechou em queda. As perdas, pelo oitavo pregão de um total de 12 em agosto, fizeram a Bovespa retroceder quase um ano: o Ibovespa, principal índice, recuou 1,69% e fechou com 53.326,5 pontos, menor nível desde os 52.652,6 pontos de 10 de setembro de 2007.
Em agosto, a queda atinge 10,38% e, em 2008, 16,53%. O índice oscilou hoje entre 53.050 pontos (-2,20%) e 54.928 pontos (+1,26%). O giro financeiro foi fraco apesar do vencimento de opções sobre ações e totalizou R$ 4,526 bilhões. Desse total, R$ 794,911 milhões referiram-se ao exercício, que se configurou como o quarto menor do ano.
As Bolsas de Nova York também tiveram perdas firmes: o índice Dow Jones registrou baixa de 1,55%, S&P caiu 1,51% e o Nasdaq recuou 1,45%. O setor financeiro voltou ao foco das preocupações, com os investidores se desfazendo principalmente dos papéis das agências hipotecárias Freddie Mac e Fannie Mae. Esses papéis abriram o pregão pressionados com notícia veiculada na revista Barron's dando conta da possibilidade de o Tesouro americano recapitalizar as agências, o que faria com que as participações dos atuais acionistas perdessem totalmente o valor. À tarde, as perdas foram ampliadas com a decisão do banco Merrill Lynch de rebaixar o preço-alvo calculado para as ações.
Mas o setor financeiro, de modo geral, caiu, também porque o Wall Street Journal informou que o Lehman Brothers poderá perder US$ 1,8 bilhão no trimestre, ainda por causa do crédito de alto risco (subprime), e porque o UBS reduziu suas perspectivas para Goldman Sachs, JPMorgan, Citigroup e Morgan Stanley.
O petróleo em baixa, hoje, não serviu para ajudar o mercado acionário americano, apenas para afetar negativamente Petrobras. Na Bolsa Mercantil de Nova York, o petróleo recuou 0,79%, para US$ 112,87 por barril. Petrobras ON perdeu 2,87% e PN, 3,03%. A outra blue chip (ação de primeira linha) da Bovespa, Vale, caiu 2,22% a ON e 2,24% a PNA, apesar de o setor ter boas notícias. Hoje, a mineradora anglo-australiana BHP Billiton anunciou lucro recorde e a também anglo-australiana Rio Tinto fechou acordo com a estatal indiana NMDC para a criação de uma joint venture (associação) que irá procurar e explorar minério de ferro e outros minerais no mundo.
A queda na Bolsa paulista foi generalizada, poupando apenas 14 das 66 ações que compõem o Ibovespa. A maior queda do índice foi registrada por Rossi Residencial ON (-5,86%) e a maior alta, por Cesp PNB (+3,26%).
Segundo um profissional do mercado, apesar de a Bovespa estar em níveis muito atrativos, não está havendo ingresso de recursos novos na ponta compradora. Como a agenda está morna nos próximos dias, o comportamento de hoje pode se repetir, apesar do nível baixo em que se encontra o Ibovespa.

