quarta-feira, 13 de maio de 2009

Bolsa de NY tem a maior queda desde 20 de abril

por Regina Cardeal de Agência ESTADO
13 de Maio de 2009 18:38

Nova York - A Bolsa de Nova York fechou em baixa e os principais índices tiveram as maiores quedas desde 20 de abril, depois que uma inesperada queda nas vendas no varejo nos EUA pressionou as ações de varejistas como Macy´s, enquanto novas captações de capital pesaram sobre os papéis da Ford e do JPMorgan Chase.
As vendas no varejo caíram 0,4% em abril, informou o Departamento do Comércio, enquanto os economistas esperavam aumento de 0,1%. Paralelamente, os estoques das empresas norte-americanas voltaram a declinar em março. Alguns economistas acreditam que a recomposição dos estoques vai em breve causar uma recuperação cíclica na economia dos EUA, embora as vendas no varejo devem ser uma variável-chave para o cenário econômico.
"Em essência, a produção caiu muito mais drasticamente do que a demanda", disse Barry Knapp, estrategista de carteira do Barclays Capital. "O consumo enfraqueceu, mas a produção teve um colapso completo, não apenas nos EUA, mas também na Ásia."
Alguns dados da produção industrial na Ásia já se tornaram positivos e as expectativas de demanda na região provocaram uma recente rali que levou o preço do petróleo a US$ 60 o barril.
As ações da Wal-Mart caíram US$ 0,59, ou 1,2%, para US$ 50,03. A maior varejista do mundo por vendas vai divulgar os resultados de primeiro trimestre amanhã e os investidores esperam suas previsões para o ambiente varejista.
Macy´s caiu US$ 0,83, ou 6,7%, para US$ 11,52. A loja de departamentos registrou prejuízo de US$ 88 milhões no primeiro trimestre, mais do que no mesmo período do ano passado enquanto queimava estoques e cortava preços este ano.
A Intel (listada na bolsa Nasdaq) caiu US$ 0,08, ou 0,5%, para US$ 15,13. O executivo-chefe Paul Otellini disse que as encomendas estão um pouco melhores do que o esperado no segundo trimestre. A fabricante de chips prometeu recorrer de uma multa de US$ 1,44 bilhão aplicada pela União Europeia por práticas anticompetitivas.
Ford caiu US$ 0,05, ou 1%, para US$ 4,96. A montadora concordou em vender 300 milhões de ações por US$ 4,75 a unidade. General Motors, integrante do Dow, subiu 5,2%, para US$ 1,21, mas continua em níveis preocupantes uma vez que uma concordata parece cada vez mais provável.
Os bancos cederam, enquanto vendas diluidoras de ações continuam. JPMorgan caiu 3,70%. Bank of America recuou 10,20%.
O índice Dow Jones caiu 184,22 pontos, ou 2,18% para 8.284,89 pontos, sua maior queda desde 20 de abril e o mais baixo fechamento desde 1º de maio. O Dow acumula queda de 3,4% na semana, embora tenha subido em oito das últimas nove semanas.
O Standard & Poor´s 500 caiu 24,43 pontos, ou 2,69%, para 883,92 pontos, a maior queda desde 20 de abril e sua terceira perda consecutiva.
O índice Nasdaq teve baixa de 51,73 pontos, ou 3,01%, para 1.664,19 pontos, ficando negativo em maio e no menor patamar de fechamento desde 23 de abril. A sequência de três sessões de perdas para o Nasdaq é a mais longa desde os cinco pregões consecutivos de baixas encerrados em 9 de março. As informações são da Dow Jones.

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