quarta-feira, 22 de abril de 2009

Bolsas de NY encerram em baixa puxadas por bancos

por Agência ESTADO
22 de Abril de 2009 19:14

Os principais índices do mercado de ações dos EUA terminaram em queda - com exceção do Nasdaq -, pressionados pelo ressurgimento de receios com uma potencial concordata da montadora General Motors e por projeções de bancos como o Wells Fargo a respeito de potenciais perdas ligadas a empréstimos.
Por outro lado, os sinais de reaquecimento na demanda notados por empresas como a SanDisk e dados que mostraram um aumento nos preços das moradias nos EUA durante o mês de fevereiro ajudaram a dar suporte a papéis de empresas ligadas ao consumo e ao setor de tecnologia.
O índice Dow Jones encerrou o dia em baixa de 82,99 pontos, ou 1,04%, para 7.886,57 pontos, após passar grande parte da sessão em alta superior a 75 pontos. O S&P 500 recuou 6,53 pontos, ou 0,77%, para 843,55 pontos, enquanto o Nasdaq subiu 2,27 pontos, ou 0,14%, para 1646,12 pontos. Operadores disseram que o desempenho relativamente forte das empresas do setor de tecnologia corresponde a apostas na recuperação econômica.
As bolsas chegaram a registrar ganhos acentuados durante a sessão, mas o avanço perdeu fôlego após o Wall Street Journal publicar uma reportagem afirmando que a montadora General Motors não planeja fazer o pagamento de uma dívida de US$ 1 bilhão que vence em 1º de junho, citando o diretor financeiro da companhia, Ray Young. Segundo o Journal, Young acrescentou que a montadora precisa ter sucesso em um acordo para trocar dívidas por ações ou terá de recorrer a um tribunal de falências.
Posteriormente, o setor financeiro conduziu os índices ao território negativo, com investidores atentos à preocupação dos bancos com potenciais perdas futuras relacionadas ao crédito. O Wells Fargo fechou o dia em baixa de 3,35%, embora tenha registrado lucro no primeiro trimestre deste ano, em meio à perspectiva de mais perdas com empréstimos a consumidores e com investimentos em imóveis.
O Morgan Stanley caiu 8,97% após divulgar que teve prejuízo líquido no primeiro trimestre deste ano devido a investimentos em imóveis e a ajustes contábeis.
De acordo com um "teste de estresse" realizado com diversas instituições financeiras e divulgado hoje pela FBR Capital Markets, a maior parte dos principais bancos norte-americanos possui capital suficiente para suportar um cenário com taxa de desemprego de até 10%, mas acima deste nível a viabilidade destas instituições é questionável sem a obtenção de mais capital.
A SanDisk subiu 13,3% após divulgar uma projeção de receita para o segundo trimestre superior à previsão de Wall Street, argumentando que há sinais de melhora na demanda.
Outras empresas, no entanto, foram mais cautelosas em relação à perspectiva para a economia.
O executivo-chefe e presidente da General Electric, Jeff Immelt, disse aos acionistas que é "difícil prever" a duração e a profundidade da recessão, mas que o conglomerado industrial e financeiro deve "prosperar em uma economia mundial que favorece energia limpa, produtos de cuidados pessoais e serviços com preços acessíveis". A companhia avançou 0,85%.
Entre outras empresas que divulgaram balanços hoje, McDonald's caiu 2,48%, Boeing subiu 1,77% e AT&T avançou 1,82%.
Após o fechamento do pregão, o eBay divulgou um lucro superior à expectativa do mercado. A companhia fechou em alta de 3,4%. A Apple também anunciou um lucro mais forte do que o esperado durante o segundo trimestre fiscal da companhia. As informações são da Dow Jones.

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