Bolsa de NY fecha em queda com agências hipotecárias

por Renato Martins da Agência Estado
18.08.2008 18h00

O mercado norte-americano de ações fechou em queda forte, com a renovação dos temores sobre a saúde das instituições financeiras. O número de ações negociadas na Bolsa de Nova York (NYSE) foi o menor desde 27 de dezembro do ano passado. O mercado reagiu a um artigo publicado no fim de semana pela revista Barron's, segundo o qual as agências semigovernamentais de crédito hipotecário Fannie Mae e Freddie Mac não serão capazes de levantar o capital de que precisam e que uma intervenção do governo, com conseqüentes perdas para os acionistas, será inevitável.
Para Lorenzo di Mattia, gerente do fundo de hedge Sibilla Global Fund, caso a Barron's esteja certa, as ações do setor financeiro estão diante de novas ondas de venda, e, desta vez, os investidores poderão não encontrar refúgio no setor de commodities (matérias-primas). "O alastramento global da debilidade econômica não é bom para o setor financeiro e também não é bom para o de commodities", acrescentou.
As ações da Fannie Mae caíram 22,25% e as da Freddie Mac perderam 24,96%. Todas as 30 componentes do índice Dow Jones caíram; no setor financeiro, os destaques foram AIG (-6,05%), Citigroup (-5,01%), Bank of America (-4,56%) e JPMorgan Chase (-3,49%). As ações do Lehman Brothers caíram 7,05%, depois de o Wall Street Journal dizer que a instituição deverá registrar perdas fortes no terceiro trimestre.
As ações da General Motors caíram 7,33%, depois de o executivo-chefe da empresa, Rick Wagoner, dizer que não vê sinais de recuperação econômica, nem de reaquecimento das vendas de veículos, apesar das recentes quedas do preço do petróleo. Entre as construtoras de casas, as ações da Lennar caíram 7,28%. As da indústria de chocolates Hershey's caíram 9,40%, depois de a empresa elevar os preços de seus produtos em 10% e prever vendas fracas.
O índice Dow Jones fechou em queda de 1,55%, em 11.479,39 pontos. O Nasdaq encerrou em baixa de 1,45%, em 2.416,98 pontos. O S&P-500 caiu 1,51%, para 1.278,60 pontos. O NYSE Composite recuou 1,21%, para 8.281,86 pontos. As informações são da Dow Jones.

Estouro da bolha dispensa medidas

Luiz Sérgio Guimarães
repórter de finanças de Valor Econômico
18/08/2008

Incapaz de desobstruir o canal do crédito, a ortodoxia monetária do Banco Central terá de contar com a ajuda heterodoxa da Fazenda para conseguir desaquecer a economia e trazer a demanda para o mesmo nível da oferta. Mas a desaceleração buscada por meio da imposição de IOF às operações de leasing pode já não ser mais necessária. A economia ainda não sentiu os efeitos do aperto de 1,75 ponto acumulado deste abril, mas os índices de inflação já despencam por causa do estouro da bolha de commodities. Os índices estão derretendo e sofrem escassa influência da decisão do Copom de elevar a Selic de 11,25% para 13%.
A puxada do juro mira vários alvos simultaneamente: 1) trazer de volta as expectativas de IPCA para o centro da meta de inflação, de 4,5%; 2) apreciar mais ainda a taxa de câmbio; 3) desestimular os investimentos produtivos; 4) convencer os consumidores a desistir do crediário; 5) forçar os assalariados a poupar por medo do desemprego. Nada disso estava acontecendo por causa exclusivamente do arrocho monetário. As expectativas do Focus para o IPCA começaram a ceder depois que a perspectiva de desaquecimento econômico mundial fez um enorme furo na bolha de commodities (incluído aí o petróleo). O câmbio, ao invés de se apreciar mais por causa da ampliação dos ganhos de arbitragem, depreciou-se devido à valorização do dólar nos mercados globais. Empresários e consumidores podem adiar seus projetos por causa do temor de recessão externa, não porque a taxa básica subiu 1,75 ponto, pois há, nos dois casos, meios de contornar o aperto.
O Copom pode teimar e fazer mais uma alta de 0,75 ponto, porque já foi excessivamente sinalizada. Reduzir a intensidade da dose para 0,50 ponto na próximo reunião (10 de setembro) seria confessar o erro. E admitir que se precipitou ao acelerar a Selic justamente num momento de inflexão dos índices. Mas a extensão total do arrocho terá de ser inevitavelmente menor (o Focus projeta Selic de 14,75% no fim do ano). Este é o recado explícito dado pelo mercado futuro de juros da BM&F: enquanto as taxas mais curtas resistem em cair (refletindo a teimosia do BC), as longas despencam. Na sexta-feira, o swap de 360 dias cedeu muito levemente de 14,55% para 14,54%, enquanto o CDI previsto para janeiro de 2010 caiu pesadamente de 14,73% para 14,65%. Isso tudo num dia em que o dólar avançou 0,86%, para R$ 1,64.
Para esta semana, recheada de importantes indicadores sobre a inflação corrente, os analistas não esperam mudanças em relação ao viés mantido na semana passada, de forte declínio das commodities, alta do dólar e queda dos juros. Na semana passada, o índice CRB de 19 commodities cedeu 1,32% (8,19% no mês) e o dólar subiu 1,93%. Nos onze dias úteis de agosto até sexta-feira, o dólar registrou valorização em nove. A expectativa é de que as instituições pesquisadas pelo Boletim Focus continuarão revisando para baixo suas projeções de IPCA. O que será divulgado hoje cedo pelo BC está cercado de grande expectativa e pode interferir na rota do juro.
A semana será aberta pela divulgação de dois índices calculados pela FGV: o IPC-S relativo à semana passada e o IGP-10 referente a agosto. O prognóstico é de queda expressiva para o IGP-10, dos 2% do mês passado para a faixa de 0,40%. Na quarta-feira saem dois índices muito apreciados pelos operadores, o IPC FIPE da segunda quadrissemana do mês e a segunda prévia do IGP-M. Para o primeiro, a expectativa é de nova baixa em relação ao 0,38% da quadrissemana anterior. E, para o IGP-M, não se descarta nova deflação. "Ainda não possuímos todos os dados necessários para determinar a regressão necessária para o IGP-M, mas caso o IGP-10 venha em torno de 0,40%, o IGP-M do segundo decêndio virá próximo de zero, em 0,03%", diz Pedro Paulo Silveira, da Gradual Corretora. O grande índice da semana estará reservado para sexta-feira. Trata-se do IPCA-15 de agosto. Ele deve recuar do 0,63% de julho para algo próximo de 0,45%. "Todos os dados de inflação, somados ao Relatório Focus que deve vir em baixa, apontam para uma expectativa benigna para a inflação e colaboram para um cenário mais positivo de taxa de juros por aqui. Fatalmente o BC terá que fazer um aperto monetário menor", diz Silveira.
Nos EUA, os dados que prometem chamar mais a atenção dos mercados serão os relativos à atividade econômica. Os de inflação tendem a ficar em segundo plano pois o Federal Reserve (Fed) não parece disposto a elevar o juro por piores que sejam os informes de inflação. O PPI (atacado) de julho sai amanhã e a estimativa é de alta de 0,6%.

