segunda-feira, 23 de março de 2009

Bolsa de NY encerra com a maior alta desde outubro

por Agência ESTADO
23 de Março de 2009 18:33

O mercado de ações norte-americano teve a maior alta desde outubro nesta segunda-feira, impulsionado pelo novo plano da administração do presidente Barack Obama para livrar os balanços dos bancos dos ativos podres e um dado melhor que o esperado de vendas de imóveis residenciais usados - que gerou esperanças de que a economia possa estar se estabilizando. As ações de bancos - como o Bank of America - e de companhias sensíveis aos ciclos econômicos - como a Alcoa - lideraram os ganhos do Dow Jones.
O índice Dow Jones subiu 497,48 pontos, ou 6,84%, e fechou em 7.775,86 pontos. Esta foi a maior alta em porcentual desde 28 de outubro e o índice ainda fechou no melhor nível desde 13 de fevereiro. O Nasdaq subiu 98,50 pontos, ou 6,76%, e fechou em 1.555,77 pontos - maior alta porcentual desde 10 de março. O NYSE Composite avançou 54,38 pontos, ou 7,08%, e fechou em 822,92 pontos.
O S&P-500 avançou 54,38 pontos, ou 7,08%, e fechou em 822,92 pontos - nível mais alto desde 13 de fevereiro e maior alta desde 28 de outubro. O S&P-500 agora acumula uma alta de 22% sobre a mínima em 12 anos e meio registrada em 9 de março, com 677 pontos, o que representa tecnicamente um mercado com tendência de alta. No entanto, o S&P-500 já registrou um ganho similar entre 20 de novembro e 6 de janeiro, que depois foi apagado.
Para alguns analistas, o plano do Tesouro ataca o coração dos problemas para o sistema financeiro: os temores com relação a solvência dos bancos por causa dos balanços abarrotados de ativos que ninguém quer comprar. Ao criar um mercado para aqueles ativos, o plano pode ajudar os bancos a liberar mais capital para empréstimo. Em combinação com outros programas do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) e do Tesouro, o plano pode "estimular" o sistema financeiro, a economia e, certamente, o mercado de ações.
Um analista observou que a reação positiva do mercado de ações reflete ainda a leitura de que o plano favorece o investidor privado, que tem apenas de responder por cerca de 7% do total de qualquer transação.
Contudo, outros analistas foram menos confiantes. "O plano é uma recauchutagem do que já vimos antes e ainda não resolve a questão de como avaliar os ativos podres", disse Stephen Leeb, presidente da Leeb Capital Management, para o CNNMoney.com.
As ações do Bank of America - que possui pesada exposição em bônus hipotecários "tóxicos" e outros ativos após a aquisição do Merrill Lynch - dispararam 26,01% e lideraram os ganhos no Dow Jones. As ações do JPMorgan avançaram 24,67%, enquanto as do Citigroup fecharam em alta de 19,47%.
Fora do setor financeiro, as ações da Alcoa subiram 13,15%. A alta do petróleo deu suporte às ações de energia: Chevron ganhou 6,86% e ExxonMobil, 6,72%. No setor industrial, Caterpillar avançou 9,46% e Boeing fechou em alta de 9,06%. As informações são da Dow Jones.

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