quarta-feira, 27 de maio de 2009

Petróleo sobe 1,6% e fecha a US$ 63,45 o barril em NY

por Agência ESTADO
27 de Maio de 2009 17:04

Nova York - Os preços dos contratos futuros de petróleo fecharam hoje no maior nível desde novembro de 2008 após comentários de membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) sobre recuperação da demanda. Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês), o contrato com vencimento em julho fechou com alta de US$ 1,00 (1,60%), a US$ 63,45 por barril. No sistema eletrônico ICE, o contrato de julho subiu US$ 1,26 (2,10%), para fechar em US$ 62,50 por barril.
O mercado de petróleo teve um raro descolamento dos índices de ações nesta quarta-feira após o ministro de petróleo da Arábia Saudita, Ali Naimi, dizer que clientes estão encomendando volumes maiores da commodity e que vê uma "recuperação no horizonte". Enquanto isso, as ações foram pressionadas pela preocupação com os potenciais efeitos do aumento da oferta de bônus da dívida norte-americana e pelo anúncio da General Motors de que não seguirá adiante com a troca de dívida de US$ 27,2 bilhões porque o interesse dos detentores de bônus ficou bem abaixo da meta de 90%.
Outros membros da Opep foram mais cautelosos que a Arábia Saudita em suas declarações. O secretário-geral do cartel, general Abdalla Salem El-Badri, disse que a oferta ainda é robusta e a demanda, fraca. Apesar disso, ele previu que o barril pode chegar a U$ 70 até o final do ano com a esperada recuperação da economia.
A Opep tem reunião marcada para amanhã em Viena e não deve alterar suas cotas de produção após os cortes recentes que somaram 4,2 milhões de barris por dia. O comprometimento com essa redução chega a apenas 80%, mas a alta dos preços pode fazer com que os exportadores aumentem suas cotas de produção.
Nos Estados Unidos, os estoques de petróleo apenas começaram a cair, após atingirem os maiores níveis em 18 meses em abril. Os norte-americanos costumam consumir mais gasolina durante o verão, o que pode reduzir o volume armazenado mesmo que a Opep aumente a produção. Amanhã saem novos dados sobre os estoques dos EUA e analistas esperam queda de 500 mil barris de petróleo, 1,7 milhão de barris de gasolina e aumento de 1,1 milhão de barris de destilados, que incluem diesel e gás para calefação. As informações são da Dow Jones.

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