Déficit fiscal dos EUA não afugenta os investidores

por Cristiane Perini Lucchesi de Valor Economico
18/08/2008

O déficit fiscal americano vai crescer de US$ 400 bilhões no final deste ano para o recorde histórico de US$ 550 bilhões em 2009, por causa da ajuda do governo aos bancos e de novos pacotes de estímulo ao crescimento da economia. Mas o déficit maior não vai assustar investidores. Pelo contrário: a demanda pelos títulos do Tesouro dos Estados Unidos deve crescer. Afinal, a liquidez internacional terá de ir para algum lugar, com a queda nas bolsas e nos preços dos commodities por causa da recessão - que já começou nos Estados Unidos e dá os primeiros sinais na Europa, Canadá e Japão. A aversão ao risco e a expectativa de que o dólar vai se fortalecer contra as principais moedas ajudam a ampliar ainda mais as compras dos papéis americanos.


Essa é a visão de Brian Fabbri, economista-chefe para a América do Norte do BNP Paribas, que veio ao Brasil para falar aos clientes do banco em palestra hoje. "O déficit fiscal está crescendo, mas eu acho que as pessoas e os bancos dos Estados Unidos vão comprar cada vez mais títulos do Tesouro americano", afirma ele, em entrevista ao Valor na semana passada, por telefone, de Nova York. Os investidores externos, principalmente bancos centrais da Europa, Japão e países emergentes, também vão manter ou ampliar posições. "Por isso, o déficit fiscal pode crescer muito mais sem que as taxas de juros tenham de subir muito", avalia ele.


As maiores necessidades de financiamento público devem manter elevadas as taxas de juros de longo prazo dos títulos do Tesouro americano, estima. Fabbri prevê que os rendimentos dos títulos de vencimento em dez anos deverão passar dos cerca de 4% hoje para 4,40% no final do primeiro trimestre de 2009.


Enquanto isso o Fed, banco central americano, vai manter os juros básicos de curto prazo dos chamados fed funds em 2% pelo menos até o final do primeiro semestre de 2009, de forma a não ampliar a contração no crédito, a recessão e a crise no sistema financeiro dos Estados Unidos.


Por causa disso, as taxas das notas do Tesouro dos EUA de curto prazo vão continuar baixas. Ele acredita que os rendimentos dos papéis de vencimento em três meses devem cair, dos cerca de 2,80% ao ano hoje para 2,25% no final do primeiro trimestre de 2009, ampliando em quase 100 pontos percentuais a diferença entre o curto e o longo prazo. A demanda pelo curto prazo deve ajudar. "Se as pessoas ficam preocupadas com o risco na economia vão comprar os vencimentos mais curtos - notas de três ou seis meses e de dois anos -, derrubando os rendimentos."


A própria expectativa de que o próximo movimento do Fed é de alta nos juros ajuda a tornar maior a inclinação positiva da curva de rendimentos. "O Fed quer ver a curva mais inclinada, pois os bancos podem fazer lucros investindo em títulos do Tesouro americano", afirma ele. "Os bancos hoje não querem emprestar dinheiro para empresas e detentores de moradias, mas poderão querer tomar risco de vencimento e ganhar nos juros", avalia. As instituições financeiras vão tomar recursos no curto prazo e aplicar no longo, conseguindo lucros sem a necessidade de injeção de dinheiro público. "E isso é o melhor dos mundos pela perspectiva do Fed", comenta. "Essa é uma das razões por que eu sempre achei que o Fed não iria subir juros e eu estava certo."


De acordo com ele, todos os bancos na América ou acreditam que a economia dos Estados Unidos já está em recessão ou estará em breve e dessa forma temem mais inadimplência das pessoas físicas e jurídicas, o que traria mais uma fonte de dívida ruim para seus ativos. "Por isso as instituições financeiras estão tão cautelosas com relação a novos empréstimos", diz.


Fabbri conta que desde abril os empréstimos bancários nos EUA começaram a ter crescimento negativo se forem observados os dados mensais comparados com o mês anterior . Segundo ele, os bancos estão restringindo o crédito "de todos os lados para todos os tipos de clientes". O apetite por risco se reduziu de tal forma que só os tomadores de primeiríssima linha estão com acesso ao crédito e mesmo assim têm de pagar mais por isso. "As exigências para novos empréstimos estão no seu pico histórico de todos os tempos."


Segundo Fabbri, "os empréstimos bancários são uma necessidade para prover liquidez para o crescimento econômico". Por isso, argumenta, quando os bancos param de emprestar, há geralmente uma recessão. Ele acredita que esse aperto brutal no crédito "é muito difícil de superar" e vai continuar até que os bancos acreditem que não terão que dar mais baixa contábil em nenhum crédito ruim. "Isso só vai acontecer quando os bancos acreditarem que a economia vai crescer de novo", diz Fabbri.


Na sua visão, a recessão, que começou no início deste ano, vai durar até o primeiro ou segundo semestre de 2009. "Teremos uma recessão muito longa , talvez de seis trimestres", avalia o economista. Para ele, no entanto, como os Estados Unidos estão fazendo um esforço para se livrar de todos os problemas neste ano, "depois de 2009 a América poderá ser um lugar muito atrativo para investidores globais". Os preços dos ativos estarão baixos, os bancos terão alavancagem limitada, os padrões para emprestar serão muito rígidos. Ele acredita em mudanças na regulação do sistema financeiro nos próximos três ou quatro anos e em mais consolidação entre bancos. "Depois de 2009, as instituições financeiras americanas estarão em boa forma para o futuro", avalia.


Neste ano, Fabbri acredita que os bancos ainda têm mais perdas a declarar. "Os bancos na América estão dando baixas contáveis em seus ativos feito loucos", comenta, calculando que até agora foram US$ 490 bilhões. "Na Europa, que tem muitos dos mesmos problemas, os bancos ainda não deram baixas em nada parecido com o que a América fez", avalia. Na sua visão, "a Europa simplesmente não gosta de admitir seus problemas e não gosta de tomar um remédio amargo, o que os Estados Unidos sempre fazem". Por isso, ao olhar para depois de 2009, "as coisas ficarão muito melhor aqui nos Estados Unidos do que na Europa".


Os EUA estão em recessão, na visão de Fabbri, apesar de os números do PIB não confirmarem isso. "O PIB está crescendo, apesar da recessão no mercado interno, porque os Estados Unidos estão vendendo muitos produtos para tantas pessoas por causa de um dólar extremamente barato."
O aumento nas exportações acontece em todo o tipo de produto, diz. "Nós nas Américas não compramos carros feitos nos Estados Unidos, mas em todo o lugar do mundo estão comprando esses produtos", comenta. "As exportações estão explodindo, simplesmente explodindo", frisou, para depois apresentar números. Em bases anuais, o aumento foi de 21%. "É uma porcentagem inimaginável, imprevisível", continua ele, que aposta que o dólar vai se apreciar contra o iene, o euro, o dólar canadense e a libra esterlina até 2009.
Com o crescimento global declinando, a demanda por commodities, inclusive petróleo, vai decair. "Nós temos evidências em todo o mundo que o crescimento está se reduzindo e vai se reduzir ainda mais e isso diz basicamente para mim que a demanda por commodities vai cair nos próximos 6 a 12 meses." Na sua visão, isso não é ruim para os Estados Unidos. "O Fed não terá de se preocupar com a inflação, e os americanos não terão de se preocupar com os preços altos da energia. Isso é provavelmente uma boa coisa", diz.

IBOV...após 15/08...tendência de queda continua...



O Ibovespa abriu em 55.136 pontos, refluiu rapidamente até encontrar suporte em 54.900 pontos para daí desencadear reação positiva até atingir a máxima em 55.306 pontos (+0,30%), sem contudo romper a forte resistência na LTB em 55.400 pontos. A partir daí, sofreu um processo de realização continuado e constante até atingir a mínima em 53.831 pontos (-2,37%), no suporte da LTA. Na segunda metade do pregão, reagiu até finalizar em 54.244 pontos (-1,62%).

Análise: Não conseguindo romper a LTB, o IBOVESPA operou a primeira metade do pregão em forte queda, até encontrar suporte na LTA recente. Na segunda metade, com DJI mantendo-se em alta, recuperou parte das perdas, porém ainda com baixo volume, sinalizando a desconfiança do mercado, sobre a capacidade de reação do Ibovespa. O "candle" no gráfico diário quase totalmente "cheio", mostra o predomínio da força vendedora, sinalizando a continuidade da queda. Nesta segunda, dia de vencimento de opções da série H, o grande número de contratos descobertos, principalmente nas séries H 34 e 36 de Petro e Vale, reforçam a tese do predomínio da pressão vendedora. A perda do último suporte em 53.831 pontos, poderá levar o Ibovespa a testar novamente o suporte em 53 mil pontos. Apesar dos principais indicadores do gráfico de "30 minutos" sinalizarem alta, face à reação da segunda metade do pregão, os principais indicadores do gráfico diário sinalizam a continuidade da queda, inclusive no oscilador de momentos. Os índices futuros do Ibovespa e dos mercados futuros americanos, antes da abertura, deverão confirmar (ou não) a tendência da abertura.

Abaixo de 54.200 suportes imediatos em: 53.830, 53.500 e 53 mil pontos.
Acima de 54.240 pontos resistências em: 54.900, 55.300 e 56 mil pontos.

DJI...após 18/08...tendência de queda, com muita volatilidade...


DJI abriu em 11.611 pontos e veio buscar a mínima em 11.600 pontos. A partir daí, iniciou boa recuperação, retomando os 11.700 pontos até encontrar resistência na máxima em 11.710 pontos (+ 0,82%). Daí, refluiu para finalizar em 11.660 pontos (+0,38%).

Análise: Muita volatilidade novamente, com DJI em "congestão" entre as duas linhas de tendências recentes. Convergência entre as Linhas de suporte e de resistência com prenúncio de que ocorrerá o rompimento dessas tendências para um dos dois lados.
O "candle" no gráfico diário, semelhante a um "martelo invertido", pode sinalizar a possibilidade de continuidade do movimento recente de alta, ou o topo do último ciclo dessa alta. Apesar da sinalização de alta nos principais indicadores do gráfico diário, a forte volatilidade no final do pregão, fez com que parte dos indicadores do gráfico de "30 minutos" voltassem a sinalizar queda. Os índices futuros americanos poderão definir qual a principal tendência, antes da abertura.

Abaixo de 11.600 suportes em : 11.500, 11.450, 11.380 e 11.300 pontos.
Acima de 11.670 resistências em: 11.710 e 11.880 pontos.

domingo, 17 de agosto de 2008

IBOVESPA...semana de 18 a 22/08, predomínio da força vendedora reforça tendência de queda...


Como já sugeriam os indicadores gráficos, o Ibovespa após atingir a máxima intrasemanal, deu sequência à realização iniciada na semana anterior. A máxima semanal ocorreu na segunda em 56.974 pontos e a mínima na sexta em 53.831 pontos, quase meia hora antes do fechamento semanal.

O IBOVESPA se encontra ainda em seu canal de baixa, tendo construído novo sub-canal com a LTB secundária delimitada pelos topos semanais de agosto; além da LTB primária, do canal principal, delimitada pelos topos semanais do mês anterior.

Nesta semana, os topos projetados desses canais estão respectivamemnte em 55.500 e 56.100 pontos. A ruptura das LTB's nessas resistências poderão ensejar mudança de tendência no curto prazo e reverter a tendência de baixa, do gráfico semanal.

Os fundos projetados desses canais, estão aproximadamente em 53.100 e 52.500 pontos. A ruptura das LTA's nesses suportes deverão confirmar a tendência predominante de queda, no gráfico semanal.

Os indicadores do gráfico semanal apesar de apontarem para a continuidade da queda, ainda se encontram sobrevendidos e com baixo volume, sugerindo eventual possibilidade de alguma recuperação durante a semana.

O "candle" semanal formado é semelhante a um "marubozu" ou um "corpo cheio" denotando predomínio da força vendedora na última semana, forte indicativo da possibilidade de continuidade desta tendência, ainda nesta semana.

Além disso, dois importantes fatos a se destacar, que poderão influenciar o Ibovespa: vencimento das opções de ações nesta segunda, com destaque para Petro e Vale e da força vendedora nos contratos vendidos a descoberto das séries H; e Dow Jones também em semana de definição, com possibilidades de perda da LTA recente.

DJI, semana de 18 a 22/08...rompimentos na LTA ou na LTB serão decisivos...


DJI se manteve nesta última semana no sub-canal de alta secundário, formado pelos topos semanais de agosto.

Deu sequência ao movimento ascendente iniciado no final da semana anterior indo atingir a máxima em 11867 pontos, exatamente em cima da LTB de médio prazo, sem contudo conseguir rompê-la.

Ao refluir desse novo topo, DJI perdeu novamente o fibo de 38,2% em 11.710 pontos e se não conseguir recuperar esse importante suporte pode retornar ao fibo de 23,6% em 11.360 pontos ou até ao fundo em 10.828 pontos.

Ainda que o "Estocástico" e o "CCI/Ma crossover" do gráfico semanal sinalizem tendência de alta, produzido principalmente pelo desempenho do início da semana passada, a reversão desse movimento ascendente intrasemanal produziu no oscilador de momentos, "divergência negativa", sinalizando possibilidade de queda no curto prazo, ainda nesta próxima semana.

Por outro lado, o fechamento do "triângulo simétrico" entre a LTB de médio prazo e a LTA de curto prazo, em intervalo de rompimento muito próximo, 11.750 pontos na LTB e 11.450 pontos na LTA, indica que o desempenho de DJI no início desta próxima semana poderá ser decisivo para a definição da tendência majoritária.

Se DJI romper a LTB nos 11.750 pontos, recupera a tendência do sub-canal de alta, com objetivos em 11.920, 12.000 e 12.160 pontos.

Se DJI perder a LTA nos 11.450 pontos, retomará a tendência principal de queda, com objetivos iniciais em 11.360 , 11.220 e 11.125 pontos.

Essa última alternativa está nos parecendo, por enquanto a mais provável, visto DJI ter procurado mais o fundo desse canal do que seu topo.

sábado, 16 de agosto de 2008

Semana deve ser mais do mesmo, difícil para bolsas e para commodities

por Nathália A. Terra Pereira de InfoMoney
15/08/08 20h30


SÃO PAULO - Há muito que, semana após semana, o ambiente acerca da renda variável internacional permanece dominado pela volatilidade. E não será dessa vez que tal tendência deve ser superada. "Não espero grandes novidades, mas sim um pouco mais do mesmo", prevê José Francisco Gonçalves, economista-chefe do Banco Fator.
Por "um pouco mais do mesmo", entenda aversão ao risco elevada lá fora, muito em função do cenário macroeconômico turbulento, tanto no continente europeu quanto nos EUA. Nesse sentido, o menor fluxo de indicadores previstos para a próxima semana não implica uma menor atenção ao noticiário.
Na visão de Gonçalves, o olhar dos investidores deve estar focado principalmente nos Semana deve ser mais do mesmo, difícil para bolsas e para commodities (Producer Price Index), agendado para a próxima terça-feira. E para o economista, ainda que uma desaceleração da inflação seja constatada, as taxas ainda são historicamente elevadas e podem impactar o andamento dos negócios nas bolsas.
O efeito das commodities
Embora os indicadores sejam seu maior espelho, o enfraquecimento da economia norte-americana - de contágio global - não se manifesta apenas na agenda do dia-a-dia. Afinal, se o maior consumidor de commodities do mundo passa por maus momentos, o mercado de commodities segue no encalço. Desta forma, a disparada habitual dos preços de produtos como petróleo e metais teve forte refluxo nas últimas semanas.
"Mais do mesmo".
Com tal premissa em mente, Gonçalves estende sua visão de que a tendência declinante na cotação do barril de petróleo deve encontrar sequência nos próximos pregões, bem como a onça de ouro e outras commodities metálicas e agrícolas. A leitura é adotada também por Constantin Jancsó, estrategista do Banco Santander.
Se lá fora commodities menos caras são boa notícia, visto que para a maioria das empresas significa menores custos, efeito inverso se configura por aqui, dada a grande exposição do Ibovespa a Petrobras, Vale e siderúrgicas. "O efeito do recuo no preço das commodities é de difícil compreensão no Brasil: ao mesmo tempo que implica menores riscos inflacionários, impacta negativamente o mercado de ações", pondera Gonçalves.
Olho na inflação
Inflação. Esta é outra esfera que os investidores devem avaliar atentamente na próxima semana. Além do já citado PPI no plano externo, por aqui, são muitas as referências em torno do ambiente inflacionário agendadas para as próximas sessões, como novas prévias do IPC-Fipe, IGP-M e IPC-S, bem como os números do IGP-10 e do IPCA-15, ambos referentes ao mês de agosto.
Para Jancsó, a expectativa é de que os índices sigam apontando uma desaceleração da disparada dos preços no País. Entretanto, contrariando uma dedução aparentemente lógica, o estrategista do Santander não vê razão para um otimismo em demasiado. "Os preços dos alimentos podem estar recuando, mas isso não significa muito se não for acompanhado por outros setores e categorias", afirma.
Como exemplo, Jancsó explicita suas projeções para o IPCA-15, que deve registrar no oitavo mês desse ano uma variação de 0,38%. "Comparado com o mês anterior, o resultado é bom por indicar recuo. Mas na base anual ainda é muito alto, principalmente por se dar em agosto, que em tese, é um mês tranqüilo para a inflação", alerta.
Câmbio
Outro mercado que também vem preocupando investidores é o cambial. Acompanhando um movimento de valorização da moeda norte-americana que se dá em pano de fundo global, o dólar comercial acumula em agosto forte acréscimo, que segundo Jancsó, deve ser estendido nos próximos dias. "A alta do real já atingiu seu ponto de inflexão", afirma o estrategista do Santander.
Petrobras
Por fim, outra vez, a premissa do "mais do mesmo" de Gonçalves se aplica ao comportamento a curto prazo dos papéis preferenciais da Petrobras (PETR4). "Embora excessivamente penalizada, a ação da estatal deve seguir em queda, tendo em vista o recuo das commodities e as incertezas em torno da exploração das novas áreas de pré-sal descobertas recentemente", prevê o economista.

Índices de Futuros de Commodities em 15/08


Fonte: Bloomberg

INDEX NAME VALUE CHANGE OPEN HIGH LOW
UBS BLOOMBERG CMCI 1414.04 -22.84 1418.12 1424.23 1403.62 -1,62%
S&P GSCI 699.35 -9.63 700.12 703.56 689.24 -1,38%
RJ/CRB Commodity 382.30 -7.15 389.31 389.45 379.07 -1,87%
Rogers Intl 4724.37 -96.45 4820.66 4820.66 4675.36 -2,04%
Brookshire Intl 512.66 -9.75 513.72 516.24 508.22 -1,9%